Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12477
Título: Padrões de distribuição e variação temporal de térmitas (Blattodea: Isoptera): uso como bioindicadores na amazônia central
Autor: Oliveira, João Rafael Alves de
Orientador: Morais, José Wellington de
Palavras-chave: Ecologia de termitas
Isoptera
Cupim
Data do documento: 10-Mai-2016
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Entomologia
Abstract: Termites are a group that has a recognized potencial as a bioindicator taxon. However, few studies aimed to understand their populational fluctuations, which is essential for the usage of any group in monitoring programs. For this reason, we evaluated the congruency of the taxonomic assemblages and the temporal pattern in the spatial distribution of termites assemblages collected in 2008 (rainy season), 2009 (less rainy season) and in 2014 (rainy season). The samplings were standardized and conducted in a “Terra Firme” tropical forest, in the Central Amazonia, in 30 plots of 250 m length each, distributed at 1 km of each other. Excluding the soldierless termites belonging to Apicotermitinae, the number of identified species for the 2008, 2009 and 2014 samplings are of 57, 53 e 44, respectively, totalizing 81 species. Using the 2014 assemblage with Apicotermitinae morphotyped, two multiple regression models were made. The soil clay content, terrain slope and the plant composition (live trees, palms and lianas) and litter depth were used as the independent variables. The taxonomic composition of total termite assemblage reduced to one axis using NMDS and the proportion of xylophage’s termite species were used as the dependent variables in regression models. The taxonomic composition of the total assemblage was correlated with the plant composition, while the geophagus termites were correlated with the plant composition and litter depth. The Apicotermitinae were excluded from the following analysis. Multiple regression analysis were made to each one of the three temporal assemblages, using the same environmental variables as independent variables. The assemblage captured in 2008 had significant correlation with soil clay content, while the one captured in 2009 did not have a significant correlation with any of the variables and the assemblage captured in 2014 had correlation with plant composition. MANOVA test did not detect any significant difference among the three temporal assemblages. Procrustes analysis demonstrated that all the assemblages were correlated. The similarity between the assemblages captured in different seasons (2008-2009) were of 0.49 and the six-year spaced assemblages (2008- 2014) was of 0.40. For the xylophage’s species subset, the similarity between different seasons was of 0.56, and for the six year-spaced assemblage was of 0.46. Therefore, even the assemblages collected in different seasons or spaced by a time gap had a similar congruency. The most abundant species, all classified as xylophages, kept their relative abundances stable along the years. Species compositions of the assemblages captured in the three periods in the plots were not correlated with the environmental variables. Although it is necessary to better understand which factors are regulating the spatial distribution of the termites, their temporal stability, coupled with their response to the environmental changes, which is documented in this study, strengthens their use as a bioindicator group, which should be used in monitoring programs.
Resumo: Os térmitas são um grupo bioindicador com reconhecido potencial, porém poucos estudos visaram entender suas flutuações populacionais, algo primordial para sua utilização em programas de monitoramento. Avaliamos a congruência das composições taxonômicas e a o padrão temporal na distribuição espacial de assembleias de térmitas coletadas em 2008, 2009 e 2014. As coletas padronizadas foram feitas em 30 parcelas de 250 m distribuídas a cada 1 km em uma floresta tropical de terra firme. Excluindo os cupins sem soldado (Apicotermitinae), o número de espécies identificadas em 2008, 2009 e 2014 foi de 57, 53 e 44, respectivamente, totalizando 81 espécies. Para a assembleia coletada em 2014, incluindo os os Apicotermitinae morfotipados, foram feitos dois modelos de regressão múltipla. Foram utilizadas a proporção de argila no solo, inclinação do terreno, composição vegetal (representada por árvores, palmeiras e lianas) e altura da serapilheira como variáveis independentes. A composição taxonômica da assembleia total de térmitas foi reduzidas a um eixo via NMDS, e o subconjunto resultante da proporção de térmitas xilófagos em relação aos geófagos foram usadas como variáveis dependentes nos modelos de regressão. A composição taxonômica da assembleia total de térmitas teve correlação com a composição vegetal, enquanto a dos cupins xilófagos tiveram correlação com a composição vegetal e a serapilheira. Os Apicotermitinae foram excluídos das análises subsequentes. Modelos de regressão múltiplas foram feitos para as assembleias dos três períodos, utilizando as mesmas variáveis ambientais. A composição de espécies da assembleia de 2008 teve correlação significativa com a proporção de argila do solo, a de 2009 não teve correlação significativa com as variáveis, enquanto a de 2014 teve correlação com a composição vegetal. O teste de MANOVA não detectou diferença significativa entre a composição de espécies entre as assembleias dos três períodos. Análise de Procrustes demostrou que as assembleias coletadas nos três períodos estão correlacionadas. A similaridade entre as comunidades de estações diferentes (2008-2009) foi de 0.49 e a de seis anos de diferença (2009-2014) foi de 0.40. Para o subconjunto de espécies xilófagas, a similaridade entre estações diferentes foi de 0.56 e a de seis anos de diferença foi de 0.46. Portanto, tanto as assembleias coletadas em estações diferentes e próximas no tempo quanto as com seis anos de diferença mas da mesma estação climática, mantiveram graus de congruências similares. As abundâncias relativas das espécies mais abundantes, todas xilófagas, foram estáveis. A taxa de variação nas composições de espécies das parcelas entre anos diferentes não esteve correlacionada com as variáveis ambientais. Embora seja necessário entender melhor quais os fatores regulam a distribuição espacial deste grupo, sua estabilidade temporal, encontrada nesse estudo, aliada a sua resposta às mudanças ambientais, já documentada na literatura, reforça este táxon como um bioindicador que deve ser utilizado em programas de monitoramento.
Aparece nas coleções:Mestrado - ENT

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação_INPAA.pdf1,37 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons