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Título: Identificação molecular de abelhas sem ferrão da Amazônia
Autor: Souza, Mariana Trindade de
Orientador: Carvalho-zilse, Gislene Almeida
Palavras-chave: Meliponini
Abelhas sem ferrão
DNA mitocondrial
Biologia molecular
Data do documento: 14-Jun-2010
Editor: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA
Programa: Genética, Conservação e Biologia Evolutiva - GCBEv
Abstract: In Brazil it is estimated the occurrence of 192 species of native stin gless bees or out of the nearly 400 who belong to the Tribe Meliponini. They also produce honey bees are important pollinators of native plants and seed dispersers. Despite this, they are undergoing rapid demise, mainly because of the destruction of their natural habitats.Much work is needed to know the real diversity of these indigen ous bees in the Amazon region once the majority of the collections are restricted to the troughs of the two main rivers of the Amazon (Solimões and Negro). Currently, the advent of molecular characterization of species has been advancing, because such techniques allow the comparison of DNA sequences. Particularly, the mitochondrial DNA (mtDNA) has been used for studying intra -and inter-specific evolution because it is small, maternally inherifed and highly conserved. This sensitivity leds to the proposition of using a region called COI (Cytochrome oxidase I) to identify species in general. Thus, this study aims to differentiate nine species of stingless bee Amazon (Melipona interrupta, M. seminigra, M. rufiventris, M. dubia, M. nebula, M. eburnea,Scaptotrigona sp. Polystica S., Trigona williana), based on polymorphism of the 16S and COI regions of mtDNA using the technique of SSCP (Single Strand Conformation Polymorphism). Five adults were collected from 10 hives of each species for extraction of DNA using Paxton et al. (1996) protocol. The target sequences were amplified by PCR (Polymerase Chain Reaction) and subjected to SSCP gel electrophoresis in 12% acrylamide stained with s ilver nitrate. We observed 23 haplotypes (16SH1-16SH23) for 16S, and only two are shared 16SH1 between M.interrupta and M. seminigra, 16SH5 between S. polysticta, M. interrupta and M.eburnea. 23 haplotypes were found for COI (COIH1-COIH23), and three were shared: COIH10 and COIH11 between M. eburnea and M. rufiventris; COIH16 between Scaptotrigona sp. and S. polysticta. Nei's genetic distances, both for 16S and COI were 100% for species that did not share haplotypes. For 16S, the distances between M. interrupta and M. seminigra was 80%; for M. interrupta, M.eburnea and for S. polysticta and M. eburnea was 70%; and between S. polysticta and M. interrupta was 58%. For COI, the distances found were 1,4% between M.eburnea and M. rufiventris and 58% between Scaptotrigona sp. and S. polysticta.This demonstrates that both genes are good markers for identify species of stingless bees.
Resumo: No Brasil estima-se a ocorrência de 192 espécies de abelhas sem ferrão ou indígenas dentre as quase 400 que pertencem a Tribo Meliponini. Estas abelhas, além de produzirem mel, são importantes polinizadoras da flora nativa e dispersoras de sementes. Apesar disto, estão em acelerado processo de desaparecimento, principalmente por causa da destruição dos seus habitats naturais. Ainda é necessário muito trabalho para conhecer a real diversidade dessas abelhas indígenas da região amazônica visto que a maioria das coletas restringe -se às calhas dos dois principais rios do Amazonas (Solimões e Negro). Atualmente, com o advento de estudos moleculares, a caracterização de espécies vem avançando, pois tais técnicas permitem a comparação de seqüências de DNA. Especialmente, o DNA mitocondrial (DNAmt) vem sendo utilizado em estudos intra e inter -específicos e evolutivos por ser pequeno, transmitido maternalmente e altamente conservado. Tal sensibilidade culminou na proposição de uma tecnol ogia nova e rápida para identificação das espécies com base na região COI (Citocromo oxidase I) para identificação das espécies em geral, denominada DNA Barcode . Entretanto, para Melipona compressipes, foi detectado que a região 16S foi mais polimorfica do que COI. Diante disto, este estudo teve por objetivo comparar a eficiência das regiões 16S rRNA e COI do DNA mitocondrial para diferenciar nove espécies de abelhas sem ferrão da Amazônia (Melipona interrupta, M. seminigra, M. rufiventris, M. dubia, M. nebulosa, M. eburnea, Scaptotrigona sp., S. polystica e Trigona williana) com base em polimorfismo de DNA de fita simples pela técnica SSCP ( Single Strand Conformation Polymorphism). Foram coletados cinco indivíduos adultos de 10 colméias de cada espécie para extração individual de DNA pelo protocolo de Paxton et al. (1996). As seqüências alvo foram amplificadas pela técnica PCR ( Polimerase Chain Reaction), desnaturadas em tampão SSCP, submetidas a eletroforese em gel de poliacrilamida 12% e corado com nitrato de prata. Observou-se 23 haplótipos (16SH1-16SH23) para a região 16S, sendo dois compartilhados (16SH1 entre M. interrupta e M. seminigra, 16SH5 entre S. polysticta, M. interrupta e M. eburnea). O número de haplótipos exclusivos por espécie variou de um ( M. dubia) a cinco (M. seminigra e M. eburnea). Para COI foram encontrados 23 haplótipos (COIH1 - COIH23), sendo três compartilhados (COIH10 e COIH11 entre M. eburnea e M. rufiventris e COIH16 entre Scaptotrigona sp e S. polysticta). O número de haplótipos exclusivos variou de um (M. dubia e Trigona williana) a seis (M. interrupta). A distância genética de Nei, tanto para 16S quanto para COI, foi de 100% para as espécies que não tiveram haplótipos compartilhados. Para 16S as distâncias entre M. interrupta e M. seminigra foi de 80%, entre M. interrupta e M. eburnea e entre S. polysticta e M. eburnea de 70%, e entre S. polysticta e M. interrupta de 58%. Para COI as distâncias encontradas foram de 1,4% entre M. eburnea e M. rufiventris e 58% entre Scaptotrigona sp. e S. polysticta. Com base nestes resultados, pode-se inferir que tanto a região 16S quanto a COI são eficientes para diferenciar as espécies de abelhas sem ferrão estudadas.
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