Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12032
Título: Fitoquímica e ecologia da interação de três espécies (planta, lepidoptera e primata) em uma floresta de igapó, Amazonas, Brasil.
Autor: Negreiros, Allana Ataide
Orientador: Barnett, Adrian Paul Ashton
Coorientador: Pohlit, Adrian Martin
Palavras-chave: Macacos
Lagartos
Folhas
Data do documento: 4-Ago-2017
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Abstract: Buchenavia ochroprumna, Combretaceae, is a common species in Jaú National Park igapós, whose leaves have been target of both unidentified nymphalid caterpillars and monkeys Cacajao oucakary, Pitheciidae, during flooding season every year. However, C. ouakary shows strong selection for trees not being fed on by caterpillars and strong rejection of those with caterpillars feeding upon them. A variety of studies have found leaf quality in plants after herbivore attacks. Consequently, the current study proposed to investigate whether caterpillars infestation changed chemical aspects of B. ochroprumna in ways could explain C. ouakary’s preference for those trees lacking caterpillars. To test whether the effects of caterpillars herbivory occurred only at the site of damage and throughout the whole plant, we sampled and compared the amount of phenolic compounds in leaves of the same trees but in different branch situations: (i) with caterpillars feeding upon them and (ii) with no caterpillars upon and no signals of damage, as well as (iii) between infested and uninfested plants. The results showed no significant difference in total phenols between herbivorized and unhebivorized branches on the same tree, as well as between infested and uninfested trees. Possible explanations for this lack of herbivory-induced effects on the amount of phenolic compounds include insufficient time-lag between damage and full response by trees, other compounds being responsible for defense in B. ochroprumna trees, monkeys rejection for caterpillars themselves and, probably most importantly, the role of phenolic compounds in B. ochoprumna trees in defense against abiotic stressors.
Resumo: Buchenavia ochroprumna, Combretaceae, também conhecida popularmente como Tanimbuca, é uma das quatro espécies de igapó mais comuns no Parque Nacional do Jaú. Sendo uma espécie decídua, durante sua renovação foliar anual que se inicia ao final do período da cheia e início da vazante dos rios da bacia do Rion Negro, suas folhas são amplamente ingeridas tanto por lagartas da família Nymphalidae quanto por macacos uacaris das costas douradas, Cacajao oucakary, Pitheciidae. Porém, os uacaris demonstram forte seleção (índice Ivlev + 0,84) por folhas de indivíduos de B. ochroprumna que não estão sendo predados por lagartas e extrema rejeição (índice de Ivlev – 0,64) por plantas com lagartas. Uma vez que muitos estudos demonstraram mudanças na qualidade foliar em plantas após ataques de herbívoros, o presente estudo propôs investigar se a infestação por lagartas induziu mudanças químicas nas folhas de B. ochroprumna que pudessem explicar a seletividade pelos primatas C. ouakary. Para a investigação e comparação de compostos fenólicos entre indivíduos, nós coletamos folhas de B. ochroprumna não-infestadas como controle e folhas infestadas como tratamento. Para a investigação de variação individual de compostos fenólicos como forma de averiguar os efeitos da herbivoria por lagartas no local do dano e por toda a planta, foram coletados galhos de plantas infestadas por lagartas em diferentes situações: (i) com lagartas presentes e (ii) sem lagartas presentes. Os resultados obtidos não mostraram valores significativos de p na quantidade de compostos fenólicos em plantas infestadas e não infestadas nem variação entre folhas de indivíduos infestados relacionada à herbivoria. Devido a isso, possíveis razões para a falta de efeito da herbivoria na quantidade de compostos fenólicos foram discutidas, incluindo a possível falta de tempo necessário para a planta responder ao ataque inicial por insetos herbívoros, outros compostos sendo responsáveis pela defesa química da espécie B. ochroprumna, a rejeição do macaco estar direcionada as lagartas propriamente ditas e principalmente, sugerimos que a quantidade de compostos fenólicos presente nas plantas estudadas pode estar sendo direcionada ao papel de defesa contra estresse abiótico e não aos herbívoros.
Aparece nas coleções:Mestrado - ECO

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertacao_ INPA.pdf868,15 kBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons