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Título: Oligoquetos sob adição de liteira e sua relação com a disponibilidade de nitrogênio em solos de capoeira na Amazônia Central
Autor: Araujo Vergara, Yelinda Maria
Orientador: Luizão, Flávio Jesus
Palavras-chave: Liteira
Nitrogênio em solos
Oligochaeta
Data do documento: 2000
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Resumo: Este estudo teve como objetivos a avaliação das mudanças nas populações de oligoquetos devido à adição de liteira ao solo de floresta secundária num experimento no campo, assim como analisar a relação de duas espécies de minhocas com a biomassa microbiana (Bio-N) e a disponibilidade de nitrogênio em mesocosmos em casa-de-vegetação. O estudo de campo foi feito na Estação Experimental da EMBRAPA, situada 30 km ao nordeste de Manaus. Em quatro parcelas de floresta secundária de 6 anos, deixadas como pousio (capoeira), foram demarcadas 20 mini-parcelas de 2 x 2 m em cada capoeira. Foram feitos quatro tratamentos diferentes, com adição de folhas de diferentes qualidades nutricionais: 1) folhas de seringueira (C/N=27); 2) folhas de andiroba (C/N=32); 3) mistura de folhas de seringueira, andiroba e Vismia sp. em proporções iguais (C/N=34) e 4) permanência da liteira da capoeira nativa da área, dominada por Vismia sp. (controle, C/N= 42). Coletas de liteira e solo foram feitas ao longo de 10 meses, determinando-se a umidade da liteira e do solo, e a densidade e biomassa de oligoquetos. Adicionalmente, também foi feito um estudo em casa-de-vegetação, em mesocosmos inoculados com a espécie Rhinodrilus contortus e mesocosmos inoculados com a espécie Pontoscolex corethrurus. Os mesocosmos foram preenchidos com solo de capoeira e cobertos com folhas de diferentes qualidades nutricionais (as mesmas do experimento no campo). Depois de 97 dias de experimento, foram medidos o nitrogênio mineral e Bio-N do solo e a perda de peso da liteira. No experimento de campo, os Enchytraeidae foram mais abundantes no solo (0-5 cm) do que na liteira, enquanto que os Naididae foram mais abundantes na liteira e praticamente não foram encontrados na época seca. A densidade e a biomassa de minhocas foram significativamente maiores aos 0-5 cm (40,3 ind/m² e 2,3 g/m²) do que aos 5-10 cm do solo (15,6 ind/m² e 0,6 g/m²). Embora as mudanças nas populações de oligoquetos não tenham sido significantes com os tratamentos, nem relacionados com a umidade da liteira e do solo, as folhas de seringueira, devido à sua rápida decomposição, devem ter representado um recurso alimentício estável para os oligoquetos do solo, durante todo o período do estudo; por outro lado, o grande tamanho e dureza das folhas de andiroba, de lenta decomposição, ofereceu também uma proteção física para os oligoquetos. No experimento em casa-de-vegetação, a inoculação de ambas espécies de minhocas teve um efeito significativo nas concentrações de nitrato e amônio do solo (p0,05). A Bio-N foi sempre mais alta nos mesocosmos com minhocas (principalmente com R. contortus) e nos mesocosmos com folhas de seringueira (6 µ/g), espécie de mais rápida decomposição, do que nos outros tratamentos (0,1-1,6 µg/g). Estes resultados indicam que a atividade das minhocas aumentou as concentrações de nitrogênio mineral, possivelmente pelo consumo da biomassa microbiana do solo, o que poderia incrementar a ciclagem e a mineralização dos tecidos microbianos. São necessários experimentos de maior duração para determinar o efeito das minhocas na decomposição da liteira.
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