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Título: Variação espacial e temporal da biomassa arbórea viva em 64 km² de floresta de terra-firme na Amazônia Central
Autor: Castilho, Carolina Volkmer de
Orientador: Magnusson, William Ernest
Palavras-chave: Variáveis toporgáficas
Biomassa da florestal Amazônica
Topografia
Data do documento: 2004
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Resumo: A variação espacial e temporal nas estimativas de biomassa arbórea viva acima do solo (AGLB) e suas relações com solo e topografia (altitude e inclinação do terreno) foram investigadas em parcelas permanentes distribuídas sistematicamente sobre 64 km², na Reserva Florestal Adolpho Ducke, Manaus, Amazonas. No total, foram instaladas 72 parcelas compridas (250 m) e estreitas (40 m), que seguiram as curvas de nível, cobrindo toda a variação de solo e topografia existente na Reserva. Indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) = 30 cm foram amostrados em uma área de 1 ha e sub­amostras de 0,5 e 0,1 ha foram utilizadas para indivíduos com 10 cm = DAP 30 cm e 1 cm = DAP 10 cm, respectivamente. Análises químicas e físicas do solo foram feitas em amostras coletadas abaixo do horizonte Ah (0-5 cm de profundidade), em cada parcela. As medidas de altitude de cada parcela foram obtidas por um topógrafo profissional. A inclinação de cada parcela representa uma média de cinco medidas, feitas a cada 50 m, ao longo do maior eixo da parcela. O peso seco das árvores foi obtido a partir de uma combinação de equações alométricas utilizando o DAP de árvores = 1 cm. A AGLB variou de 215-421 Mg/ha, sendo a média 321,8 Mg/ha (IC95% = 10,4). Uma Análise de Componentes Principais a partir das variáveis edáficas revelou um gradiente principal na estrutura do solo relacionado com a proporção de argila. Regressões múltiplas utilizando os eixos do PCA com variáveis do solo mineral ou do solo total (solo mineral + compostos orgânicos) e a inclinação do terreno explicaram cerca de 30% da variação espacial das estimativas de biomassa. A AGLB foi positivamente relacionada com um gradiente de textura do solo (eixo 1 do PCA) e negativamente relacionada à inclinação do terreno. Um modelo utilizando somente as variáveis topográficas (altitude e inclinação) explicou 29% da variação encontrada nas estimativas de AGLB. A AGLB aumentou com a altitude e decresceu com o aumento da inclinação. As mesmas análises utilizando parcelas de 1 ha em projeção horizontal revelaram que a biomassa arbórea não foi afetada pela inclinação do terreno, indicando que um limite de área horizontal, como a área da copa, pode ser mais importante do que a quantidade de chão disponível para as árvores. A variação temporal nas estimativas de biomassa arbórea foi avaliada após um perlodo de 2 anos. Todos os indivíduos de 37 parcelas foram re-medidos para calcular a taxa de mudança de biomassa arbórea viva (crescimento + recrutamento ­mortalidade). A biomassa arbórea nas parcelas analisadas aumentou no período de estudo (teste t pareado: t = 3,15; P = 0,003), confirmando a tendência de aumento em biomassa nas florestas amazônicas. As taxas de mudança de biomassa também foram relacionadas com as características do solo, com parcelas localizadas em solos arenosos apresentando geralmente taxas negativas. O uso de garras, para coleta de material botânico, não afetou o crescimento ou sobrevivência das árvores escaladas, após um período mínimo de 1 ano e meio; portanto, as taxas de mudança não podem ser atribuídas ao efeito da metodologia utilizada. Os resultados obtidos para Reserva Ducke indicam que o poder preditivo das variáveis edáficas e topográficas, na variação espacial e temporal da biomassa arbórea, poderá ser utilizado para melhorar as estimativas de carbono estocado em florestas amazônicas.
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