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Título: Terra preta de índio e as populações do presente: a herança que chega até o quintal
Autor: Lins, Juliana
Orientador: Clement, Charles Roland
Coorientador: Kinupp, Valdely Ferreira
Lima, Helena Pinto
Palavras-chave: Ecologia histórica
Etnobotânica
Solos antrópicos
Data do documento: 8-Jul-2013
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Botânica
Abstract: The present study aimed to verify the influence of past human occupation on plant species composition of areas currently occupied and managed with homegardens in Amazonian Dark Earths (ADE). ADE are anthropogenic soils and archaeological sites by definition. Thus, it is possible to classify the archaeological context of ADE patches, depending on the existing material remains: there are archaeological sites where only one set of artifacts are associated with a ceramic tradition, related or not to the same human occupation, and there are archaeological sites that stratigraficaly have more than one ceramic tradition, thus demonstrating different forms or periods of occupancy. Floristic inventories were conducted in 46 homegardens on ADE in five riverine communities along the lower Urubu River in Central Amazonia and we identified the spontaneous species native to the Americas and cultivated species native to Amazonia. Twenty-two homegardens were surveyed at single tradition archaeological sites and 24 homegardens were surveyed in three sites that have strata from more than one ceramic tradition. Soils, distances between homegardens, sizes of homegardens, communities and archaeological contexts were used as explanatory variables to test their influence on floristic composition. For cultivated species, archaeological context was the variable that best explained the floristic composition of the homegardens, but for spontaneous species floristic composition was more related to the communities. We conclude that the archaeological context of homegardens on ADE influences their floristic compositions. Local communities on sites with more than one occupation have homegardens with more variable floristic compositions.
Resumo: O presente estudo teve como objetivo verificar a influência da ocupação humana pretérita na composição de espécies vegetais de áreas atualmente ocupadas e manejadas, utilizando-se para isso quintais em Terras Pretas de Índio (TPI). As TPI são solos de origem antrópica e sítios arqueológicos por definição. Portanto, é possível classificar o contexto arqueológico no qual cada mancha de Terra Preta está inserida, dependendo dos vestígios materiais existentes: há sítios arqueológicos unicomponenciais, nos quais há apenas um conjunto de artefatos, relacionados ou não a uma mesma ocupação humana, e há sítios multicomponenciais, que apresentam mais do que um componente em sua estratigrafia, evidenciando assim diferentes formas ou períodos de ocupação. Inventários florísticos foram realizados em 46 quintais em TPI em cinco comunidades ribeirinhas no baixo rio Urubu, no Estado do Amazonas, identificando as espécies espontâneas nativas das Américas e as espécies cultivadas nativas da Amazônia. Vinte e dois quintais foram pesquisados em dois sítios arqueológicos unicomponenciais e 24 quintais em três sítios multicomponenciais. Solos, distâncias entre quintais, tamanho dos quintais, comunidades estudadas e contextos arqueológicos foram usados como variáveis explicativas para testar a influência destas nas composições florísticas. Para as espécies cultivadas, o contexto arqueológico foi a variável que mais explicou a composição florística dos quintais, mas para as espécies espontâneas as composições florísticas estavam mais relacionadas às comunidades. Concluímos que o contexto arqueológico de um quintal sobre TPI influencia a composição florística atual e que comunidades em locais que já tiveram várias ocupações mais duráveis podem ter conjuntos de quintais mais variáveis em sua composição florística.
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