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Título: Utilização de luz por árvores no sub-dossel em uma floresta primária na Amazônia Central
Autor: Takahashi, Frederico Shcerr Caldeira
Orientador: Gonçalves, José Francisco de Carvalho
Palavras-chave: Clorofila -- Análise
Fotossíntese
Fluorimetria
Efeito da luz nas plantas
Data do documento: 2005
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Botânica
Resumo: A luz é um recurso importante, porém escasso em ambientes florestais densos, freqüentes na Amazônia. A luminosidade incidente em plantas do sub-dossel apresenta grande flutuação com períodos curtos de iluminação intensa. Porém, a capacidade de utilização destes feixes luminosos intensos é limitada pela fase de indução da fotossíntese e pela capacidade de transporte de elétrons relativamente baixa de plantas aclimatadas a baixas luminosidades. A energia luminosa absorvida não utilizada na fotossíntese pode promover danos ao aparato fotossintético. A dissipação não fotoquímica relacionada à fotoproteção (NPQ) é uma das principais vias de defesa da planta contra excesso de energia luminosa. O objetivo deste trabalho foi investigar a utilização da luz e fotoproteção em plantas arbóreas no sub-dossel, considerando as rápidas transições de intensidade luminosa presentes neste ambiente. Realizei o trabalho nas reservas de mata contínua do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais enfocando as espécies Eschweilera wachenheimii (Lecythidaceae), Fusaea longifolia (Annonaceae), Rinorea racemosa (Violoceae), ViroIa calophylla var. calophylla (Myristicaceae), Licania heteromorpha (Chrysobalanaceae), Theobroma sylvestre (Sterculiaceae ), Swartzia reticulata (Leguminosae) e Scleronema micranthum (Bombacaceae). Os rendimentos quânticos intrínsecos do fotossistema lI de F. longifolia e R. racemosa foram relativamente baixos. Porém, estas espécies exibiram capacidades de utilização de luz para processos fotoquímicos durante iluminação de penumbra e feixes luminosos semelhantes às demais. O aproveitamento fotoquímico da luz foi semelhante nas espécies estudadas, com pequeno potencial de utilização de feixes luminosos intensos. Sob iluminação de feixes intensos, ocorreu marcante fechamento dos centros de reação do fotossistema 11, o que propicia o aumento das taxas de fotooxidação. Ao final de 30 segundos de feixes luminosos, a NPQ não foi completamente ativada, podendo uma parcela maior de energia ser direcionada à fotooxidação. A ativação da NPQ durante feixes luminosos em E. wachenheimii foi mais baixa, o que potencialmente pode representar maiores taxas de fotooxidação durante os aumentos de luminosidade. A maioria dos indivíduos estudados apresentou capacidade de transporte de elétrons limitada, com saturação em PPFD menores que 200 µmol m-² s-¹, de forma que feixes luminosos de intensidade elevada não proporcionam ganhos fotossintéticos adicionais. As espécies estudadas exibiram taxas de transporte de elétrons máximas próximas, embora T. sylvestre apresentou a tendência de aproveitar intensidades luminosas superiores, podendo então obter maior crescimento em ambientes com dossel mais aberto. Concluímos que a capacidade de utilização de luz nestas árvores no sub-dossel foi essencialmente semelhante. Os feixes luminosos, em especial os de baixa duração, na maioria das vezes não propiciaram ganhos fotossintéticos, sendo possíveis promotores de danos fotooxidativos nas espécies estudadas. Portanto, a estratégia de utilização de luz observada nestas plantas foi aproveitar preferencialmente a luminosidade da penumbra e tolerar os feixes luminosos intensos.
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