Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12946
Título: Convecção profunda na Amazônia Central
Autor: Tanaka, Ludmila Monteiro da Silva
Orientador: Satyamurty, Prakki
Coorientador: Machado, Luis Augusto Toledo
Mota, Maria Aurora Santos da
Palavras-chave: Precipitação
Umidade
Ciclo diurno
Data do documento: 30-Abr-2014
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Clima e Ambiente - CLIAMB
Abstract: The Amazon region has the main ingredients for deep convection development: water vapor, instability and convective available potential energy (CAPE). But the march of daytime moist convection in this region is influenced by a complex interation of convective scales ranging from small to large scale. The main objective of this research is to understand the relationship between the moist convective activity and vertical distribution of water vapor in the Central Amazon. For this, precipitation data of four stations, cloud top temperature (CTT) and radiosondes were used. This database includes information from 2006 to 2011. The study area is approximately 4800 km2, centered on the city of Manaus-AM. Analysis is conducted at four sites, two representative of forest area and two representative of urban area. The metodology consisted primarily of evaluating seasonal and diurnal variability of rainfall in terms of intensity and frequency. Subsequently a classification of deep convection events based on the 95 % percentile of rainfall threshold values and CTT was realized. From selected events intensity and time of occurrence of rainfall from deep convection are obtained. Also humidity, temperature and wind profiles as well as the stability of the atmospheric column are analyzed. The results show that precipitation in forest areas is 20 % higher than in urban areas, especially in the early afternoon hours. The frequency of rain events varies with the time of the day, while the average rainfall intensity does not. For all stations, in the rainy season (NOV-MAY) the frequency of rainfall is approximately three times higher than in the dry season (JUNOCT) and the peak of daytime frequency in the afternoon is more pronounced in forest areas. Higher frequencies in the early morning hours near the river are possibly due to the effect of river breeze. Approximately 76.3 % of the intense rain events ( 20 mm/hora) are caused by deep convective events (DCE), which are more frequent in the rainy season and in forest areas. Among the vertical profiles of the atmosphere, humidity showed higher differences between DCE and other types of rain and no-rain events, principally in the 900 to 500 hPa layer. The humidity in this layer is decisive for the occurrence of the transition from shallow to deep convection. Finally, the CAPE analysis showed that the thermodynamic instability is not a limiting factor for the occurrence of deep convection, but for most less deep convective events (LDCE) and DCE it must be greater than 1000 J.kg��1, while for the shallow convective events (SCE) it always showed values less than 2500 J.kg��1.
Resumo: A região Amazônica apresenta em demasia os principais elementos para a formação de convecção profunda: vapor d’água, instabilidade e energia potencial convectiva disponível (CAPE). Porém a marcha diurna da convecção úmida nessa região é oriunda de uma complexa interação de escalas convectivas que variam desde a pequena até a grande escala. O objetivo geral desta pesquisa foi entender a relação entre a atividade convectiva úmida e a distribuição vertical de vapor d’água na Amazônia Central. Para isso, dados de precipitação de quatro estações, temperatura de topo da nuvem (CTT) e radiossondagens foram utilizados. Esse banco de dados possui informações no período de 2006 a 2011. A região de estudo incluiu uma área de, aproximadamente, 4800 km2, centrada na cidade de Manaus-AM. As análises foram realizadas em quatro sítios, dois representativos de área de floresta e dois representativos de área urbana. A metodologia consistiu primeiramente em avaliar a variabilidade sazonal e diurna da precipitação, em termos de sua intensidade e frequência. Posteriormente se fez uma classificação de eventos de convecção profunda baseada no percentil de 95 % da precipitação e em valores limiares de CTT. A partir dos eventos selecionados se fez análises da intensidade dos mesmos, da hora de ocorrência e tempo de duração da precipitação oriunda da convecção profunda. Também se analisou os perfis de umidade, temperatura e vento relacionados aos eventos convectivos, assim como, a estabilidade da atmosfera. Os resultados mostraram que a precipitação em áreas de floresta é 20 % maior que nas áreas urbanas, principalmente nas primeiras horas da tarde. A frequência de eventos de chuva variou com a hora do dia, enquanto que a intensidade média das chuvas não. Para todos os locais analisados, na estação chuvosa (NOV-MAI), a frequência da precipitação foi, aproximadamente, três vezes maior que na estação seca (JUN-OUT) e o pico da frequência diurna no período da tarde foi mais pronunciado nas áreas de floresta. Frequências mais elevadas nas primeiras horas da manhã perto do rio foram, possivelmente, devido ao efeito de brisa do rio. Cerca de 76,3 % das chuvas mais intensas ( 20 mm/hora) foram provocadas por eventos convectivos profundos (ECP), os quais são mais frequentes na estação chuvosa e em áreas de floresta. Dentre os perfis verticais da atmosfera, a umidade foi a variável que mostrou maiores diferenças entre os ECP e demais tipos de eventos precipitantes e não precipitantes, principalmente na camada de 900 a 500 hPa. A umidade nessa camada é determinante para a ocorrência da transição da convecção rasa para a convecção profunda. Por fim, as análises de CAPE mostraram que a instabilidade termodinâmica não é um fator limitante para a ocorrência da convecção profunda. Todavia, para a maioria dos eventos convectivos menos profundos (ECMP) e ECP ela precisou ser maior que 1000 J.kg��1, enquanto que para os eventos convectivos quentes (ECQ) ela apresentou valores menores que 2500 J.kg��1.
Aparece nas coleções:Doutorado - Cliamb

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese_Ludmila Monteiro da Silva Tanaka.pdf29,46 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons