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Título: Deforestation actors: patterns and simulation of deforestation on a cattle ranching frontier in the State of Amazonas
Título(s) alternativo(s): Atores do desmatamento: padrões e simulação do desmatamento em um fronteira agropecuária no estado do Amazonas
Autor: Yanai Nascimento, Aurora Miho
Orientador: Fearnside, Philip Martin
Coorientador: Graça, Paulo
Escada, Isabel
Palavras-chave: Desmatamento
Mudança de uso e cobertura da terra
Modelagem ambiental
Amazônia
Projeto de Assentamento
Políticas ambientais
Data do documento: 11-Out-2020
Programa: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Abstract: The recent increase in forest cover loss in Brazil’s Amazon region has been causing substantial concern at the global level. By understanding the deforestation process in the past and in the present, we can better model the advance of deforestation. Here, we assessed the contributions of different types of actors to deforestation and land occupation in Santo Antônio do Matupi District located in the southern portion of Amazonas State, and we simulated the deforestation patterns of actors inside and outside of the Matupi settlement project through 2050. In the Matupi settlement, we assessed the actors with a focus on land-tenure concentration (i.e., lot concentration), and outside of settlement we assessed the actors based on the Rural Environmental Register or CAR (Cadastro Ambiental Rural). We also assessed deforestation in public land without destination, in an agro-extractivist settlement and in protected areas. Based on the information from this analysis, we created a map with all actors’ landholdings and obtained parameters for the deforestation patch sizes for use as input data in a spatially explicit model to simulate the deforestation trajectory of each type of actor, using as an assumption the recent increasing trend in deforestation rates (2013-2018) and the weakening of command and control action. Two scenarios were constructed based on the same assumption, but with different approach to deforestation rates: (i) Business-as-usual scenario with absolute rates (BAU-SAR), where we used deforestation rates in terms of area cleared at each model time step and (ii) Business-as-usual scenario with relative rates (BAU-SRR), where we applied rates in terms of a percentage in relation to the remaining forest area in the landholdings and land categories. The results showed that, in the Matupi settlement, lot “concentrators” occupied 28% (9653 ha) of the settlement and 29% of the lots (152 lots); the numbers of lots concentrated ranged from two to ten; concentrators of two lots and non-concentrators were the predominant actors. Outside of the settlement, we found the following actor types: “small” (< 100 ha), “semi-small” (100 - 400 ha), “medium” (> 400 - 1500 ha) and “large” (> 1500 ha). Most of the total area in small (72%) and semi-small (49%) landholdings had been cleared by 2018, while the medium and large landholdings still had large areas of remaining forest. Only a small portion of the area occupied by these actors had been cleared (medium: 20%; large: 12%). Statistical analysis showed that the main predictors of deforestation were: landholding size, year of first clearing and the distance between the landholding and the Transamazon Highway (adj R2 = 0.507). Most actors of all types were found in public land without destination, although some actors were also found in the agro-extractivist settlement (medium: 8%; large: 28%) and in conservation units (medium: 21%; large: 21%). Deforestation modeling indicated a substantial increase in clearing through 2050 in both scenarios, mainly in the Matupi settlement, in areas occupied outside of the settlement by small and semi-small landholdings and in public land without destination. In the BAU-SRR deforestation increased more gradually in than in the BAU-SAR. We verified that more than 50% of the forest in the lots of a family that concentrated 10 lots in the Matupi settlement, medium landholdings, and large landholdings and in protected areas remained by 2050. This study provides a better understanding of the actors on an Amazonian cattle-ranching frontier and of the spatial and temporal dynamics of their deforestation.
Resumo: A perda de cobertura florestal nos últimos anos tem causado grande preocupação a nível global. Entendendo como o desmatamento ocorreu no passado e atualmente, podemos modelar o avanço do desmatamento de forma mais precisa. Neste estudo, avaliamos a contribuição dos diferentes tipos de atores para o desmatamento e ocupação da terra na região do Distrito de Santo Antônio do Matupi localizado no sul do Amazonas, e simulamos os padrões de desmatamento dos atores dentro e fora do projeto de assentamento Matupi (PA Matupi) até 2050. Os atores no PA Matupi foram avaliados quanto à concentração de terras (i.e., concentração de lotes) e fora do assentamento com base nos dados de imóveis rurais do CAR (Cadastro Ambiental Rural). Além disso, analisamos o desmatamento nas categorias de terra (terras públicas não destinadas, assentamento agro-extrativista e áreas protegidas). A partir dessas análises foi criado um mapa com a área ocupada (i.e., landholding) por cada tipo de ator e obtidos parâmetros de tamanho das manchas de desmatamento por tipo de ator. Esses dados serviram de entrada no modelo espacialmente explícito para simular a trajetória de desmatamento dos atores usando como premissa a recente tendência de aumento nas taxas de desmatamento (2013-2018) e o enfraquecimento das ações de comando e controle. Dois cenários foram elaborados utilizando a mesma premissa, mas com abordagens diferentes com relação às taxas de desmatamento: (i) Cenário negócios como sempre com taxas absolutas, em que foram utilizadas as taxas anuais de desmatamento em termos de área e (ii) Cenário negócios como sempre com taxas relativas, em que foram utilizadas taxas anuais de desmatamento relativas aos remanescentes florestais dentro de cada área ocupada por cada tipo de ator e categorias de terra. Os resultados indicaram que no PA Matupi os “concentradores” de lotes ocupavam 28% (9.653 ha) da área total do assentamento e 29% dos lotes (152 lotes); o número de lotes concentrados foi de 2 a 10 lotes; concentradores de 2 lotes e não-concentradores foram os atores predominantes no assentamento. Em relação aos atores fora do assentamento, identificamos os seguintes atores (produtores rurais): pequenos (< 100 ha), semi-pequenos (100 – 400 ha), médios (> 400 – 1.500 ha) e grandes (> 1.500 ha). A maior parte da área ocupada pelos pequenos (72%) e semi-pequenos (49%) foi desmatada até 2018, enquanto as áreas ocupadas por médios e grandes apresentavam maior área de floresta remanescente e pequena porção de área desmatada (médios: 20%; grandes: 12%). A análise estatística realizada evidenciou os principais preditores do desmatamento e demonstrou que o desmatamento se relaciona mais fortemente com fatores tais como: o tamanho da área ocupada (imóvel); o ano do primeiro desmatamento e; com a distância entre a área ocupada e a rodovia Transamazônica (R2 ajustado = 0.507). Destacamos que a maior parte dos atores analisados fora do PA Matupi estava em terras públicas não destinadas, porém, alguns deles foram encontrados no assentamento agro-extrativista (médios: 8%; grandes: 28%) e em unidades de conservação (médios: 21%; grandes: 21%). A modelagem do desmatamento demonstrou que nos dois cenários houve um incremento importante no desmatamento até 2050, principalmente no PA Matupi, em áreas ocupadas fora do assentamento por pequenos e semi-pequenos e em terras públicas não destinadas. No cenário negócios como sempre com taxas relativas, o incremento do desmatamento foi mais gradual em comparação ao cenário negócios como sempre com taxas absolutas. Observou-se que nas áreas ocupadas pela família que concentra 10 lotes no PA Matupi, médios e grandes fora do assentamento e em áreas protegidas mantiveram mais de 50% da cobertura florestal até 2050, em relação à cobertura florestal existente em 2019. Este estudo proporciona um melhor entendimento sobre os atores localizados em áreas de fronteira agropecuária na Amazônia e sobre a dinâmica de desmatamento espaço-temporal associada a esses atores.
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