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Título: Variabilidade genética de copaifera multijuga hayne e sua relação com a produção de oleorresina
Autor: Rolim, Moisés
Orientador: Sampaio, Paulo
Coorientador: Medeiros, Raquel
Batista, Jacqueline
Palavras-chave: copaíba
amplificação heteróloga
plantios
diversidade genética
Data do documento: 26-Fev-2021
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Abstract: Copaifera spp. Trees, commonly known as copaibeiras, in addition to their economic importance, have economic, ecological and social importance for the traditional peoples of the Amazon. Due to its medicinal properties, copaiba oil is one of the main Non-Timber Forest Products (NTFPs) marketed in the Amazon. However, as production limitations of oleoresin, mainly, does not refer to the variability of production between nodes of the same species and natural population, including non-productive trees, they are still an obstacle to the management of this NTFP. But, what is the reason for this variability in production between individuals? In this context, this research aimed to estimate the genetic variability of Copaifera multijuga Hayne, as well as to verify whether there is genetic differentiation between productive and non-productive oleoresin trees, using heterologous microsatellite markers, in a natural population and in a progeny, plantations with 39 years of age, in the region of Manaus, Amazonas, Brazil. For the genetic study, 27 trees of the Ducke Reserve natural population (2º 57 '43 ”South and 59º 55 '38” West) were sampled, with known phenotypes (productive and non-productive), including as parent trees of the progeny test . In the progeny test, 94 trees from Planting I (daughters from 3 productive mothers) and 86 trees from planting II (daughters from 3 non-productive mothers) were selected, totaling 180 daughter trees. Both plantations are assumed at INPA's Tropical Silviculture Experimental Station (2º 35 ’51, 28 ”South and 60º 02 ’10, 57” West). A phenotypic analysis was also performed within the progeny test. For this, among the 180 daughter trees, were selected as trees with the largest existing diameters (DAP ≥ 20 cm): 44 trees (Planting I) and 31 trees (Planting II). A phenotypic analysis revealed that, in relation to the production of oleoresin in the trunk of C. multijuga trees, productive and non-productive trees can generate offspring with both phenotypes. Six microsatellite loci of C. lagsdorffii were amplified heterologously and successfully characterized for C. multijuga. Six microsatellite loci of C. lagsdorffii were amplified heterologous and successfully characterized for C. multijuga. The genotype analysis of C. multijuga trees in the natural population (Ducke Reserve) showed levels of variability from low to moderate, a total of 39 alleles, with an average of 6.5 alleles per locus and the expected average heterozygosity of 0.692. The PIC proved to be very informative for all loci used (> 50%), except for CL02 (48%). Only one locus (CL01) showed heterozygous deficiency (HO < HE), with significant deviation from EWH (FIS < 0.000). In the groups of C. multijuga phenotypically different, productive and non-productive oleoresin trees (Ducke Reserve, Planting 1 e 2 / ESST), a total of 91 alleles were identified and an average of 7.6 alleles per locus. In both groups, the most polymorphic locus was CL32, with 12 and 11 alleles respectively, of which the mean expected heterozygosity values were 0.698 (productive) and 0.713 (non-productive). Despite the low value FST = 0.003 (expected for tropical tree species), DAPC showed that there is a genetic distinction between productive and non-productive trees, forming two well-structured genetic groups and with a low level of mixture for membership probabilities > 90%. The presence of exclusive alleles strengthens the hypothesis that they are genetically different. The results show new useful heterologous markers, available for application in studies of the reproductive system, population genetics and the probable conservation of natural populations of C. multijuga.
Resumo: As árvores de Copaifera spp., comumente conhecidas como copaibeiras, possuem significativa importância, econômica, ecológica e social para os povos tradicionais da Amazônia. Em virtude de suas propriedades medicinais, o óleo de copaíba é um dos principais Produtos Florestais Não Madeireiros (PFNM) comercializados na Amazônia. Contudo, as limitações de produção do oleorresina, principalmente, no que se refere a variabilidade de produção entre indivíduos da mesma espécie e população natural, incluindo árvores não produtivas, são ainda um entrave ao manejo deste PFNM. Mas, qual a razão desta variabilidade de produção entre indivíduos? Nesse contexto, esta pesquisa teve como objetivo estimar a variabilidade genética de Copaifera multijuga Hayne, bem como verificar se há diferenciação genética entre árvores produtivas e não produtivas de oleorresina, com o uso de marcadores microssatélites heterólogos, em uma população natural e em um teste de progênies, plantios com 39 anos de idade, na região de Manaus, Amazonas, Brasil. Para o estudo genético, foram amostradas 27 árvores da população natural da Reserva Adolpho Ducke (2º 57’ 43” Sul e 59º 55’ 38” Oeste), com fenótipos conhecidos (produtiva e não produtiva), incluindo as árvores-mães do teste de progênies. No teste de progênies, foram selecionadas 94 árvores do Plantio I (filhas originadas de 3 mães produtivas) e 86 árvores do plantio II (filhas originadas de 3 mães não produtivas), totalizando 180 árvores-filhas. Ambos os plantios estão localizados na Estação Experimental de Silvicultura Tropical do INPA (2º 35’ 51,28” Sul e 60º 02’ 10,57” Oeste). Foi realizado, ainda, uma análise fenotípica dentro do teste de progênies. Para isto, dentre as 180 árvores filhas, foram selecionadas as árvores com os maiores diâmetros existentes (DAP ≥ 20 cm): 44 árvores (Plantio I) e 31 árvores (Plantio II). A análise fenotípica revelou que, em relação à produção do oleorresina no tronco das árvores de C. multijuga, árvores produtivas e não produtivas podem gerar descendentes com ambos os fenótipos. Seis locos microssatélites da C. lagsdorffii foram amplificados heterologamente e caracterizados com sucesso para C. multijuga. A análise do genótipo das árvores de C. multijuga da população natural (Reserva A. Ducke) apresentou níveis de variabilidade de baixo a moderado, um total de 39 alelos, com média de 6,5 alelos por loco e a heterozigosidade esperada média de 0,692. O PIC provou ser muito informativo para todos os locos utilizados (> 50%), exceto para o CL02 (48%). Apenas um loco (CL01) apresentou deficiência de heterozigotos (HO < HE), com significativo desvio do EWH (FIS < 0,000). Nos grupos de árvores de C. multijuga fenotipicamente diferentes, produtivas e não produtivas de oleorresina (Reserva A. Ducke, Plantio I e II/ESST), foram identificados ao todo 91 alelos e média de 7,6 alelos por loco. Em ambos os grupos, o loco mais polimórfico foi o CL32, com 12 e 11 alelos respectivamente, dos quais os valores de heterozigosidade esperada média foram 0,698 (produtivas) e 0,713 (não produtivas). Apesar do baixo valor de FST = 0,003 (esperado para espécies arbóreas tropicais), a DAPC mostrou que existe distinção genética entre árvores produtivas e não produtivas, formando dois grupos genéticos bem estruturados e, com baixo nível de mistura para membership probabilities > 90%. A presença de alelos exclusivos fortalece a hipótese de serem geneticamente diferentes. Os resultados mostram novos marcadores heterólogos úteis, disponíveis para aplicação em estudos de sistema reprodutivo, genética populacional e a provável conservação de populações naturais de C. multijuga.
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