Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/38044
Título: Desenvolvimento larval e influência do pH e tipo de água na sobrevivência dos adultos de Macrobrachium amazonicum (Heller), 1862) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae) em cativeiro
Autor: Magalhães Filho, Célio Ubirajara
Orientador: Junk, Wolfgang Johannes
Palavras-chave: Macrobrachium amazonicum
Data do documento: 1984
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Resumo: A partir de camarões coletados em ambientes da várzea do rio Solimões/Amazonas, realizou-se um estudo objetivando obter-se o desenvolvimento larval completo em cativeiro do camarão Macrobrachium amazonicum. Uma descrição morfológica pormenorizada e ilustrações de todos os apêndices foram realizadas para todos os estágios larvais e primeiro juvenil. Paralelamente, procedeu-se a uma investigação preliminar sobre a influência de valores de pH (de 3,5 a 7,0) em três tipos de água da região na sobrevivência dos indivíduos adultos desta espécie. As fêmeas de M. amazonicum carregam numerosos ovos (846 ovos/fêmea, em média) de pequeno tamanho (0,77 +- 0,043 x 1,05 +- 0,071 mm). O período de incubação é de 15 a 17 dias e o desenvolvimento larval é do tipo longo, com 10 a 11 estágios livrenatantes durante 28 - 33 dias. A larva eclode como uma zoea, com olhos sésseis, sexto somito abdominal contínuo com o telso e sem apêndices após os dois primeiros pares de pereópodos ainda rudimentares. Na zoea II, os olhos estão pedunculados e os pereópodos 1 e 2 tornam-se funcionais. Na zoea III, o sexto somito individualiza-se e surgem os urópodos. Na zoea IV, desenvolve-se o protopodito dos urópodos e pereópodos 3 e 5 tornam-se funcionais. Zoea V com pereópodo 4 agora funcional e telso aproximadamente retangular. Na zoea VI aparece um espinho ventral na junção do basipodito com escafocerito da antena e com a margem posterior do telso reta. Na zoea VII aparecem os primeiros indícios dos pleópodos, constituídos por pequenas saliências ventrais no abdome e inicia-se a formação das quelas dos pereópodos 1 e 2. Zoea VIII com os esboços birremes dos pleópodos nítidos e com 2 grupos de estetos no flagelo externo da antênula. Zoea IX com um semicírculo de pequenas cerdas na região do futuro estatocisto e esboços birremes dos pleópodos mais desenvolvidos. Zoea X com dois dentes dorsais no rostro, desparece o espinho da margem pósterolateral do quinto somito abdominal e aprece o rudimento do "apendix interna" em alguns pleópodos. Na zoea XI aparecem uma fileira de quatro cerdas plumosas ventrais próximo à margem externa proximal do exopodito dos urópodos e cerdas plumosas no exopodito dos pleópodos. O juvenil I conta com 5 - 6 dentes rostrais dorsais, flagelo antenal multisegmentado, ppereópodos 1 a 4 com exopoditos vestigiais e quelas dos 1º e 2º pares funcionais. Evidenciou-se que este camarão parece ser sensível a baixos valores de pH, sendo que sua sobrevivência estaria comprometida em pH 4, 5, independente do tipo de água. Entretanto, estudos adicionais sobre este aspecto são ainda necessários. Aspectos relacionados à variabilidade durante o desenvolvimento larval e às características reprodutivas apresentadas por M. amazonicum face às condições ecológicas prevalecentes no seu habitat bem como sua distribuição na Amazônia Central são discutidos.
Aparece nas coleções:Mestrado - BADPI

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Célio Ubirajara.pdf8 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons