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Título: Diversidade florística em floresta de terra firme, na região do rio Urucu - AM
Autor: Amaral, Iêda Leão do
Orientador: Revilla Cardeñas, Juan David
Data do documento: 1996
Editor: Instituto Nacional Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Botânica
Resumo: Elaborou-se este trabalho para estudar a diversidade e composição florística da floresta densa de terra firme do rio Urucu no Estado do Amazonas (-65ºW, 5ºS), local com clima quente e úmido, precipitação anual de 3300 mm/ano e nenhuma média mensal inferior a 100 mm. Para tanto, fêz-se levantamento florístico de 3 hectares, em locais diferentes, observando as variações topográficas do terreno (platô, declive e baixio) e empregando transectos de 10 x 1000 m, divididos em 20 parcelas de 10 x 50 m. Foram incluídos todos os indivíduos (árvores, palmeiras, ervas terrestres e cipós) com DAP 10 cm. Foram registrados, no primeiro hectare (denominado "Aeroporto"), 710 indivíduos distribuídos em 46 famílias, 126 gêneros e 253 espécies; no segundo hectare ("RUC-25"), 769 indivíduos distribuídos em 48 famílias, 155 gêneros e 322 espécies; e no terceiro hectare ("Estação de Fluídos"), 762 indivíduos distribuídos em 44 famílias, 125 gêneros e 269 espécies. O segundo hectare teve a maior riqueza reportada até este momento para uma floresta neotropical ( espécies por hectare; DAP 10 cm). Com 240 espécies/500 indivíduos, este sítio está próximo do recorde neotropical normalizado para 500 indivíduos ( 267/500 no Yanamono, Peru), sugerindo que a alta diversidade documenta para a Amazônia peruana se estende pelo menos 1000 Km para dentro do território brasileiro, até Tefé. Os 2241 indivíduos dos três hectares juntos foram distribuídos em 578 espécies. A maioria das espécies foram muito raras; analisadas um por um, os hectares tiveram as seguintes percentagens de espécies com apenas um indivíduo: 54%, 55% & 57%. Os índices de diversidade de Shannon (H' na base e) para os três hectares foram: 4,95; 5,28; e 5.01. Os índices de Uniformidade (H'/H' max teórico) foram: 0,88; 0,91 e 0,90. As famílias Lecythidaceae e Sapotaceae foram as mais comuns nos três locais, detendo juntas 32% a 37% dos indivíduos. Algumas das outras famílias mais comuns, com as porcentagens de indivíduos em cada hectare, foram : Myristicaceae (8, 4, & 6%), Chrysobalanaceae ( 7, 10 & 9%), Lauraceae (6, 3, & 2%), Burseraceae (6, 3 & 5%), Moraceae (5, 5, & 6%) e Euphorbiaceae (5, 7, & 1%). Mimosaceae e Caesalpiniaceae foram colocadas sempre a mais rica em espécies, com 12, 11 e 12% das espécies. Algumas outras famílias ricas em espécies foram: Chrysobalanaceae (9, 10 & 7%), Lecythidaceae (8,7 & 7%), Caesalpiniaceae (6, 6 & 5%), Burseraceae (6,3 & 8%), Moraceae (6, 5 & 5%), Mimosaceae (6, 5 & 7%), Myristicaceae (6, 5 & 6%), Euphorbiaceae (5, 6 & 2%) e Lauraceae (4, 3 & 3%).
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