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Título: Atividade de morcegos insetívoros aéreos em resposta a luminosidade lunar, distúrbio do habitat, condições climáticas e interação presa-predador em florestas preservadas e alteradas da Amazônia Central
Autor: Appel, Giulliana
Orientador: Bobrowiec, Paulo Estefano Dineli
Coorientador: Meyer, Christoph
Palavras-chave: Ecologia de morcegos
Fragmentação florestal
Floresta secundária
Monitoramento acústico
Amazônia
Efeito lunar
Data do documento: 20-Ago-2021
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Abstract: Increasing deforestation and anthropogenic land use changes have devastated the Amazon rainforest and created fragmented landscapes with forests in different stages of disturbance. Bats can be indicators of environmental quality and are increasingly being used in monitoring. Aerial insectivorous bats are the least studied in the Amazon, as most studies only use mist nets, an inefficient method to register these bats. Thus, it is not understood how the activity of these bats responds to biotic and abiotic factors in preserved and disturbed forests. Therefore, in this thesis I evaluated how moonlight intensity, habitat disturbance, climatic conditions and prey-predator interaction influence the activity of aerial insectivorous bats in preserved and disturbed forests of Central Amazonia. I used acoustic monitoring data from autonomous recorders installed at Reserva Ducke and BDFFP between 2013-2019. In chapter 1, I assessed that the use of recorders proved to be the most efficient method to obtain distribution data for aerial insectivorous bats in the Amazon compared to other methods. In chapter 2, the results indicated that species responded more to moonlight intensity and temperature than to rainfall between nights. Only two species responded positively to temperature and rainfall did not limited species activity between nights and throughout the night. In chapter 3, I analyzed that habitat disturbance influences species activity more than moonlight intensity and secondary forest showed lower activity, indicating that despite ca. 30 years of forest regeneration, it is still less attractive as foraging habitat. Fragments had six species with lower activity compared to preserved forest on bright nights compared to dark nights. In chapter 4, I assessed that bat activity is negatively influenced by habitat disturbance probably due to the lower mass of insects, as I evaluated that secondary forest showed lower insect mass than preserved forest. Predation risk and moonlight intensity have weak effects on aerial insectivorous bat activity. Finally, it is suggested that in the preserved forest, moonlight intensity may have a more pronounced effect than other abiotic factors. But in disturbed forests, moonlight has a weak effect, and the lower insect mass seems to explain the lower activity of aerial insectivorous bats in these areas.
Resumo: O crescente desmatamento e as mudanças antropogênicas no uso da terra têm devastado a floresta amazônica e tem criado paisagens fragmentadas com florestas em estágios diferentes de distúrbio. Morcegos podem ser indicadores de qualidade ambiental e estão cada vez mais sendo usados em monitoramentos. Os morcegos insetívoros aéreos são os menos estudados na Amazônia, pois a maioria dos estudos usam apenas redes-de-neblina, método ineficiente para registrar estes morcegos. Assim é incompreendido como a atividade destes morcegos responde a fatores bióticos e abióticos em florestas preservadas e alteradas. Diante disso, nesta tese avaliei como a luminosidade lunar, o distúrbio do habitat, as condições climáticas e a interação presa-predador influenciam a atividade dos morcegos insetívoros aéreos em florestas preservadas e alteradas da Amazônia Central. Usei dados de monitoramentos acústicos feitos por gravadores autônomos instalados na Reserva Ducke e no PDBFF entre 2013-2019. No capítulo 1, avaliei que o uso dos gravadores se demonstrou o método mais eficiente para obter dados de distribuição dos morcegos insetívoros aéreos na Amazônia quando comparado com outros métodos. No capítulo 2, os resultados indicaram que as espécies responderam mais a luminosidade lunar e a temperatura do que a chuva entre noites. Apenas duas espécies responderam positivamente a temperatura e a chuva não limitou a atividade das espécies tanto entre noites como ao longo da noite. No capítulo 3, analisei que o distúrbio do habitat influencia mais a atividade das espécies do que a luminosidade lunar, sendo que a floresta secundária teve menor atividade indicando que é pouco atrativa para este grupo. Nos fragmentos tiveram seis espécies com atividade reduzida em noites claras quando comparadas a noites escuras. No capítulo 4, avaliei que a atividade dos morcegos é influenciada negativamente pelo distúrbio do habitat provavelmente pela menor massa de insetos, sendo observei que tem insetos mais leves na floresta secundária do que na floresta preservada. O risco de predação e a luminosidade lunar influenciam pouco a atividade dos morcegos insetívoros aéreos. Por fim, sugere-se que na floresta preservada a luminosidade lunar pode ter efeito mais pronunciado do que outros fatores abióticos. Mas em florestas alteradas, a luminosidade lunar tem efeito fraco, e a menor massa de insetos parece explicar a menor atividade dos morcegos insetívoros aéreos nestas áreas.
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