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Título: Citogenética molecular comparativa do DNAr 18S e 5S em piranhas (Serrasalminae, Characidae) da Amazônia central
Autor: Nakayama, Celeste Mutuko
Orientador: Bertollo, Luiz Antônio Carlos
Data do documento: 2007
Editor: Universidade Federal de São Carlos
Programa: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Resumo: Foram realizados estudos de citogenética básica e molecular em 11 espécies de peixes da subfamília Serrasalminae - Colossoma macropomum, Serrasalmus altispinnis, S. elongatus, S. gouldingi, S. rhombeus, S. cf. rhombeus, S. serrulatus, S. maculatus, Pygocentrus nattereri, Pristobrycon striolatus e Catoprion mento, coletados em diferentes locais da Amazônia Central. O número diplóide encontrado foi 2n=54 cromossomos para Colossoma macropomum, 2n= 62 para C. mento e P. striolatus, 2n=60 para todas as espécies do gênero Serrasalmus e P. nattereri, exceto S. cf. rhombeus que apresentou 2n=58. Além de diferentes números diplóides, as fórmulas cariotípicas também se mostraram diversificadas, mesmo entre as espécies com o mesmo número de cromossomos, evidenciando alguns principais rearranjos cromossômicos presentes no processo evolutivo desse grupo como fusões/fissões e inversões pericêntricas. Heteromorfismo cromossômico sexual não foi encontrado em nenhuma das espécies analisadas. As regiões organizadoras de nucléolos, evidenciadas pelo Nitrato de Prata (Ag-RONs), foram sempre teloméricas e múltiplas, variando entre 4 a 12 conforme a espécie. Na maioria das espécies essas regiões foram visualizadas no braço curto de cromossomos subtelo-acrocêntricos. Entretanto, em Colossoma macropomum elas foram evidenciadas no braço longo de cromossomos metacêntricos e em Catoprion mento no braço curto de cromossomos submetacêntricos e no braço longo de cromossomos subtelocêntricos e acrocêntricos. Os sítios de DNAr 18s foram, na maioria dos casos, coincidentes com os sítios de Ag-RONs, embora tenham ocorrido em maior número ou mesmo em cromossomos/posições distintas daqueles detectados pela Prata. Tais discrepâncias podem ser atribuídas as especificidades de cada uma dessas metodologias empregadas, como também a dificuldade de detecção de alguns sítios de RONs, os quais são geralmente muito pequenos nos Serrasalminae. A heterocromatina banda-C positiva foi evidenciada na região pericentromérica da maioria dos cromossomos, sendo algumas regiões mais conspícuas do que outras além de algumas bandas teloméricas características em alguns pares de cromossomos. Todas as espécies de Serrasalmus apresentaram um bloco heterocromático proximal no braço longo de um par metacêntrico de tamanho médio, o qual parece ser um marcador desse gênero quanto a posição que ocupa no cariótipo (79ar), visto que em outras espécies onde ele ocorre, como em P. nattereri, esse par é de tamanho maior (39ar). As seqüências de DNAr 5s foram sempre mapeadas em um único par de cromossomos. Nas espécies de Serrasalmus esse par corresponde ao metacêntrico número 7 e em P. nattereri, P. striolatus e C. mento ao metacêntrico número 3. Por sua vez, em C. macropomum os sítios de DNAr 5s se localizaram no braço curto de um metacêntrico menor, provavelmente o de número 12 no cariótipo. Considerando a generalidade dos dados ora obtidos as espécies analisadas dos gêneros Serrasalmus, Pygocentrus, Pristobrycom e Catoprion, apesar das diferenciações específicas que apresentam, mostram maior proximidade entre si apresentando cromossomos metacêntricos, submetacêntricos, subtelocêntricos e acrocêntricos, localização preferencial dos sítios de DNAr 18s na região telomérica do braço curto dos cromossomos subteloacrocêntricos, além de número e localização similar dos sítios de DNAr 5s nos cariótipos. Por sua vez, C. macropomum mostra características bem divergentes, com 2n=54 cromossomos meta-submetacêntricos, com sítios de DNAr 18s localizados na região terminal do braço longo e sítios de DNAr 5s intersticiais no braço curto dos cromossomos. Assim sendo, a separação de C. macropomum do clado das piranhas, tanto na proposta filogenética de Ortí et a/. (1 996) ou de Machado-Allison (1 983), é corroborada pelos nossos dados citogenéticos. Considerando uma posição mais basal para C. macropomum na filogenia dos Serrasalminae, rearranjos cromossômicos como xi fissões cêntricas, ao lado de inversões pericêntricas, parecem se destacar na diferenciação do cariótipo desse grupo, aumentando o numero basal de 2n=54 metasubmetacêntricos para 2n=58, 60 e 62 e possibilitando o surgimento de cromossomos com formas distintas daqueles presentes em C. macropomum. Igualmente também os sítios de RONs passaram por modificações numéricas e de localização nos cromossomos ao longo da diferenciação cariotípica dos Serrasalminae. Quanto aos sítios de DNAr 5S, sua localização em posição e em cromossomos morfologicamente similares em todas as espécies analisadas de Serrasalmus, Pygocentrus, Pristobrycom e Catoprion sugere que, uma vez estabelecida esta localização a partir de uma condição ancestral distinta, como aquela presente em C. macropomum, ela se manteve conservada.
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