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Título: Efeito estufa na Amazônia : estimativa da biomassa e a quantificação do estoque e liberação de carbono na queima de pastagens convertidas de florestas tropicais em Roraima, Brasil
Autor: Barbosa, Reinaldo Imbrozio
Orientador: Fearnside, Philip Martin
Data do documento: 1994
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Programa: Ecologia
Resumo: Foi estimada a biomassa acima do solo em duas pastagens (7 e 9 anos) convertidas de floresta tropical, usando uma combinação de dois métodos de medição (direto e indireto) na região do Apiaú, Roraima, Brasil. Para tanto foram usadas quadras de 60 m² para medir a biomassa pré e pós-queima (n=12; 7 anos e n=8; 9 anos). Foi investigado também a variação do estoque de carbono no solo antes e depois da queimada. A biomassa foi distribuida em três grupos (resíduos da floresta original, vegetação secundária e pasto). Na pastagem de 7 anos foram encontradas 124,4 t/ha (pré-queima) e 94,4 t/ha (pós-queima), representando uma redução de 20% na biomassa pré-existente. Eficiência de combustão foi desagregada para os resíduos florestais (9%), vegetação secundária (66,5%) e pasto (94%). A taxa de formação de carvão para o total da biomassa dos resíduos florestais foi de 0,6%, enquanto que para os troncos (peças de madeira com diâmetro = 10cm) este valor foi de 0, 85%. Na pastagem de 9 anos o valor da pré-queima foi de 32,8 t/ha. Esta pastagem não queimou. O grupo dos resíduos florestais foi o de maior participação nas duas pastagens: 80,9%(7anos) e 64,0%(9 anos), ambas na pré-queima. Usando o conteúdo de carbono determinado para cada uma das frações na pastagem de 7 anos, implicou em uma redução de 20% (11,9 t C/ha) sobre o estoque de carbono inicial. Deste total, 56,3% foram devido a biomassa dos resíduos florestais. Este grupo conservou 70,2% do estoque de carbono pré-existente, após a queimada. A eficiência de transformação do carbono nesta pastagem foi de 94,6% (pasto), 66,7% (vegetação secundária) e 13,7% (resíduos florestais). A porcentagem de carvão formado a partir do carbono pré-existente foi de 1,0% (biomassa total), 0,4% (vegetação secundária) e 0,9% (resíduos florestais), sendo de 1,2% para os troncos individualmente. O estoque de carbono pré-queima na pastagem de 9 anos foi de 15,1 t C/ha, com os resíduos florestais participando com 66,2% deste total. A simulação de desaparecimento de biomassa e carbono pelo grupo da floresta original em sistemas de pastagem, implicou que a maior parte do carbono deste grupo se perde nos primeiros anos de uso. A formação de reservatórios de carbono de longa duração (carvão) se mostrou pouco substancial pelo modelo proposto ( apenas 2,3% do carbono inicial até o 10º ano de uso), apresentando valores igualmente baixos como os observados na pré-queima das pastagens de 7 (5,4%) e 9(4,5) anos. Contribuição de carbono para a atmosfera por decomposição natural e combustão por parte deste grupo, assume maior importância devido a presunção de emissão líquida para a atmosfera. O carbono liberado pela queima do pasto e vegetação secundária é assumido com balanço igual a zero, devido ao rápido crescimento destes grupos. Foram liberados 2, 6 t C/ha do solo (0-20cm) na pastagem de 7 anos (10% do total pré-existente) após a queimada. As médias encontradas nas fases pré/pós-queima e floresta primária, não diferiram estatisticamente, sugerindo que as perdas podem ter sido efêmeras. No pico da estação chuvosa houve um acréscimo significativo ( P 0,01) de carbono no sistema, provavelmente pelo aumento da atividade microbiana e biomassa de raízes nesta fase. Alta variabilidade sugere que outros estudos sejam realizados para diminuir as incertezas nos parâmetros usados para cálculos de emissões de gases do efeito estufa por queima de biomassa na Amazônia. Causas das emissões e suas consequências ao aquecimento global são informações necessárias aos planejadores, para que atividades de uso sustentado na Amazônia observem aspectos sociais, econômicos e ambientais.
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