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Título: Taxonomia de Neurostigma Enderlein, 1900 no Brasil (Psocodea: ‘Psocoptera’: Psocomorpha: Epipsocidae)
Autor: Reategui, Naália Soares
Orientador: Silva Neto, Alberto Moreira
Data do documento: 25-Nov-2022
Programa: Entomologia
Abstract: Neurostigma Enderlein, 1900, é um dos gêneros de Epipsocidae e possui distribuição Neotropical, desde o Sul do México até o Sul do Brasil. Neurostigma tem como espécie tipo N. chaetocephalum Enderlein, coletada em Challanga (Peru), cujo espécime é considerado perdido. As importantes contribuições de levantamento e identificação de novas espécies para o Brasil ocorreram entre 1940, 1980 e 1991 que resultaram em seis espécies conhecidas para o país. As diagnoses e descrições dessas espécies conhecidas precisavam ser atualizadas, ou era necessário realizar a primeira diagnose dessas espécies. Pois verificamos que a maioria das espécies conhecidas não apresentava diagnose nos trabalhos originais, apenas descrições e comentários sucintos. O Brasil é um país com dimensões continentais e com um vasto ecossistema e com biomas únicos que podem proporcionar novas espécies de Neurostigma, que não eram descritas para o país há mais de 30 anos. Portanto, os objetivos deste estudo foram: redescrever espécies, descrver espécies novas de Neurostigma para o Brasil, descrever os sexos desconhecidos, elaborar chave dicotômica, evitando o uso do número de veias no pterostigma devido a sua alta variação intra e interespecífica, ampliar a diagnose de Neurostigma, ampliar as características diagnósticas específicas e expandir o conhecimento acerca dos registros geográficos das espécies brasileiras. No capítulo II foi publicada uma nova espécie de Neurostigma, elevando para sete espécies conhecidas de Neurostigma no Brasil, duas delas (N. roesreli New e N. xanthopterum New) compartilhadas com a Colômbia. No capítulo III foi publicado um trabalho sobre N. xanthopterum New, ilustrando o holótipo com base em fotografias, descrevendo a fêmea de N. xanthopterum e realizando novos registros para esta espécie, além de descrever e ilustrar os aparatos bucais de ambos os sexos, foram descritas e ilustradas também variações inéditas com relação a venação das asas anteriores e posteriores, bem como nos dentículos presentes nas lacínias. Ainda neste trabalho corroboramos que o número e o formato das veias transversais dos pterostigmas eram únicos em cada asa anterior, funcionando como um tipo de impressão digital de cada uma delas e sugerimos que essas características variáveis não sejam utilizadas para diagnoses específicas das espécies de Neurostigma. No capítulo I, ilustramos com base em fotografias todos os holótipos de Neurostigma conhecidos para o Brasil, exceto Neurostigma dispositum Roesler, pois o lectótipo que foi enviado da Collection of Senckenberg Deutsches Entomologischers – Institut Muncheberg, Germany (SDEI), não era coespecífico com o espécime ilustrado e designado de N. dispositum por Roesler (1940). Também foi descrita e ilustrada a fêmea de N. enderlein New. A fêmea de N. roesleri foi redescrita com a descrição de estruturas da genitália feminina que não eram conhecidas para o gênero. E também identificamos uma grande variação nos dentículos presentes nas lacínias, nossas observações corroboram com as observações feitas para N. xanthoterum. Apresentamos diagnoses atualizadas para as espécies brasileiras de Neurostigma. Propomos a sinonimização de N. garcialdretei Mendivil Nieto, Gonzalez Obando & Carrejo Gironza sob N. roesleri New, com base na morfologia dos machos e das fêmeas coletados no mesmo local, na mesma armadilha e na mesma data. Sete novas espécies são descritas para o Brasil, e todas apresentaram variações morfológicas no pterostigma das asas anteriores e nos dentículos das lacínias. Além disso, ampliamos as descrições das espécies conhecidas e das novas espécies com a adição dos apararatos bucais, que também foi utilizado na diagnose de Neurostigma sp. nov 7. e também para associar macho e fêmea de N. roesleri e N. enderleini. Com as novas espécies do capitulo I o Brasil passará a ser o país mais diverso em Neurostigma com 14 espécies conhecidas. Nosso estudo, aumentou significativamente o conhecimento da fauna brasileira de Neurostigma em relação a sua diversidade e distribuição.
Resumo: Neurostigma Enderlein, 1900, é um dos gêneros de Epipsocidae e possui distribuição Neotropical, desde o Sul do México até o Sul do Brasil. Neurostigma tem como espécie tipo N. chaetocephalum Enderlein, coletada em Challanga (Peru), cujo espécime é considerado perdido. As importantes contribuições de levantamento e identificação de novas espécies para o Brasil ocorreram entre 1940, 1980 e 1991 que resultaram em seis espécies conhecidas para o país. As diagnoses e descrições dessas espécies conhecidas precisavam ser atualizadas, ou era necessário realizar a primeira diagnose dessas espécies. Pois verificamos que a maioria das espécies conhecidas não apresentava diagnose nos trabalhos originais, apenas descrições e comentários sucintos. O Brasil é um país com dimensões continentais e com um vasto ecossistema e com biomas únicos que podem proporcionar novas espécies de Neurostigma, que não eram descritas para o país há mais de 30 anos. Portanto, os objetivos deste estudo foram: redescrever espécies, descrver espécies novas de Neurostigma para o Brasil, descrever os sexos desconhecidos, elaborar chave dicotômica, evitando o uso do número de veias no pterostigma devido a sua alta variação intra e interespecífica, ampliar a diagnose de Neurostigma, ampliar as características diagnósticas específicas e expandir o conhecimento acerca dos registros geográficos das espécies brasileiras. No capítulo II foi publicada uma nova espécie de Neurostigma, elevando para sete espécies conhecidas de Neurostigma no Brasil, duas delas (N. roesreli New e N. xanthopterum New) compartilhadas com a Colômbia. No capítulo III foi publicado um trabalho sobre N. xanthopterum New, ilustrando o holótipo com base em fotografias, descrevendo a fêmea de N. xanthopterum e realizando novos registros para esta espécie, além de descrever e ilustrar os aparatos bucais de ambos os sexos, foram descritas e ilustradas também variações inéditas com relação a venação das asas anteriores e posteriores, bem como nos dentículos presentes nas lacínias. Ainda neste trabalho corroboramos que o número e o formato das veias transversais dos pterostigmas eram únicos em cada asa anterior, funcionando como um tipo de impressão digital de cada uma delas e sugerimos que essas características variáveis não sejam utilizadas para diagnoses específicas das espécies de Neurostigma. No capítulo I, ilustramos com base em fotografias todos os holótipos de Neurostigma conhecidos para o Brasil, exceto Neurostigma dispositum Roesler, pois o lectótipo que foi enviado da Collection of Senckenberg Deutsches Entomologischers – Institut Muncheberg, Germany (SDEI), não era coespecífico com o espécime ilustrado e designado de N. dispositum por Roesler (1940). Também foi descrita e ilustrada a fêmea de N. enderlein New. A fêmea de N. roesleri foi redescrita com a descrição de estruturas da genitália feminina que não eram conhecidas para o gênero. E também identificamos uma grande variação nos dentículos presentes nas lacínias, nossas observações corroboram com as observações feitas para N. xanthoterum. Apresentamos diagnoses atualizadas para as espécies brasileiras de Neurostigma. Propomos a sinonimização de N. garcialdretei Mendivil Nieto, Gonzalez Obando & Carrejo Gironza sob N. roesleri New, com base na morfologia dos machos e das fêmeas coletados no mesmo local, na mesma armadilha e na mesma data. Sete novas espécies são descritas para o Brasil, e todas apresentaram variações morfológicas no pterostigma das asas anteriores e nos dentículos das lacínias. Além disso, ampliamos as descrições das espécies conhecidas e das novas espécies com a adição dos apararatos bucais, que também foi utilizado na diagnose de Neurostigma sp. nov 7. e também para associar macho e fêmea de N. roesleri e N. enderleini. Com as novas espécies do capitulo I o Brasil passará a ser o país mais diverso em Neurostigma com 14 espécies conhecidas. Nosso estudo, aumentou significativamente o conhecimento da fauna brasileira de Neurostigma em relação a sua diversidade e distribuição.
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