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Título: O efeito da concentração de oxigênio na tolerância térmica em duas espécies de peixes de respiração bimodal: mudanças fisiológicas e comportamentais
Autor: Lima, Mayra
Orientador: Val, Adalberto
Coorientador: Campos, Derek
Palavras-chave: Peixes
Concentração de oxigênio
Data do documento: 25-Mai-2023
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Abstract: The ability to tolerate adverse conditions determines how vulnerable the species will be to environmental changes. Several studies demonstrate a reduction in the heat tolerance levels of aquatic breathing fish species when exposed to hypoxia. However, there is no information about the effect of hypoxia on thermal tolerance in bimodal breathing fish species. Several groups of Amazonian fish can breathe air in a facultative way, among them the loricariids that use the stomach adapted to breathe air. In the family Loricariidae there are stomachs with different morphological configurations, which may determine the ability of the species to maximize the oxygen uptake from the air and possibly extend its thermal limits, as discussed by the theory of oxygen-limited thermal tolerance capacity (OCLTT). Therefore, we aimed to evaluate the effect of hypoxia on the thermal limits and the physiological and behavioral mechanisms of two facultative air breathers, Pterygoplichthys pardalis and Ancistrus dolichopterus. Pterygoplichthys pardalis has a larger, more irrigated stomach with maximized capacity to capture oxygen from the air, contrasting with the morphology found in A. dolichopterus, which has a less efficient stomach for oxygen uptake. For P. pardalis, the thermal tolerance limits are independent of oxygen concentration. However, by limiting access to the surface, we found a decrease in CTmax under hypoxic conditions. On the other hand, in A. dolichopterus CTmax is limited by oxygen concentration from concentrations below the Pcrit when surface access is available and does not differ between animals with and without access to air. Therefore, our results demonstrate that air breathing increases heat tolerance capacity in species that can maximize oxygen uptake from air. Thus, such species have a greater adaptive advantage when compared with aquatic breathing species or species with less efficiency in oxygen uptake.
Resumo: A capacidade de tolerar condições adversas determina o quão vulnerável as espécies vão estar frente às mudanças ambientais. Diversos estudos demonstram uma redução nos níveis de tolerância ao calor das espécies de peixes de respiração aquática quando expostos à hipóxia. No entanto, não há informações sobre o efeito da hipóxia sobre a tolerância térmica em espécies de peixes de respiração bimodal. Diversos grupos de peixes amazônicos apresentam a capacidade de respirar ar de forma facultativa, dentre eles os loricariídeos que utilizam o estômago adaptado para respirar ar. Na família Loricariidae existem estômagos com diferentes configurações morfológicas, as quais podem determinar a habilidade das espécies de maximizar a capacidade de captação de oxigênio do ar e, possivelmente, estender seus limites térmicos, como discutidos pela teoria da capacidade de tolerância térmica limitada pelo oxigênio (OCLTT). Sendo assim, objetivamos avaliar o efeito da hipóxia sobre os limites térmicos e os mecanismos fisiológicos e comportamentais de dois respiradores aéreos facultativos, Pterygoplichthys pardalis e Ancistrus dolichopterus. Pterygoplichthys pardalis apresenta estômago maior, mais irrigado e com capacidade maximizada de captar oxigênio aéreo contrastando com a morfologia encontrada em A. dolichopterus, que possui um estômago menos eficiente para captação de oxigênio, sendo assim tais estruturas possuem diferentes capacidades de extrair oxigênio do ar. Para P. pardalis, os limites de tolerância térmica independem da concentração de oxigênio. Entretanto, ao limitar o acesso a superfície verificamos uma diminuição da CTmax em condições hipóxicas. Por outro lado, em A. dolichopterus a CTmax é limitada pela concentração de oxigênio a partir de concentrações abaixo do Pcrit quando o acesso à superfície é disponível e não difere entre animais com e sem acesso ao ar. Portanto, nossos resultados demonstram que a respiração aérea aumenta a capacidade de tolerância ao calor em espécies que possuem a capacidade de maximizar a tomada de oxigênio aéreo. Sendo assim, tais espécies apresentam maior vantagem adaptativa quando comparadas com espécies de respiração aquática ou espécies com menor eficiência na captação de oxigênio.
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