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Título: Avaliação Hidroquímica das águas do Igarapé Cachoeirinha na cidade de São Gabriel da Cachoeira – AM.
Autor: Eufrázio, Micheliny da Silva
Orientador: Bringel, Sérgio Roberto Bulcão
Colaborador: Pascoaloto, Domitila
Palavras-chave: Hidroquímica
fenômenos ecológicos
Data do documento: 2010
É parte de: XIX Jornada de Iniciação Científica PIBIC INPA - CNPq/FAPEAM
Resumo: Na região Amazônica, a literatura de hidroquímica existente está mais concentrada na química das águas dos principais ecossistemas aquáticos da região, (Sioli, H. 1950 e 1956; Brinkmann & Santos, 1973). Os rios e igarapés de água preta são muito pobres em sedimentos em suspensão, alta acidez e elevado conteúdo de material orgânico solúvel, como descrevem Schimdt (1972); Bringel et al. (1984) Os fenômenos ecológicos que ocorrem nos ecossistemas aquáticos tropicais, e em particular na região Amazônica, são influenciados pela grande oscilação do nível das águas que propiciam dinâmico processo de interação entre os ecossistemas aquáticos e terrestres. Por outro lado, os processos geológicos (intemperismo, erosão, transporte de sedimentos) estão associados à precipitação e evapotranspiração, intensos na Amazônia, e contribuem para a formação da densa rede de drenagem perene na região. Dentre esses ecossistemas, os igarapés são microssistemas fundamentais das bacias de drenagem e apresentam um sistema muito complexo de diferentes habitats e, devido ao seu pequeno volume de água, tornam-se vulneráveis aos impactos ambientais naturais ou induzidos. O desmatamento e a poluição alteram a sua hidrologia e hidroquimica e as comunidades animais e vegetais são atingidas (Sioli, 1957; Campos, 1993). Inúmeros são os trabalhos realizados na região Amazônica envolvendo seus recursos hídricos sob vários aspectos, entre eles as características químicas de suas águas. Sioli (1950) estudou as águas do alto rio Negro e seus tributários, entre eles o Içana, estudo este que foi ampliado em Sioli (1957), no qual, comparou os valores de pH de suas águas com as de outro rio da Amazônia. Referindo-se, pela primeira vez, à escassez de nutrientes nas águas pretas e maior concentração nas águas brancas, Sioli e Klinge (1962) e Sioli (1968) estudaram as características geológicas e geográficas, o clima, os solos da região amazônica e sua influencia na hidroquimica do rio Negro e Amazonas e seus tributários. Em seguida, Leenher e Santos (1980) estudaram as águas da região amazônica sob os aspectos físico-químicos, como o balanço de íons e sua relação como os fatores geológicos, geomorfológicos e climáticos. O rio Negro é um dos maiores rios do mundo em volume e sua cor é oriunda da drenagem dos solos ricos em solutos húmicos dissolvidos (compostos que contem grupos hidroxilas com hidrogenios ionizaveis), provenientes da matéria orgânica em decomposição alóctone da floresta e compõem cerca de 50% do material orgânico solúvel (Leenher, 1980). Esses solutos húmicos exercem papel fundamental no controle dos processos biogeoquímicos associado ao baixo teor de sais minerais, entre eles potássio (K), sódio (Na), cálcio (Ca) e magnésio (Mg) respondem pelas características físico-químicas e químicas das águas do rio Negro e refletem na baixa condutividade e pH ácido (entre 4,0 e 5,5) (Leenher e Santos, 1980; Santos et. al 1984). O município de São Gabriel da Cachoeira foi fundado em 1935, distancia 1.601 km a noroeste de Manaus, pelo rio Negro, ou apenas 847 km em linha reta, a uma altitude de 132 m em relação ao nível, sua população é de 32.044 habitantes. Por ser considerado um ponto estratégico para o pais, a cidade foi considerada área de Segurança Nacional, pela Lei Federal numero 5.449. Pertencente a bacia do alto rio Negro muitos de seus rios são considerados rios transfronteiriços. O igarapé da Cachoeirinha fica localizado no limite entre a zona urbana e a zona rural do município de São Gabriel da Cachoeira com águas apresentando coloração avermelhada (Bringel, 2009). Portanto, este projeto de pesquisa visa avaliar as alterações dos processos hidroquimicos das águas de superfície da microbacia do Ig. Da Cachoeirinha, São Gabriel da Cachoeira – AM.
Aparece nas coleções:Programa de Iniciação Científica - Pibic

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