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Título: Contribuição na delimitação de espécies do gênero neotropical Dimorphandra Schott (Leguminosae: Caesalpinoideae)
Autor: Silva, Guilherme Sousa da
Orientador: Hopkins, Michael John Gilbert
Palavras-chave: Taxonomia de Legumuninosas
Diversidade florística amazônica
Data do documento: 28-Set-2023
Editor: Instituto Nacional Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Botânica
Abstract: Dimorphandra Schott is the genus with the largest number of taxa described (26 species) circumscribed in the Leguminosae Family, subfamily Cesalpinoideae, Caesalpinieae tribe, Dimorphandra group, distributed exclusively in the Neotropics, adding three subgenera: Dimorphandra, Pocillum and Phaneropsia, being differentiated by leaves, shape of the inflorescence and fruit. The genus is polyphyletic, having three distinct lines that correspond to the three sections of the genus, but due to the low sampling of species and individuals with sequenced markers, the phylogeny is still under development. The taxonomic knowledge of the group is summarized so far, but with several gaps, both in the description of the species by the lack of more complete collections and by the problems of morphological overlap of some taxa that hinder or leave uncertainties in their delimitation. Because each taxonomic approach accesses a different type of information, several tools are necessary in the taxonomic delimitation and a tool currently used in species discrimination is near infrared spectroscopy (NIRS), demonstrating significant results. In this way the research aims to contribute to the delimitation of the taxa that make up the neotropical genus Dimorphandra (Leguminosae-Caesalpinioideae), using morphological data to produce a taxonomic treatment and spectral data as a tool to discriminate species. The production of the treatments was based entirely on taxonomic analyzes of herbarium specimens from national and international herbariums and when possible on natural material and field observations from August 2017 to August 2018. Results are provided as descriptions morphological of the characteristics of species and subgenera, identification keys, distribution maps, flowering and fruiting data, and comments on affinities and important diagnostic characters in the determination of taxa. With the taxonomic treatments the main differences and affinities between the subgenera of Dimorphandra are clarified, making evident the presence of diagnostic characters for better distinction and few characters with morphological overlap, corroborating with the phylogenetic hypothesis that the lineages are quite distinct. Regarding the problems of species delimitation, several characters are presented for a better determination of the taxa, especially in the cases of D. gardneriana and D. mollis, the subspecies of D. macrostachya and D. cuprea and the specific problems of D. campinarum, D. mediocres, D. multiflora, D. conjugata that presented structures without description or doubts in their recognition. Twenty-two new records are recognized, 15 for Brazilian states and seven for South American countries, with the recognition of 21 species for Brazil. From the spectral analyzes, spectra of leaflets of 315 individuals were collected with standardization of six readings per individual, distributed in 20 species of Dimorphandra. Principal Component Analysis (PCAs) were performed to visualize the spectral behavior and to generate discriminant functions in order to evaluate the potential of the data to correctly distinguish the species. The PCAs were efficient in understanding the spectral behavior, mainly in the separation and grouping of some taxa, and the prediction values ranged from 92-95%, using the 70-30 validation test in the discriminant analysis (LDA). It is inferred that the use of near-infrared spectroscopy (NIRS) has proved to be an important tool for discriminating species of the genus Dimorphandra, contributing to the determination of taxa.
Resumo: Dimorphandra Schott é o gênero com maior número de táxons descritos (26 espécies) circunscrito na Família Leguminosae, subfamília Cesalpinoideae, tribo Caesalpinieae, grupo Dimorphandra, distribuídos exclusivamente no Neotrópico, agregando três subgêneros: Dimorphandra, Pocillum e Phaneropsia, podendo ser diferenciados pelas folhas, forma da inflorescência e do fruto. O gênero é polifiletico, possuindo três linhagens distintas que correspondem às três secções do gênero, mas pela baixa amostragem de espécies e indivíduos com marcadores sequenciados, a filogenia ainda está em elaboração. O conhecimento taxonômico do grupo se resume até o momento há dois trabalhos, mas com várias lacunas, tanto na descrição das espécies pela falta de coleções mais completas, como pelo problemas de sobreposição morfológica de alguns táxons que dificultam ou deixam incertezas em sua delimitação. Pelo fato de cada abordagem taxonômica acessar um tipo diferente de informação, varias ferramentas são necessárias na delimitação taxonômica e uma ferramenta atualmente utilizada na discriminação de espécies é a espectroscopia no infravermelho próximo – NIRS, demonstrando resultados significativos. Dessa forma a pesquisa tem como objetivo contribuir na delimitação dos táxons que compõem as linhagens do gênero neotropical Dimorphandra (Leguminosae-Caesalpinioideae), utilizando dados morfologicos para produzir um tratamento taxonômico e dados espectrais como ferramenta na discriminação das espécies. A produção dos tratamentos foi baseada em sua totalidade em análises taxonômicas de espécimes herborizados de herbários nacionais e internacionais e quando possível em material em estado natural e em observações realizadas em campo no período de Agosto de 2017 a Agosto de 2018. Como resultados são fornecidas descrições morfológicas das espécies, e dos subgêneros, chaves de identificação, mapas de distribuição, dados de floração e frutificação e comentários sobre as afinidades e caracteres diagnósticos importantes na determinação dos táxons. Com os tratamentos taxonômicos fica esclarecido as principais diferenças e afinidades entre os subgêneros de Dimorphandra, tornando-se evidente a presença de caracteres diagnósticos para melhor distinção e poucos caracteres com sobreposição morfológica, corroborando com a hipótese filogenética de que as linhagens são bem distintas. Quanto as problemáticas de delimitação das espécies, vários caracteres são apresentados para melhor determinação dos táxons, principalmente nos casos de D. gardneriana e D. mollis, as subespécies de D. macrostachya e D. cuprea e os problemas pontuais de D. campinarum, D. mediocres, D. multiflora, D. conjugata que apresentavam estruturas sem descrição ou dúvidas no seu reconhecimento. São reconhecidas 22 novos registros, sendo 15 para estados brasileiros e sete para países sul-americanos, com o reconhecimento de 21 espécies para o Brasil. Tratanto das análises espectrais, coletou-se espectros de folíolos de 315 indivíduos com padronização de seis leituras por indivíduo, distribuídos em 20 espécies de Dimorphandra. Foram realizadas Análises de Componentes Principais (PCAs), para visualização do comportamento espectral e geradas funções discriminantes com o intuito de avaliar o potencial dos dados em distinguir corretamente as espécies. As PCAs foram eficientes no entendimento do comportamento espectral, principalmente na separação e agrupamento de alguns táxons, e os valores de predição variaram de 92-95%, utilizando o teste de validação 70-30 nas análises discriminantes (LDA). Com isso infere-se que a utilização da espectroscopia do infravermelho próximo (NIRS) demonstrou-se uma ferramenta importante para discriminação de espécies do gênero Dimorphandra, contribuindo na determinação dos táxons.
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