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Título: Determinantes da diversidade e distribuição de mamíferos não-voadores em diferentes escalas espaciais
Título(s) alternativo(s): Determinants of diversity and distribution of non-volant mammals at different spatial scales
Autor: Ferreira Neto, Gilson de Souza
Orientador: Baccaro, Fabricio Beggiato
Coorientador: Benchimol, Maíra
Palavras-chave: Conservação de mamíferos
Ecologia aplicada
Meta-análise
Data do documento: 4-Out-2023
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Abstract: The diversity of non-volant mammals can be affected at different spatial scales by productivity measures, area size, and/or anthropic disturbances. This thesis combined systematic and quantitative reviews on a continental scale with sampling in a tropical forest to investigate how these factors affect patterns of structure in mammalian communities. In the first chapter, the influence of productivity on the richness and abundance of mammal species was quantified on a global scale. Mammalian diversity was positively related to ecosystem productivity for mammalian species of different sizes (body mass), vertical distribution (except arboreal mammals), and feeding guilds (except insectivorous mammals). In general, this result corroborates the idea that mammalian diversity is positively related to increased productivity, regardless of the functional group. Sites with higher productivity are generally associated with more resources and greater ecosystem support capacity, providing greater resilience to human disturbance than less productive sites. Thus, quantifying productivity can help identify important areas for restoration and propose effective guidelines for mammalian conservation. In the second chapter, the magnitude of the relationship between the area of island ecosystems and the diversity of forest mammals in different types of archipelagos around the world was investigated. The results confirmed a positive relationship between area and diversity, with species richness and abundance increasing, in order, on fluvial, oceanic and artificial islands, but not on islands seasonally connected to the mainland. These findings demonstrate that, except for these last types of islands, island area is still a strong predictor of mammal diversity, reaffirming its importance for the conservation of island communities. In the third chapter, the influence of distance to settlements and the number of families per settlement on the probability of occupancy of mammals in the Anavilhanas and Jaú National Parks was evaluated. We also considered the influence of the number of days each camera operated and the body weight of the mammals on the probability of detection. The probability of occupation of the group of species most hunted for food (i.e., deer, peccaries, agoutis, pacas, armadillos) was lower in places closer to human settlements, while the probability of detection of less hunted species and carnivores was negatively related to the body weight of the species. This may suggest that larger, naturally rare, hunted species are less abundant in the system, possibly because they are also the preferred targets of hunters. In the long run, locals will likely need to travel longer distances to hunt equivalent amounts, which incurs a higher cost. Since bushmeat is an important source of protein and livelihoods for local people in the Amazon, illegal and commercial hunting threatens local people's food security. In summary, this thesis emphasises the importance of considering measures of productivity, area, and anthropic factors, in addition to including different functional groups, to access patterns of diversity and distribution of forest mammals at different scales.
Resumo: A diversidade de mamíferos não-voadores pode ser afetada em diferentes escalas espaciais por medidas de produtividade, pelo tamanho da área e/ou por distúrbios antrópicos. Esta tese combinou revisões sistemáticas da literatura e análises quantitativas de amostragens em uma paisagem de floresta tropical para investigar como os fatores citados acima afetam os padrões da estrutura de comunidades de mamíferos. No primeiro capítulo, foi quantificado, em escala global, a influência da produtividade sobre a riqueza e a abundância das espécies de mamíferos. A diversidade de mamíferos relacionou-se positivamente com a produtividade do ecossistema, para espécies de mamíferos de diferentes tamanhos (massa corporal), distribuição vertical (exceto mamíferos arbóreos) e guildas alimentares (exceto mamíferos insetívoros). De modo geral, este resultado corrobora a ideia de que a diversidade de mamíferos está positivamente relacionada ao aumento da produtividade independente do grupo funcional. Locais com maior produtividade estão geralmente associados a mais recursos e maior capacidade de suporte do ecossistema, proporcionando maior resiliência à perturbação humana do que locais menos produtivos. Assim, quantificar a produtividade pode ajudar a identificar áreas importantes para a restauração e propor diretrizes direcionadas para a conservação de mamíferos. No segundo capítulo, foi investigado a magnitude da relação entre a área de ilhas e a diversidade de mamíferos florestais em diferentes tipos de arquipélagos em todo o mundo. Os resultados corroboraram a teoria da biogeografia de ilhas, com a riqueza e a abundância das espécies avaliadas aumentando de acordo com a área de ilhas fluviais, oceânicas e artificiais, mas não em ilhas sazonalmente conectadas ao continente. Esses resultados demonstram que, exceto para esse último tipo de ilha, a área da ilha ainda é um forte preditor da diversidade de mamíferos, reafirmando sua importância para a conservação das comunidades insulares. No terceiro capítulo, foi avaliado a influência da distância e do número de famílias por assentamento na probabilidade de ocupação de mamíferos no Parque Nacional de Anavilhanas e Jaú, Amazônia Central. Também consideramos a influência do esforço amostral e do peso corporal dos mamíferos na probabilidade de detecção. A probabilidade de ocupação do grupo das espécies mais caçadas para alimentação (ex.: veados, queixadas, cutias, pacas e tatus) foi menor em locais mais próximos a assentamentos humanos, enquanto a probabilidade de detecção das espécies menos caçadas (ex.: roedores) e carnívoros (ex.: felinos) relacionou-se negativamente com o peso corporal das espécies. Isso sugere que espécies caçadas de maior porte, naturalmente raras, são menos abundantes no sistema estudado, possivelmente por serem alvos preferenciais dos caçadores. A longo prazo, os habitantes locais provavelmente precisarão viajar distâncias mais longas para caçar uma quantidade equivalente, o que implica em maior custo. Uma vez que a carne de caça é uma importante fonte de proteína para os moradores locais da Amazônia, a caça comercial ameaça a segurança alimentar dos moradores locais. Esta tese enfatiza a importância de considerar medidas de produtividade, área e fatores antrópicos, além de incluir diferentes grupos funcionais, para acessar padrões de diversidade e distribuição de mamíferos florestais em diferentes escalas espaciais.
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