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Título: Avaliação da atividade repelente de derivados a base de octenol e ácido lático contra fêmeas do mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera: Culicidae)
Autor: Perfeto, Luiz
Orientador: Roque, Rosemary
Palavras-chave: Arboviroses
Controle vetorial
Dengue
Mosquitos
Saúde Pública
Data do documento: 7-Ago-2024
Programa: Entomologia
Abstract: The use of repellents is an individual protective measure aimed at reducing human contact with the vector. These are volatile chemicals detected by the sensory receptors of female Aedes aegypti mosquitoes, which leave them disoriented and prevent their bites. The objective of this study was to evaluate the repellent activity of eight derivatives: three based on lactic acid (RSD36, RSD38, RSD48) and five based on octenol (RSD44, RSD45, RSD46, RSD47, RSD49). The study assessed their duration of protection, compared those showing repellency with a commercial 25% DEET repellent used as a control, and also evaluated them with human volunteers. The study was conducted at the Malaria and Dengue Laboratory (LMD) in partnership with the Department of Chemistry at the Federal University of Paraná (UFPR), responsible for developing, producing, and sending the derivatives to LMD. The derivatives were labeled with codes to prevent identification by the applicator. Six volunteers over 18 years old, of both sexes, participated and signed an Informed Consent Form. All volunteers underwent allergy tests for the eight octenol and lactic acid derivatives, as well as the commercial 25% DEET repellent, with no allergic reactions observed. Before testing, volunteers washed their hands with neutral detergent and dried them with clean disposable paper towels. The study began with a negative test where neither hand had any product applied, to observe the mosquitoes' activity. Subsequently, 1 g of commercial 25% DEET repellent was applied to the right hand (control), and 100 µl of each derivative diluted in 900 µl of ethanol (totaling 1 mL) was applied to the left hand (test). After both applications, a 5-minute waiting period allowed for evaporation. Two cages were used, one labeled "control" and the other "test," each containing 30 A. aegypti females aged 3 to 9 days, fed only a 10% sucrose solution. Testing involved inserting the right hand into the control cage for three minutes, followed by the same procedure with the left hand in the treatment cage. There was a one-hour interval between evaluations to assess repellent activity, duration of protection compared to the commercial 25% DEET, percentage of protection conferred to each volunteer, and differences in protection time among volunteers. During evaluation, observations included the mosquitoes' feeding behavior or attempts to bite or land on the hand for up to 5 seconds. Immediate cessation of the test occurred upon such events, deemed repellent failure; otherwise, evaluations continued for three minutes, concluding with repellent activity. Among the eight derivatives tested, two lactic acid-based derivatives showed repellent activity. RSD38 provided a maximum protection of 560 minutes compared to 630 minutes for its control. RSD48 showed 318 minutes of maximum protection compared to 478 minutes for its control. Statistical analyses did not reveal significant differences between the protection times of RSD38 and RSD48 and their respective controls, despite the longer protection times of the controls. In conclusion, this new strategy could complement existing vector control measures, potentially leading to a product that reduces female A. aegypti mosquito bites and consequently arboviral disease cases in the future.
Resumo: O uso de repelentes é uma medida de proteção individual que visa reduzir o contato do homem com o vetor. São químicos voláteis, detectados por meio dos receptores do sistema sensorial de fêmeas de Aedes aegypti, deixando-as desorientadas e impedindo suas picadas. O objetivo deste estudo constituiu em avaliar a atividade repelente de oito derivados, sendo três a base de ácido lático (RSD36, RSD38, RSD48) e cinco a base de octenol (RSD44, RSD45, RSD46, RSD47, RSD49), seu tempo de proteção, comparar os que apresentarem repelência em relação ao repelente comercial 25% de DEET utilizado como controle e também junto aos voluntários testados. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue – LMD, em parceria com o Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná - UFPR, responsável pelo desenvolvimento, produção e envio dos derivados ao LMD. Os derivados foram etiquetados com códigos, impossibilitando a sua identificação pelo aplicador. Seis voluntários que participaram do estudo são maiores de 18 anos, de ambos os sexos e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Todos os voluntários passaram por testes de alergia tanto aos oito derivados a base de octenol e ácido lático, como o repelente comercial 25% de DEET e não foram observados reações alérgicas. Todos voluntários antes do início dos testes, higienizaram suas mãos com água e detergente neutro e secas com papel toalha limpas e descartáveis. Iniciou-se primeiramente, um teste negativo, onde ambas mãos não continham nenhum produto aplicado, este teste se fez necessário para a observação da atividade das fêmeas. Após, aplicou-se 1 g de repelente comercial 25% de DEET na mão direita (controle), e na mão esquerda (teste), uma diluição de 100 µl do derivado em 900 µl de Etanol, totalizando 1 mL. Após as aplicações em ambas mãos (teste e controle), aguardou-se 5 minutos para evaporação. Duas gaiolas foram utilizadas, a gaiola (controle) e gaiola (teste), ambas contendo 30 fêmeas de A. aegypti, com idade cronológica de 3 a 9 dias, alimentadas apenas com solução de sacarose a 10%. O teste iniciou com a inserçao da mão direita dentro da gaiola (controle), por três minutos, em seguida o mesmo procedimento foi realizado com a mão esquerda (tratamento). Havendo intervalo de uma hora entre cada uma das avaliações, onde foi observou-se a atividade repelente dos derivados minutos, o tempo de proteçao dos derivados comparado com o repelente comercial 25% de DEET, o percentual de proteção conferido em cada um dos voluntários e as diferenças de tempo entre os voluntários. Durante a avaliação observou-se o comportamento hematófago das fêmeas e/ou a tentativa de picar a mão ou o pouso da fêmea por até 05 segundos. Quando isto ocorria o teste era interrompido imediatamente, sendo considerado falha de repelência, caso contrário, as avaliações seguia por três minutos e no final considera com atividade repelente. Dos oito derivados avaliados durante os testes, dois derivados a base de ácido lático, demonstrou atividade de repelência. Sendo que o derivado RSD38 obteve uma proteção máxima de 560 minutos e seu controle com 630 minutos. Já o RSD48, constatou-se 318 minutos de proteção máxima e seu controle com 478 minutos. Apesar do tempo dos controles do RSD38 e RSD48, apresentarem um maior tempo de proteção em relação aos RSD38 e RSD48, quando aplicada as análises estatísticas, diferenças significativas não foram observadas entre os mesmos. Com isso, esta nova estratégia poderá complementar as medidas de controle existentes contra o vetor, resultando no futuro, em um produto capaz de contribuir na redução do número de picadas de fêmeas de A. aegypti e consequentemente nos casos de doenças arbovirais.
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