Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/40725
Título: Dinâmica de comunidade arbórea de Campinaranas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã na Amazônia Central
Título(s) alternativo(s): Dynamics of the central Amazonian campinaranas tree communities
Autor: Zaia, Marina
Orientador: Schöngart, Jochen
Palavras-chave: Dinâmica florestal
Mudanças climáticas
Campinaranas
Data do documento: 2024
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Abstract: Amazonian white-sand ecosystems (campinaranas) are harsh environments characterized by nutrient-poor soils exposed to waterlogging and/or high water deficit, requiring specific adaptations for tree species. However, little is known about the dynamics of campinaranas tree communities in response to variations in climate, hydrology and soil along the hydro-edaphic gradient. We studied how demographic rates (increment, mortality, recruitment) and their respective changes in biomass estimates of tree communities and species groups (endemics (WSS), specialists (OHS), generalists (GEN)) responds to different hydroclimatic conditions comparing the periods 2015-2019 and 2019-2022. Therefore, a total of 1170 individuals representing 118 tree species with diameter at breast height ≥ 10 cm were monitored in seven 2500 m² plots in the Uatumã Sustainable Development Reserve (USDR) in central Amazonia considering a hydroclimatic gradient from permanent dry to permanent waterlogged soils. The dynamic of the campinaranas’ tree species community is mainly influenced by water deficit and some physio-chemical soil parameters, mainly driving the dynamics of GEN presenting a higher sensibility to environmental changes than the other species groups. OHS and WSS do not respond to changing environmental conditions, probably due to sophisticated adaptations to these harsh environmental conditions. We discuss the findings for conservation in the background of the ongoing climate change.
Resumo: Os ecossistemas amazônicos de areia branca (campinaranas) são ambientes caracterizados por apresentarem solos pobres em nutrientes e expostos a encharcamento e/ou alto déficit hídrico, exigindo adaptações específicas das espécies arbóreas. Isso resulta em um alto número de especialistas e endemismo que diferencia a campinarana de outros ecossistemas. No entanto, pouco se sabe sobre a dinâmica das comunidades arbóreas da campinarana em resposta a variações no clima, hidrologia e solo ao longo de um gradiente que leva a diferentes fisionomias. Estudamos como as taxas demográficas (incremento, mortalidade e recrutamento) e suas respectivas mudanças nas estimativas de biomassa das comunidades arbóreas e grupos de espécies (endêmicas, especialistas, generalistas) de campinaranas respondem a diferentes condições hidroclimáticas comparando os períodos 2015-2019 e 2019-2022, caracterizados pela influência dos fortes eventos El Niño (2015/2016) e consecutivos La Niña (2020-2022), respetivamente. Assim, um total de 1170 indivíduos representando 118 espécies arbóreas com diâmetro à altura do peito (DAP) ≥ 10 cm foram monitorados em sete subparcelas de 50 x 50 m em um mosaico de diferentes fisionomias de campinarana na Reserva de Desenvolvimento do Uatumã (Amazônia Central) considerando um gradiente hidroclimático de solos permanentemente secos a permanentemente encharcados. O gradiente hidroedáfico foi caracterizado pela variação físico-química do solo (textura e fertilidade) e pelas condições hidroclimáticas (déficit hídrico acumulado e duração do encharcamento) que são baseadas em dados climáticos, além do monitoramento do lençol freático. Ambos os períodos foram altamente correlacionados com os fatores hidroclimáticos e edáficos. Na comparação entre os períodos, as taxas demográficas não apresentaram diferenças significativas. Quanto aos dados estoque de biomassa, ganho de biomassa por incremento, ganho de biomassa por recrutamento, perda de biomassa por mortalidade e sequestro líquido de carbono também não apresentaram diferenças significativas entre os períodos. Considerando os grupos de espécies, para as taxas demográficas não houve diferenças significativas entre os períodos. De uma forma geral, as generalistas foram mais dinâmicas, apresentando taxas de mortalidade maiores do que as espécies endêmicas e especialistas.
Aparece nas coleções:Mestrado - ECO

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação de mestrado_Marina Zaia.pdf2,15 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons