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Título: Condicionamento de sementes com dormência física, de três espécies florestais da Amazônia
Autor: Vargas Pinedo, Gina Janet
Orientador: Ferraz, Isolde Dorothea Kossmann
Palavras-chave: Germinação
Sementes -- Dormência
Sementes florestais
Sementes florestais -Condicionamento
Data do documento: 2005
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Resumo: Técnicas de condicionamento das sementes são conhecidas e aplicadas com sucesso em sementes agrícolas e hortaliças, porém raramente utilizadas em sementes florestais. As diversas técnicas baseiam-se em uma hidratação parcial das sementes que provoca a ativação do metabolismo, sem contudo, permitir a germinação e a protrusão da raiz primária. Em seguida as sementes são desidratadas e podem ser guardadas por curto tempo. O condicionamento das sementes pode aumentar o resultado da germinação e a velocidade do processo e ainda melhorar a resistência contra estresse ambiental na fase inicial do estabelecimento. O objetivo deste trabalho foi aplicar técnicas de hidrocondicionamento e osmocondicionamento em combinação com um tratamento de quebra de dormência em sementes de três espécies madeireiras da Amazônia. Três espécies do gênero Parida com tamanhos distintos das sementes e todas com impermeabilidade do tegumento foram selecionadas: P. pendula com sementes pequenas de 0.06-0.11g, P. nitida com sementes de tamanho médio de 0,6 a 1,0g e P. multijuga com sementes grandes de 4,01-5,50g, sendo a última a que apresentou bom desempenho com semeadura direta em estudo anterior. Utilizou-se material de matrizes localizadas na região de Manaus e os resultados de sementes recém colhidas foram comparados com os de armazenadas por 2 anos. Após desponte ao lado oposto da emissão da raiz primária a embebição foi executada a temperatura de 15°C com as sementes submersas e seguido de um dessecamento, em ambiente ventilado com ar-condicionado (24± 2°C e 68%±3% de UR) por 7 dias. Baseado no alcance do peso constante da curva de embebição o hidrocondicionamento foi testado com 10, 20, 40, 60, 80 e 90% de embebição parcial. A semeadura ocorreu no viveiro em areia lavada sob condições naturais variou entre 26°C mínimo e 36°C máximo com UR 85±10% em média e irrigação diária. Os resultados demonstraram que o tempo de embebição e a velocidade de germinação foi diretamente proporcional com o tamanho das sementes. Todas as espécies responderam positivamente ao condicionamento hídrico. Os melhores resultados foram atingidas com sementes recém coletadas, nestas tanto a porcentagem de germinação como a velocidade e a sincronia foram significativamente elevadas em relação à testemunha. Em sementes armazenadas por 2 anos, registrou-se um aumento na velocidade de germinação. Os resultados indicam para o hidrocondicionamento 20% de embebição para as sementes de P. pendula correspondendo 4 horas de embebição e teores de água na base úmida de 25,8% para sementes recém coletadas e 30,9% para sementes armazenadas por 2 anos; 20% de embebição para P. nitida correspondendo 29 horas de embebição e teores de água na base úmida de 40% para sementes recém coletadas e 38,8% para sementes armazenadas por 2 anos, e somente 10% de embebição para P. multijuga correspondendo 36 horas de embebição e teor de água na base úmida de 32,7%. Com este nível de embebição as sementes encontram-se no início da fase I da curva de embebição e, demonstraram-se, em comparação com outras espécies, extremamente sensível à submersão em água. O osmocondicionamento com polietilenoglicol, em concentrações que causaram embebições parciais correspondentes aos melhores resultados do hidrocondicionamento, foi apropriada para as três espécies, contudo os resultados não superaram os alcançados com o hidrocondicionamento e envolveram custos especialmente quando o tamanho das sementes foi maior. O presente trabalho demonstrou, para as três espécies, que a germinação das sementes, a velocidade do processo e a sua sincronização podem ser elevadas com hidrocondicionamento das sementes. A técnica pode ser de grande aplicabilidade tanto nos viveiros florestais como na semeadura direta para a reabilitação de áreas degradadas.
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