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Título: Cultivo micelial in vitro e elaboração de “semente-inóculo” de Lentinus strigosus, um cogumelo comestível isolado na Amazônia
Autor: Vargas-Isla, Ruby
Orientador: Ishikawa, Noemia Kazue
Coorientador: Hanada, Rogério Eiji
Palavras-chave: Cultivo de cogumelos
Basidiomiceto
Fungos termófilos
Data do documento: 13-Fev-2008
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Abstract: The Amazonas State presents favorable scenery for the development of thefungiculture, because gathers the native diversity of species of edible mushrooms and abundantly substrates lignocellulosics. However, the protocols of cultivation are usually described for species of temperate climate habitat, being necessary the development of protocols for species of tropical climate. The specie Lentinus strigosus (Schwein.) Fr. (=Panus rudis Fr.) has a wide world distribution presenting several ecotypes. The edibility of this specie has been reported in ethnomycology studies of indigenous groups in the Amazon. However, your potential production in commercial scale has still been a little explored. In this study, reported the optimum conditions in vitro of mycelial growth of L. strigosus. The isolated presented characteristics of thermophile filamentous mushroom, with growth in temperatures from 25 to 45°C, being the optimum growth temperature, 35°C. This temperature is an important advantage for the development of the fungiculture in the tropics, since it is a common temperature for the region. In relation to the substrates for spawn preparation, in a first phase, the mycelial growth of L. strigosus was evaluated in based on sawdust formulations of 11 forestry regional species: Hymenolobium petraeum Ducke (Angelim pedra), Hura crepitans L. (Assacu), Bertholletia excelsa H.B.K. (Castanheira), Cedrela odorata L. (Cedro), Bombacopsis quinata (Jacq.) Dugand. (Cedro doce), Hymenaea courbaril L. (Jatobá), Ocotea cymbarum Kunth (Louro canela), Simarouba amara Aubl. (Marupá), Astronium lecointei Ducke (Muiracatiara), Aniba rosaeodora Ducke (Pau rosa) and Caryocar sp. (Piquiarana) and Eucalyptus sp. in comparison, main substratum used in the fungiculture of the South and Southeast of Brazil and Quercus acutissima Carr., very used in Asia. The sawdusts were supplemented with 20% (w/w) of rice bran. The substrates formulated with sawdust of B. quinata and S. amara they promoted higher mycelial growth (p<0.05). In the second phase, was evaluated the mycelial growth in sawdust of S. amara supplemented with seven different nitrogen sources (20% w/w): rice bran, soy extract, beer yeast, passion fruit shell flour, soy fiber, wheat fiber and wheat germ. As control was utilized pure sawdust. All the supplements favored in different levels the mycelial growth of L. strigosus. Bags and flasks of polypropylene were tested for spawn production and utilizing sawdust of S. amara, H. petraeum and A. lecointei supplemented with rice bran, after 25 days of inoculation the substrates were totally colonized by L. strigosus in all the packings tested. For choice of the packing other criteria should be considered aspects as costs of the packings; time of colonization; transport viability and feasibility of mycelial inoculation on the substratum. By these results, the spawn of L. strigosus was elaborated with success, being used sawdust of S. amara supplemented with 20% (w/w) of rice bran, at 35°C during 25 days, in the dark, in three packings with different characteristics.
Resumo: O Estado do Amazonas apresenta um cenário favorável para o desenvolvimento da fungicultura, pois reúne a diversidade nativa de espécies de cogumelos comestíveis e substratos lignocelulósicos em abundância. Entretanto, os protocolos de cultivo geralmente são descritos para espécies de clima temperado, sendo necessário o desenvolvimento de protocolos para as espécies de clima tropical. A espécie Lentinus strigosus (Schwein.) Fr. (=Panus rudis Fr.) tem uma ampla distribuição mundial apresentando vários ecotipos. A comestibilidade desta espécie tem sido reportada em estudos etnomicológicos de povos indígenas da Amazônia. No entanto, o seu potencial para a produção em escala comercial ainda tem sido pouco explorada. Neste trabalho, reportam-se as condições ótimas de crescimento micelial, in vitro, de L. strigosus. O isolado apresentou características de fungo filamentoso termófilo, com crescimento em temperaturas de 25 a 45ºC, sendo a temperatura de crescimento ótimo, 35ºC. Esta temperatura é uma importante vantagem para o desenvolvimento da fungicultura nos trópicos, uma vez que é uma temperatura comum na região. Quanto aos substratos para elaboração de “semente-inóculo”, em uma primeira etapa, avaliou-se o crescimento micelial de L. strigosus em formulações a base de serragens de 11 espécies florestais regionais: Hymenolobium petraeum Ducke (Angelim pedra), Hura crepitans L. (Assacu), Bertholletia excelsa H.B.K. (Castanheira), Cedrela odorata L. (Cedro), Bombacopsis quinata (Jacq.) Dugand. (Cedro doce), Hymenaea courbaril L. (Jatobá), Ocotea cymbarum Kunth (Louro canela), Simarouba amara Aubl. (Marupá), Astronium lecointei Ducke (Muiracatiara), Aniba rosaeodora Ducke (Pau rosa) e Caryocar sp. (Piquiarana) em comparação com Eucalyptus sp., principal substrato utilizado na fungicultura do Sul e Sudeste do Brasil e Quercus acutissima Carr., muito utilizado na Ásia. As serragens foram suplementadas com 20% (w/w) de farelo de arroz. Os substratos a base de serragem de B. quinata e S. amara promoveram maiores crescimentos miceliais (p<0,05). Em uma segunda etapa, avaliou-se o crescimento micelial em serragem de S. amara suplementada com sete diferentes fontes de nitrogênio (20% w/w): farelo de arroz, extrato de soja, levedura de cerveja, farinha da casca de maracujá, fibra de soja, fibra de trigo e gérmen de trigo. Como controle utilizou-se, serragem pura. Todas as suplementações favoreceram em diferentes níveis o crescimento micelial de L. strigosus. Para a produção de “semente-inóculo” foram testados sacos e frascos de polipropileno utilizando serragens de S. amara, H. petraeum e A. lecointei suplementadas com farelo de arroz, após 25 dias de inoculação os substratos estavam totalmente colonizados por L. strigosus em todas as embalagens testadas, para a escolha da embalagem foram considerados aspectos como custos das embalagens; tempo de colonização; viabilidade de transporte e praticidade de inoculação do micélio no substrato. Mediante estes resultados, a “semente-inóculo” de L. strigosus foi elaborada com sucesso, utilizando-se serragem de S. amara suplementado com 20% (w/w) de farelo de arroz, a 35ºC por 25 dias, no escuro, em três embalagens com características diferentes.
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