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Emergência climática e a sociobiodiversidade amazônica

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As mudanças climáticas globais estão tomando um rumo de colapso sem precedentes e expõem a sérios riscos e vulnerabilidades às populações humanas, à biodiversidade e aos ecossistemas naturais como um todo. Compreender os impactos das emergências climáticas sobre a altíssima sociobiodiversidade brasileira e amazônica e buscar mitigá-los é uma tarefa complexa. A superação desses desafios exige esforços coordenados em múltiplas frentes. A ciência deve desvendar as complexas interações entre os diversos aspectos. A conservação precisa fornecer resultados aos tomadores de decisão, subsidiando políticas públicas baseadas em dados científicos. Paralelamente, a educação ambiental foca em sensibilizar a sociedade e seus multiplicadores, como estudantes e professores. Por fim, a comunicação e a divulgação científica são essenciais para disseminar amplamente esses desafios e benefícios. Nesse contexto, destaca-se a sociobiodiversidade, entendida como a inter-relação entre a diversidade biológica e a diversidade de sistemas socioculturais. Esta é considerada área estratégica de Ciência e Tecnologia e está direta e indiretamente relacionada a vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU, como o de Ação Contra a Mudança Global do Clima (ODS 13), Vida na Água (ODS 14) e Vida Terrestre (ODS 15). Portanto, combater a perda da diversidade biológica é também combater as emergências climáticas e assim promover uma vida global mais justa, livre de desigualdades e pobreza, em equilíbrio com o meio ambiente. O Laboratório de Ecologia e Evolução de Vertebrados (LEEVI) é um grupo de pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), coordenado pela pesquisadora Fernanda de Pinho Werneck. O grupo atua em prol da conservação da biodiversidade amazônica, com foco especial nos anfíbios e répteis (conhecidos como herpetofauna), investigando ecologia, evolução e abordagens integrativas para quantificar as vulnerabilidades e embasar estratégias de conservação. Este livro é um dos principais resultados desse esforço. Produzido no âmbito do Projeto BioClimAmazônia, o objetivo é disseminar conceitos, resultados e entendimentos gerados pelo LEEVI e colaboradores sobre a biodiversidade da herpetofauna amazônica. A obra aborda também os diversos processos e mecanismos envolvidos na vulnerabilidade e nas respostas das espécies às alterações ambientais e climáticas, tanto em escalas de tempo antigas quanto nas contemporâneas aceleradas pela ação humana. As informações reunidas aqui buscam possibilitar a troca de conhecimento com estudantes, professores, tomadores de decisão em políticas públicas de conservação e a sociedade geral. Com isso, espera-se que as ações e comportamentos possam ser direcionados para uma cidadania socioambiental que estimule a conservação da biodiversidade frente às emergências climáticas globais. Afinal, com uma sociedade bem-informada, o compartilhamento de notícias falsas (fakenews) tende a diminuir ao mesmo tempo em que os mecanismos de cidadania ambiental são fortalecidos para propor e cobrar dos tomadores de decisão políticas públicas cientificamente embasadas. O Projeto BioClimAmazônia — “Popularizando as múltiplas dimensões dos impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade amazônica junto à comunidade amazônida” — foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) com apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O conteúdo aqui apresentado deriva da produção científica desenvolvida na Amazônia ao longo da última década (apoiada por diversas agências de fomento), bem como de ricas trocas de experiências e conhecimento com públicos e parceiros de diversos setores e comunidades amazônidas. Nossa mais profunda gratidão a cada uma dessas trocas e vivências!

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