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Título: Utilização de microsternarchus bilineatus (ostariophysi, gymnotiformes, hypopomidae) como biomonitor: o efeito de combustíveis automotivos derivados do petróleo na descarga do órgão elétrico
Autor: Ferreira, Diana José dos Santos
Orientador: Gomes, José Antônio Alves
Palavras-chave: Peixes elétricos neotropicais
Biomonitoramento
Óleo diesel
microsternarchus bilineatus
Gasolina
Data do documento: 25-Nov-2008
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Abstract: This study evaluated the effect of automotive fuel (gasoline and diesel) on the Electric Organ Discharge (EOD) frequency of Microsternarchus bilineatus (Ostariophysi, Gymnotiform), with the objective of testing the viability of this species as a biomonitor to detect pollutant derived from petroleum. Ten individuals of the species were exposed to concentrations of 110 μL/L and 220μL/L for each of the pollutant tested. Those concentrations correspond, respectively, to 25% and 50% of the Tolerance Limit (LTm) for fish in continental waters. Each experiment lasted for 9 hours, as the first hour was used to acclimate the individuals in the experimental tanks. From the second hour on, the EODs recordings started with 2 minutes duration, in 15 minutes intervals. From the second until fifth hour was considered as a pre-contamination period, and the EODs of this phase were compared with the recordings made after the addition of the pollutant. After the release of the pollutant in the tank, the recordings continued for an additional four hours (pos-contamination period). The bioelectrical signal was captured through a pair of electrodes placed in the tanks, amplified, and then visualized in real time with a digital oscilloscope. The signal was recorded with the aid of an analog to digital converter (16 bits resolution) and analyzed with the program MATLAB. Statistical analyzes were performed on the discharge frequencies pre and pos-contamination. Once the heterogeneity of the data was detected, the paired student t-test (p<0.05) was applied comparing values pre and pos-contamination. Both gasoline and diesel, in the concentrations tested, provoked changes in the DOEs frequencies of Microsternarchus. Nine out of the ten individual tested changed the discharge rhythm for gasoline 110 μL/L, and seven for the concentration of 220 μL/L. For diesel at 110 μL/L, nine out of ten individuals changed their frequency and, for 220 μL/L, nine out of ten individuals tested altered their discharge pattern. From the 34 individuals that had their DOEs altered, 85,30% changed their frequencies within the first hour of exposition to the contaminants. Variations in the results can be occurring due to the individual tolerance to the contaminants, however, the results obtained until now, suggest that Microsternarchus has a great potential to be utilized as a biomonitor species in aquatic environments. The present study also opens a wide number of possibilities for future studies, where the investigations started here could be complemented by the utilization of different concentrations, different pollutants, and other parameters associated to DOEs to be analyzed, besides the frequencies.
Resumo: Este estudo avaliou o efeito dos combustíveis automotivos (gasolina e óleo diesel) sobre a freqüência da Descarga do Órgão Elétrico (DOE) de Microsternarchus bilineatus (Ostariophysi, Gymnotiformes), com o intuito de testar a viabilidade desta espécie como biomonitora na detecção de poluentes derivados do petróleo. Dez indivíduos da espécie foram expostos a concentrações de 110 μL/L e 220μL/L para cada poluente testado. Estas concentrações correspondem, respectivamente, a 25% e 50% do Limite de Tolerância (LTm) para peixes em águas continentais. Cada experimento durou 9 horas, sendo que a primeira hora foi usada para a aclimatação dos indivíduos nos tanques experimentais. A partir da segunda hora iniciou-se as gravações das DOEs com 2 minutos de duração, em intervalos de 15 minutos. Da segunda até a quinta hora foi usada como período pré-contaminação e as DOEs desta fase foram comparadas com as gravações feitas após a adição do poluente. Após a liberação do poluente no tanque, as gravações se seguiram por mais 4 horas (período pós-contaminação). O sinal bioelétrico foi captado por meio de eletrodos colocados nos tanques, amplificado, e então monitorado e visualizado por meio de um osciloscópio digital em tempo-real. O sinal foi gravado com o auxílio um conversor analógico/digital (resolução de 16 bits) e analisado com o programa MATLAB. Análises estatísticas foram feitas em cima das freqüências das descargas entre os períodos pré e pós-contaminação. Mediante a constatação da heterogeneidade dos dados, realizou-se o Teste t - Student pareado (p<0,05), para valores pré- e pós-contaminação. Tanto a gasolina como o óleo diesel, nas concentrações testadas, provocaram alterações nas freqüências das DOEs de Microsternarchus. Nove dos dez indivíduos testados mudaram o ritmo de descarga para gasolina à concentração de 110 μL/L e sete à 220 μL/L. Para óleo diesel a 110 μL/L, nove de dez indivíduos mudaram a freqüência e, para 220 μL/L, nove dos dez indivíduos testados alteraram o padrão de descarga. Dos 34 indivíduos que tiveram suas DOEs alteradas, 85,30% mudaram suas freqüências na primeira hora de exposição aos contaminantes. Variações nos resultados podem estar ocorrendo devido à tolerância diferencial individual aos contaminantes, mas de qualquer forma, os resultados obtidos até o momento sugerem que Microsternarchus tem um ótimo potencial para ser utilizado como espécie biomonitora de ambientes aquáticos. O presente estudo também abre um leque de possibilidades para estudos futuros, onde se possa aprofundar as investigações iniciadas aqui, pela utilização de diferentes concentrações, diferentes poluentes e pela análise de outros parâmetros associados às DOEs além das freqüências.
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