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Título: Partição de recursos em assembleias de primatas neotropicais: uma comparação entre dois tipos vegetacionais da amazônia
Autor: Brum, Marlos Daniel Cid
Orientador: Spironello, Wilson Roberto
Palavras-chave: Primatas
Vegetação e primatas
REBIO Uatumã
PARNA Viruá
Data do documento: 28-Fev-2011
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Abstract: Species coexistence is determined in part by the ways species partition resources. Sympatric species use different areas of niche space in several different ways. Primate species are thought to coexist primarily due to differences in daily activity patterns, the use of space, vertical stratification, and diet. The existence of many sympatric primate species in Amazonia suggests that the niche they occupy is partitioned in more than one dimension. In order to examine the mechanisms of coexistence among Neotropical primates, we carried out the firstever comparison of primate community structure be-tween two areas with the same primate species composition but different vegetation types. We found no evidence for partitioning of habitat use, daily activity patterns, or vertical stratification. All species showed similar daily activity patterns. While species in the REBIO Uatumã assemblage showed preferences for certain forest strata, there was significant overlap in the use of intermediate strata, making vertical stratification an inefficient mechanism for niche separation. We did not detect structural differences between habitats, but we did detect differences in the productivity of habitats and vegetation types during the rainy season. Primates were found to prefer more productive habitats, but only during the rainy season. Habitat preferences are thus driven by habitat productivity, and do not contribute to niche differentiation. Our results suggest no partitioning of the principal niche axes of the primate assemblages we studied. Our hypothesis is that differences in diet during the dry season may be the leading mechanism of resource partitioning among these primates, since food availability is not limiting during the rainy season.
Resumo: A coexistência das espécies é determinada, em parte, pela forma como os re-cursos são particionados entre elas. A diferenciação entre espécies simpátricas se dá pela utilização de porções diferentes de determinadas dimensões do nicho, o que pode ocorrer de diversas maneiras. Acredita-se que os primatas se diferenciem, principalmente, pelo padrão diário de atividades, pelo uso do es-paço, pela estratificação vertical e por características da dieta. O grande número de espécies de primatas simpátricos na Amazônia deveria levar a partição do nicho em mais de uma dimensão. Para compreender os mecanismos de co-existência entre os primatas neotropicais comparamos a estrutura das assembleias de duas áreas com a mesma composição de espécies de primatas e com produtividades diferentes. Até agora, nenhum estudo havia feito tal com-paração. Não encontramos uma partição entre as espécies de primatas na utilização do habitat, no padrão de atividade diária e na estratificação vertical. To-das as espécies utilizaram os horários de forma similar. Houve uma organização da assembleia da REBIO Uatumã em função dos estratos verticais. Apesar disso, há grande sobreposição na utilização dos estratos intermediários, o que torna este um mecanismo ineficaz na separação do nicho das espécies. Apesar de não termos detectado diferenças estruturais no habitat, houve diferenças de produtividade entre os ambientes e as fisionomias, mas apenas durante a estação chuvosa. Registramos uma preferência dos primatas pelos habitats mais produtivos durante a estação chuvosa que não ocorreu durante a estação seca. Assim, o habitat é utilizado em função de sua produtividade, não contribuindo para a diferenciação do nicho das espécies. Nossos resultados sugerem que não há partição dos principais eixos do nicho dos primatas neotropicais. A diferenciação da dieta durante a estação seca pode ser o principal mecanismo de partição de recursos entre os primatas neotropicais, uma vez que durante a estação chuvosa recursos alimentares não seriam limitantes. Esta hipótese ainda precisa ser testada.
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