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Título: Ácaros do solo (Acari: Oribatida): diversidade, abundância e biomassa na decomposição de serapilheira em parcelas de floresta primária, capoeira e policultivo da Amazônia Central
Autor: Hayek, Tânia Ferreira
Orientador: Franklin, Elizabeth Nazaré
Palavras-chave: Ácaros
Fauna de solo
Oribatida
Data do documento: 2000
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Entomologia
Resumo: A sucessão de ácaros oribatídeos foi investigada durante o processo de decomposição de folhas de Vismia sp. usando-se a técnica do saco de malha de náilon ("litterbags") e três tamanhos de malha, fina, média e grossa: 20 µm (para permitir apenas a ação da microflora), 250 µm (para excluir a macrofauna) e 1 000 µm (incluindo a ação da microflora, da meso- e da macrofauna). As coletas dos litterbags foram feitas aos 26, 58, 111, 174, 278 e 350 dias após a instalação do experimento. O método de extração foi o de Berlese- Tullgren. Foram estudadas quatro parcelas: floresta primária (FLO), capoeira (SEC) e duas parcelas de policultivo (POA e POC). Os oribatídeos foram classificados em grupos ecológicos e a nível de espécies. Houve diferenças no microclima das duas parcelas de policultivo devido à localização (uma ao lado de uma capoeira, outra de uma floresta primária). A taxa de decomposição foi maior na FLO, sugerindo que tenha sido causado pelo microclima e a maior comunidade de decompositores nessa parcela. Apesar da maior perda de peso dentro dos sacos de malha grossa na FLO, na SEC e na POA, a taxa de decomposição foi muito baixa nas 4 parcelas, devido à baixa qualidade nutricional das folhas. Não houve diferença na taxa de decomposição nos sacos de malha média e fina, indicando a importância da macrofauna. A degradação do solo nos ambientes manipulados, causou alteração na fauna de ácaros oribatídeos. Não houve padrão de colonização de Oribatida, comum às quatro parcelas e aos três tamanhos de malha: as diferenças estiveram sempre relacionadas à maior densidade nos períodos intermediários, principalmente no segundo e no terceiro. Contudo o maior número de espécies foi registrado nos dois períodos finais, mostrando que os oribatídeos imigraram sucessivamente do habitat circundante. Os dados de biomassa foram inéditos para a região e para o método. Apesar da altíssima densidade, a biomassa de Oribatida foi muito pequena, com registros inferiores aos das florestas temperadas. Portanto, apesar de terem sido principais componentes da mesofauna, esses ácaros não foram os principais responsáveis pela fragmentação da serapilheira. Os resultados indicam a função desses animais como "pastejadores", provendo assim a decomposição microbiana e a incorporação de matéria orgânica particulada no solo mineral. A maior abundância ocorreu na malha média e não na malha grossa, cujas causas foram atribuídas a: 1) interferência causada pela ausência de alguns grupos presentes da macrofauna (predadores) que não penetraram nos sacos de malha média 2) a malha média permitiu a entrada de imaturos da mesofauna (ácaros e colêmbolos), que não conseguiram sair depois de adultos, com dimensões maiores que as da malha. A malha fina não foi suficiente para excluir a ação da mesofauna, capaz de penetrar nos orifícios originados por fatores biológicos, como a penetração de raízes. As malhas fina e média não são recomendadas para estudos sobre colonização na região amazônica. A alta dominância de espécies de Oribatida Inferiores e a baixa dominância de Pterogasterina e Eupheredermata foi uma fato característico em todas as parcelas. A dominância dos grupos (Oribatida Inferiores, Oribatida Superiores Basilares, Eupheredermata, Oppioidea e Pterogaterina) registrada nos sacos de malha não é comparável aos outros registros efetuados na região, fato esse resultante do microhabitat extremamente alterado em relação à serapilheira adjacente. Os Oribatida foram organizados em comunidades distintas, pois ocorreram diferenças na identidade das espécies dominantes em cada parcela e em cada tamanho de malha. Foi registrado alto grau de similaridade entre as espécies que colonizaram os três tamanhos de malha e o alto grau de dominância de muitas espécies comuns. Nos sacos de malha com folhas em diferentes estágios de sucessão existem características diferentes com respeito a mudanças na densidade média das espécies, diversidade, equitabilidade, número total de espécies presentes, número médio de espécies e identidade de espécies. Esses resultados são distintos das florestas temperadas, pois não registramos espécies pioneiras ou que tenham tido clara preferência pelo material no estágio mais avançado de decomposição.
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