Please use this identifier to cite or link to this item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12757
Title: Mudanças no estoque de carbono da biomassa lenhosa de florestas de várzea baixa da Amazônia central ao longo de um gradiente sucessional
Authors: Xavier, Geandrey Pedro da Silva
metadata.dc.contributor.advisor: Schöngart, Jochen
Keywords: Biomassa lenhosa
Estoque de carbono
Florestas de várzea
Issue Date: 15-Sep-2009
Publisher: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
metadata.dc.publisher.program: Botânica
Abstract: Rain forests accumulate a large amount of carbon in the aboveground woody biomass (AGWB), but there are uncertainties about the role of flooded forests in the absorption, storage and dynamic of carbon in the AGWB. So far, no data are available on mortality and recruitment rates from tree species in flooded forests in the Central Amazon. These data are essential to estimate the carbon balance in AGWB of different sucessional stages varying in stand age. The objective of this study is to estimate the carbon balance of the AGWB in permanent sample plots in different successional stages of the várzea in the Mamirauá Reserve (central Amazon) based on increment, mortality and recruitment rates. The permanent sample plots have area 1 ha and have been established in 1999 in different successional stages with current stand ages of 30, 135 and 250 years. From each tree with diameter at breast height (DBH) above 10 cm, the DBH was remeasured in 2008. Trees that died during the period 1999-2008 were registered. From trees that passed over the DBH of 10 cm during this period (recruitment), diameter was measured and the trees were mapped by theirs coordinates (x/y). The data from the forest inventory were transformed into estimates of AGWB and carbon storage (50% of the AGWB) by three allometric models using three predictors (DBH, wood density, tree height). Wood density was obtained from a data base, and tree height was estimated by species-specific regression models describing the relationship between DBH and tree height. Mean diameter increment rates declined with increasing stand age from 0,42 cm year -1 (30-year-old successional stage) to 0,35 cm year -1 (30-year-old successional stage) and 0,32 cm year -1 (250-year-old successional stage). The same trend was observed for the mean annual mortality rate which decreased from 4,28% (30- year-old successional stage) to 3,31% (135-year-old successional stage) reaching 3,33% in the 250-year-old successional stage. The trees with the highest mortality rates were: Cecropia membranaceae, Rhodostemonodaphne sp. and Pseudobombax munguba (30-year-old successional stage); Nectandra hihua, Oxandra riedeliana and Pouteria elegans (135-year- old successional stage); Mabea sp., Oxandra riedeliana and Paramachaerium ormosioides (250-year-old successional stage). However, the mean annual losses of AGWB were much higher in the 135-year-old and 250 year-old stands (4,2 Mg ha -1 year -1 and 5,3 Mg ha -1 year -1 , respectively) in comparison to the 30-year-old stage (3,1 Mg ha -1 year -1 ). The mean AGWB production from the remaining trees declined along the sucessional gradient from 6,8 Mg ha -1 year -1 (30-year-old stand), to 6,2 Mg ha -1 year -1 in the 135-year-old stand to finally 5,1 Mg ha - 1 year -1 in the 250-year-old successional stage. The recruitment only contributed 0,60 Mg ha -1 year -1 in the 30-year-old stage, 0,24 Mg ha -1 year -1 in the 135-year-old stage and 0,30 Mg ha -1 year -1 in the 250-year-old stage. Estimating the carbon balance (AGWB gained by increment of the remaining trees and recruitment minus losses of AGWB by tree mortality) indicates that the young successional stage has a carbon sequestration of 2,0 Mg C ha -1 year -1 . With increasing stand age the carbon sequestration decreases to 1,1 Mg C ha -1 year -1 in the 135- year-old stage and reaches an equilibrium in the oldest stand. The AGWB only has a significant function in the carbon sequestration in first decades of primary succession. Mature forests above 200 years old indicate an equilibrated carbon balance in AGWB.
metadata.dc.description.resumo: Florestas tropicais acumulam grandes quantidades de carbono na biomassa lenhosa acima do solo (BLAS), mas existem incertezas a respeito da função das florestas alagáveis como sumidouras de carbono. Até hoje, nenhum estudo foi realizado para obter dados sobre taxas de mortalidade e recrutamento de espécies arbóreas nas várzeas da Amazônia Central. Estes dados são fundamentais para estimar o balanço de carbono na BLAS em estágios sucessionais de idades diferentes. O objetivo deste estudo é estimar mudanças no estoque de carbono da BLAS em florestas de várzea baixa da Amazônia Central ao longo de um gradiente sucessional utilizando dados de recrutamento, mortalidade e incremento de biomassa lenhosa obtidos em parcelas de observação permanente de 1 ha cada, monitoradas durante o período de 1999 a 2008. Neste estudo, um balanço de carbono estocado na BLAS foi realizado ao longo de um gradiente de sucessão na várzea baixa (alagada por uma coluna d’água média de 3,36 a 4.65 metros) abrangendo três estágios sucessionais de 30, 135 e 250 anos de idade. As parcelas permanentes foram estabelecidas no ano de 1999 no setor Jarauá da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá considerando árvores acima de 10 cm de diâmetro à altura do peito (DAP). De cada árvore, o DAP, a altura total e as coordenadas x e y foram medidas. A densidade da madeira foi obtida por espécie de um banco de dados para transformar o inventário florestal em estimativas de BLAS através da aplicação de modelos alométricos que utilizam DAP, altura e densidade da madeira como parâmetros independentes. No levantamento do ano de 2008 o DAP das árvores remanescentes foi novamente medido para calcular taxas médias de incremento de BLAS para o período 1999 a 2008. Das árvores novas (recrutamento) o DAP foi medido e a BLAS estimada. Das árvores que morreram durante o periodo 1999-2008, taxas de mortalidade e perdas em BLAS foram estimadas para obter um balanço de carbono na BLAS (carbono é aproximadamente 50% da (BLAS). As taxas médias de incremento diamétrico anual foram maiores no estágio sucessional de 30 anos (0,42 cm) do que nas florestas com 135 anos (0,35 cm) e 250 anos (0,32 cm). As taxas anuais de mortalidade foram mais elevadas no estágio de 30 anos de idade (4,28 %) e diminuiram com aumento da idade da floresta para 3,31% (floresta de 135 anos) e 3,33% (floresta de 250 anos). As espécies arbóreas que apresentaram as maiores taxas de mortalidade foram: Cecropia membranaceae, Rhodostemonodaphne sp. e Pseudobombax munguba (estágio de 30 anos); Nectandra hihua, Oxandra riedeliana e Pouteria elegans (estágio de 135 anos); Mabea sp., Oxandra riedeliana e Paramachaerium ormosioides (estágio de 250 anos). As perdas anuais de BLAS foram mais altas nas florestas de 135 anos (4,3 Mg ha -1 ano -1 ) e de 250 anos (5,2 Mg ha -1 ano -1 ) em comparação com o estágio de 30 anos (3,1 Mg ha -1 ano -1 ). A somatória do incremento de BLAS das árvores remanescentes reduziu ao longo do gradiente de sucessão apresentando valores de 6,8 Mg ha -1 ano -1 no estágio de 30 anos, 6,2 Mg ha -1 ano -1 no de 135 anos e 5,1 Mg ha -1 ano -1 no de 250 anos. O recrutamento contribui com 0,6 Mg ha -1 ano -1 no estágio de 30 anos, 0,24 Mg ha -1 ano -1 no estágio de 135 anos e 0,30 Mg ha -1 ano -1 no estágio de 250 anos. No balanço de carbono (ganhos de BLAS pelo incremento das árvores remanescentes mais recrutamento menos perdas de BLAS pela mortalidade) somente o estágio de 30 anos indicou sequestro líquido significativo de 2,1 Mg C ha -1 ano -1 . Com aumento da idade da floresta o balanço de carbono diminui para 1,1 Mg C ha -1 ano -1 (estágio de 135 anos) e atingiu um ponto de equilíbrio na floresta de 250 anos. A BLAS somente tem uma função significativa como sumidoura de carbono. nas primeiras décadas da sucessão primária. Florestas maduras acima de 200 anos indicam um balanço de carbono equilibrado na BLAS.
Appears in Collections:Mestrado - BOT

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Dissertação_Geandrey Pedro da Silva Xavier.pdf1,21 MBAdobe PDFThumbnail
View/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons