Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12871
Título: Manejo e certificação florestal na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, AM
Autor: Stoltenberg, Cristian Rau
Orientador: Viana, Virgilio Mauricio
Palavras-chave: Manejo florestal - Amazônia
Produtos florestais Certificação socioambiental
Exploração de florestas
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro (AM)
Data do documento: 11-Jul-2013
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia - GAP
Abstract: The challenge of valuing standing forests is parallel to the increase in number of small management plans in the interior parts of the Amazon. There are few studies about this management model and it is rare to find those that relate it to forest certification potential in protected areas, specifically in RDS. This is the differential of this study that characterized the reality of forest management and its practices through the vision of the managers themselves in relation to their ways of life; social relations, environmental, economic and commercial factors that management involves. The study showed, comparatively with the principles of FSC certification, the advantages and challenges of local conditions for a small-scale forest management plan located in the state of Amazonas, in the Sustainable Development Reserve of Rio Negro. It also demonstrated the actual costs of FSC accredited certifiers for this management conditions. It further shows the market perception of certified companies in the region about the current and future scenario for certified wood. In conclusion, community forest management in RDS do Rio Negro is unanimously considered by the managers as a good experience they are interested in continuing with. Regarding forest certification, the majority has already heard about it and is interested in doing even though they do not know their exact context. The Small Scale Forest Management Plan of RDS do Rio Negro in the Marajá community did not demonstrate the necessary conformities to be recommended for a certification audit. Only after the strengths are kept or improved and the challenges are overcome can the present SSFMP be considered to receive a certification audit. Considering that the local market does not value certification as a differentiated product, and does not aggregate value to products, the direct cost of certification becomes a burden for the producer. The direct costs of certifying SSFMP Marajá represent an additional cost of de R$ 129,95/m³ individually, and an additional cost of R$ 45,83/m3 in the group certification. This represents 29% and 10% of the respective selling costs. Regarding the socioenvironmental certification potential for wood forest products of the RDS do Rio Negro SSFMP Marajá, the study concludes that it is not worth it to engage in FSC certification. However, this scenario could change with the availability of external donations. The FSC certification concept lacks dissemination in the state of Amazonas, showing the ecological footprint related to the consumption habits of each one. It is necessary to have greater dissemination of the management plans in RDS do Rio Negro in order to expand the commercialization options and value the wood products that come from management. For an adequate use of forest resources, development, and international expansion of the Brazilian forest sector it is fundamental to have technical and financial incentives for forest enterprise certification projects through either governments, foundations or NGOs. Therefore, it is recommended that: FSC pattern of certification is used as an administrative tool in management practices; financial support is requested for certification and SSFMPs management is structured in groups, defining rules to optimize production and commercialization in order to allow for future evaluation and certification of the management plans.
Resumo: O desafio de valorizar a floresta em pé, caminha com o crescente aumento do número de pequenos planos de manejo no interior da Amazônia, embora ainda existam poucos estudos sobre este modelo de manejo, sendo raros os que relacionam o potencial de certificação florestal em áreas protegidas especificamente em Reservas de Desenvolvimento Sustentável. Este é o diferencial deste trabalho que caracterizou a realidade do manejo florestal e suas práticas na visão dos próprios manejadores em relação ao seu modo de vida; relações sociais; ambientais; econômicas e comerciais, que o manejo envolve. Demonstrou comparativamente com os princípios da certificação FSC os pontos fortes e desafios da realidade local de um manejo florestal de pequena escala localizado no estado do Amazonas, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro. Demonstra também os atuais custos praticados pelas certificadoras acreditadas pelo FSC para esta realidade de manejo, além de trazer a percepção de mercado pela visão das empresas certificadas na região sobre o atual e futuro cenário da madeira certificada. Desta forma chegou à conclusão que o manejo florestal comunitário na RDS do Rio Negro é considerado de forma unânime pelos manejadores como uma boa experiência, tendo interesse em continuar com a atividade. Em relação à certificação florestal a maioria já ouviu falar, embora não saiba exatamente seus contextos, mas demonstraram interesse em certificar. Especificamente o Plano de Manejo Florestal de Pequena Escala da RDS do Rio Negro comunidade Marajá não demonstrou as conformidades totais necessárias para neste momento ser recomendado para uma auditoria de certificação. Sendo mantidos ou melhorados os pontos fortes e satisfeitas às condições demonstradas como desafios o presente PMFPE pode ser considerado apto a receber uma auditoria de certificação. Considerando que o mercado local não está valorizando a certificação como um produto diferenciado, e não agrega valor aos produtos o custo direto da certificação passa a ser um ônus para o produtor. Os custos diretos da certificação do PMFPE Marajá representam um custo adicional de R$ 129,95/m³ individualmente e um custo adicional de R$ 45,83/m3 na certificação em grupo, representando respectivamente um custo na venda de 29% e 10%. Em relação ao potencial da certificação socioambiental de produtos florestais madeireiros da RDS do Rio Negro PMFPE Marajá, conclui-se que atualmente não vale a pena a certificação FSC, embora este cenário possa mudar com doações externas. O conceito da certificação FSC carece de maior divulgação para o estado do Amazonas, mostrando a relação da pegada ecológica relacionada aos hábitos de consumo de cada um. É necessário haver uma maior divulgação dos planos de manejo da RDS do Rio Negro, visando ampliar o leque de comercialização e buscando valorização do produto madeireiro oriundo do manejo. O incentivo técnico e financeiro seja governamental, de fundações e ONGs para a certificação de empreendimentos florestais, especificamente de PMFPE é fundamental para a adequada utilização dos recursos florestais, desenvolvimento e projeção internacional do setor florestal brasileiro. Desta forma, recomenda-se utilizar o padrão de certificação FSC como ferramenta de gestão das práticas de manejo; solicitar apoio financeiro visando a certificação; estruturar a gestão dos PMFPE em grupo, definindo regras e otimizando a produção e a comercialização de modo a possibilitar a avaliação e certificação futura em grupo dos planos de manejo.
Aparece nas coleções:Mestrado - GAP

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
tese_inpa.pdf3,79 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons