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Título: Comportamento ecofisiológico de Attalea microcarpa Spruce e Attalea attaleoides Mart., ao longo do gradiente topográfico (platô, vertente e baixio), em uma floresta de terra firme ao norte de Manaus.
Autor: Souza, Lissandra Alves de
Orientador: Costa, Flávia Regina Capellotto
Palavras-chave: Ecofisiologia
Fotossíntese
Palmeiras
Data do documento: 9-Dez-2013
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Clima e Ambiente - CLIAMB
Abstract: The availability of primary resources (water, CO2, nutrient availability,light and temperature ) exert selective pressures on plant species thus ecophysiological strategies adopted by each species can determine the success of their establishment in specific environments. The Amazon has high topographic variability that determine the formation of microenvironments with changes in the availability of light, water , nutrients and carbon dioxide concentrations. Assuming that topography imposes conditions that may be limiting for certain species researches are being conducted with the aim of determining the role of topography factors like a predictor of species distribution in Central Amazonia. Whereas plants recognize environmental limits this paper proposed to evaluate the effects of factors that vary according to the topography, which may influence the distribution and abundance of understory palms by affecting the photosynthetic performance of these, conferring adaptive advantages to them, according to the topographical environments where they are. The aim of this study was to investigate the ecophysiological behavior of Attalea microcarpa Spruce and Attalea attaleoides Mart . (palms belong to the botanical family Arecaeae ) along the topographic gradient in an upland forest north of Manaus at two distinct periods of precipitation . The study was conducted at the Adolfo Ducke Forest Reserve , located 26 km northwest of Manaus , the structure and floristic are basically defined by soil type and topography , being : plateau, slope, lowland and campinarana . It was determined the canopy opening through hemispheric camera, variations in specific leaf area (SLA ), the leaf water potential by pressure pump and water use efficiency, the concentrations of nitrogen ( N ) and phosphorus ( P ) and leaf photosynthetic efficiency in the use of nitrogen ( EUN ) and phosphorus (PUE ), the chlorophyll content index with a portable chlorophyll meter, gas exchange and photosynthetic parameters via a infrared gas analyzer ( IRGA ). The average values of Pmax A.microcarpa were 3,65 μmol m - 2 s - 1 and 2,66 μmol m - 2 s - 1 during periods of high and low precipitation , respectively. At A. attaleoides specie during highest precipitation period Pmax were 2,86 μmol m - 2 s - 1 and in periods of low precipitation 2,45 μmol m- 2s - 1 . Light curves of the species studied were similar to those found for other species of understory which are typical values of low-light species. The stomata conductance, transpiration, dark respiration, compensation irradiance, saturation irradiance, quantum efficiency and the water use efficiency showed no significant differences between topographical environments at both species. The differences between periods of precipitation showed that those species exert stomata control avoiding water lost during low precipitation when the evaporative demand is high . The WUE showed higher values during high precipitation at A. attaleoides plants, opposite behavior was observed at A. microcarpa, which could be understood as a result of soil conditions. The light canopy opening indicated shade environments, the average of values were 4,68% at A. attaleoides and 4,65 % at A. microcarpa . The SLA differed among species, being highest at A. attaleoides , than A. microcarpa. The N and P phosphorus did not differ along the topographic gradient. The chlorophyll index showed values around 80 to both species, typical values to understory plants. Although the species have typical understory plants characteristics was not possible to determine ecophysiological behaviors that confer adaptive advantages to those species, according the environment they are found, being require further study over the time. Key-words: topography, palmtrees, species compositions, photosynthesys, nutrients, water potential, leaf, understory.
Resumo: A disponibilidade dos recursos primários (água, CO2, disponibilidade de nutrientes, luz e temperatura) exercem pressões seletivas sobre as espécies vegetais, desta forma, as estratégias ecofisiológicas adotadas por cada espécie podem determinar o sucesso do seu estabelecimento em ambientes específicos. A Amazônia apresenta alta variabilidade topográfica que determinam a formação de microambientes com modificação na disponibilidade de água, luz, nutrientes e concentrações de dióxido de carbono. Assumindo que a topografia impõe condições que podem ser limitantes para determinadas espécies, pesquisas estão sendo realizadas com intuito de determinar o papel da topografia como fator (direto ou indireto) preditor da distribuição de espécies na Amazônia Central. Considerando que plantas reconhecem limites ambientais este trabalho propôs avaliar os efeitos de fatores que variam segundo a topografia, que possam influenciar a distribuição e abundância de palmeiras de sub-bosque por afetarem o desempenho fotossintético destas, conferindo vantagens adaptativas a elas, de acordo com os ambientes topográficos onde se encontram. O objetivo deste estudo foi investigar o comportamento ecofisiológico de Attalea microcarpa Spruce e Attalea attaleoides Mart. (palmeiras pertencem à família botânica Arecaeae), ao longo do gradiente topográfico, em uma floresta de terra firme ao norte de Manaus em dois períodos de precipitação distintos. O estudo foi realizado na Reserva Florestal Adolfo Ducke, localizada a 26 km a noroeste de Manaus, a estrutura e a florística são basicamente, definidas pelo tipo de solo e relevo, sendo: platô, vertente, campinarana e baixio. Foi determinado o índice de abertura de dossel por meio de câmera hemisférica; as variações na área foliar específica (AFE); o potencial da água na folha, por meio da bomba de pressão e a eficiência do uso da água a eficiência intrínseca; os teores de Nitrogênio (N) e Fósforo (P) foliar e a eficiência fotossintética no uso do nitrogênio (EUN) e do fósforo (EUP); o índice de conteúdo de clorofila (ICC) via clorofilômetro portátil e os padrões das trocas gasosas e os parâmetros fotossintéticos via um analisador de gás a infravermelho (IRGA) portátil. Os maiores valores de Amax foram observados na espécie A. microcarpa. Os valores médios de Amax em A.microcarpa foram de 3,65 μmol m-2 s-1 e 2,66 μmol m-2 s-1 nos períodos de maior e menor precipitação, respectivamente. Na espécie A. attaleoides no período de maior precipitação foi de 2,86 μmol m-2 s-1 e no período de menor precipitação 2,45 μmol m-2 s-1. As curvas de resposta à intensidade luminosa das espécies estudadas foram semelhantes às encontradas para outras espécies de sub-bosque, sendo estes valores típicos de espécies naturais de ambientes de baixa luz. A condutância estomática (gs), transpiração (E), respiração no escuro Rd, Irradiância de compensação (Ic), Irradiância de saturação (Is), eficiência quântica (α), a eficiência no uso da água (EUA) e eficiência intrínseca no uso da água (EIUA) não apresentaram diferenças significativas entre ambientes topográficos em ambas as espécies. Os valores de gs, E, Is, EUA e EUIA apresentaram maiores valores no período de alta precipitação em relação a baixa precipitação, em plantas da espécie A. attaleoides. Nesta espécie o Rd apresentou valores mais elevados no período de baixa precipitação. As taxas da gs (0,05 mol m-2s-1), E (1, 62 molm-2s-1) nas plantas da espécie A. microcarpa foram maiores no período de alta precipitação, este comportamento entre os dois períodos de precipitação revelam que ambas as espécies exercem controle estomático a demanda evaporativa é alta. A EUA e EUIA apresentaram maiores valores no período de alta precipitação em relação à baixa precipitação, em plantas da espécie A. attaleoides, comportamento oposto em A. microcarpa, o que poderia ser entendido como resultado das condições edáficas do solo. No entanto o potencial da água na folha ao amanhecer (am) ao meio dia (md) não diferiu nem entre ambientes topográficos nem períodos nas duas espécies. O ambiente de luz ao qual as espécies estão submetidas indica condições bem sombreadas, os valores médios por espécie foram de 4,68 % em A. attaleoides e 4,65 % em A. microcarpa. A AFE diferiu entre as espécies, sendo maior em A. attaleoides,média 82 cm2g-1, que em A. microcarpa 68 cm2g-1. Os teores de N e de fósforo P foliares não diferiram estatisticamente ao longo do gradiente topográfico, assim como a EUN e da EUP. O ICC em ambas as espécies ficou em tonro de 80, valores típicos de plantas de sub-bosque. Apesar das espécies apresentarem características típicas de plantas de sub-bosque não foi possível determinar comportamentos ecofisiológicos que confiram vantagens adaptativas de acordo com o ambiente topográfico onde se encontram. Algumas das tendências observadas necessitam mais estudos ao longo do tempo para serem confirmadas.
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