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Title: Estratégias silviculturais aplicadas ao manejo sustentável de florestas de crescimento secundário na Amazônia Central
Authors: Modolo, Guilherme Silva
metadata.dc.contributor.advisor: Ferreira, Marciel José
metadata.dc.contributor.co-advisor: dos Santos, Victor Alexandre Hardt Ferreira
Assis-Pereira, Gabriel
Tommasiello-Filho, Mario
Keywords: Silvicultura Tropical
Floresta Secundária
Manejo Florestal Sustentável
Ecofisiologia Florestal
Issue Date: 25-Jul-2024
metadata.dc.publisher.program: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Abstract: Secondary forests are representative landscapes in the Brazilian Amazon, covering about 20% (~16,000,000 hectares) of the region's previously deforested area. However, these forests suffer from high rates of deforestation. Sustainable forest management has been promoted as a strategy to encourage owners of secondary forests to conserve them. Silvicultural management systems, based on methods of improvement of natural stands and enrichment with commercial species, are important management options for this forest typology. However, there is a lack of scientific knowledge to support the formulation of silvicultural protocols for the management of secondary forests through these systems. In this sense, the main objective of this thesis is to evaluate how different silvicultural strategies contribute to the sustainable management of later successional secondary forests. To this end, silvicultural diagnoses were carried out in 2021 in two later successional secondary forests in the Central Amazon. These forests were found to have a floristic composition and trees with stem quality suitable for timber production. However, the growth conditions of desirable species require the application of silvicultural treatments (Chapter 2). Subsequently, in 2021, an experiment of improvement of secondary forest through liberation silvicultural treatments was installed in a 35-year-old secondary forest. Five blocks were established consisting of two plots of one hectare each. In one of the plots, individuals of commercial tree species benefited from liberation silvicultural treatments and in the other they did not receive silvicultural treatments. Individuals of Goupia glabra (the dominant species in the forest) had superior growth when benefiting from liberation treatments, but the magnitude of the response depended on the individual tree traits and the growth conditions (Chapter 3). In 2016, an enrichment experiment with a split-plot design was established in a secondary forest (19 years old at the time). Six levels of basal area reduction (0, 20, 40, 60, 80, and 100%), combined or not with understory slashing (understory slashed and control), were applied to the planting of six commercial tree species (Cedrela fissilis, Tabebuia rosea, Swietenia macrophylla, Carapa guianensis, Bertholletia excelsa, Hymenaea courbaril). Silvicultural treatments affected the microclimate of the forest, but temporal changes were observed that caused a reduction in light availability. However, light availability varied among species. Furthermore, the microclimatic conditions caused by the treatments are not harmful to the planted species (Chapter 4). Silvicultural treatments affected survival, biomass, stem quality, and carbon accumulation of planted species. Wood quality was also affected, but for a minority of species (Chapter 5). Survival and biomass productivity of planted species were related to traits measured in various organs of planted species, providing a broad view of the mechanisms that determine species responses to silvicultural treatments and providing valuable information for selecting suitable species for enrichment plantings, such as Bertholletia excelsa, Carapa guianensis, and Hymenaea courbaril (Chapter 6). The results obtained are important for the formulation of silvicultural protocols for the sustainable management of secondary forests, contributing to the generation of income for their owners and, consequently, to the conservation of this forest typology and its essential ecosystem services.
metadata.dc.description.resumo: Florestas de crescimento secundário são paisagens representativas na Amazônia Legal, ocupando cerca de 20% (~16.000.000 de hectares) das áreas previamente desmatadas na região. Todavia, essas florestas vêm sofrendo com intensas taxas de desmatamento. O manejo florestal sustentável tem sido apontado como uma estratégia para estimular os proprietários de florestas de crescimento secundário a conservá-las. Sistemas silviculturais de transformação, baseados em métodos de melhoramento de povoamentos naturais e enriquecimento com espécies de interesse econômico constituem importantes opções de manejo dessa tipologia florestal. No entanto, faltam conhecimentos científicos para embasar a formulação de protocolos silviculturais para o manejo de florestas de crescimento secundário por meio desses sistemas. Neste sentido, o objetivo central desta tese é avaliar como diferentes estratégias silviculturais contribuem para o manejo sustentável de florestas de crescimento secundário em estágio avançado de regeneração. Para tanto, em 2021, foram realizados diagnósticos silviculturais em duas florestas de crescimento secundário na Amazônia Central em estágio avançado de regeneração. Foi observado que essas florestas possuem composição florística e árvores com qualidades de fuste adequadas para a produção madeireira. Todavia, as condições de crescimento das espécies desejáveis demandavam a aplicação de tratamentos silviculturais (Capítulo 2). Em seguida, foi instalado um experimento de melhoramento de floresta de crescimento secundário via tratamentos silviculturais de liberação em uma floresta de crescimento secundário de 35 anos. Foram instalados cinco blocos compostos por duas parcelas de um hectare cada. Em uma das parcelas indivíduos de espécies comerciais foram beneficiados com tratamentos silviculturais de liberação e na outra não receberam tratamentos silviculturais. Indivíduos de Goupia glabra (espécie dominante na floresta) tiveram crescimento superior quando beneficiados pelos tratamentos de liberação, mas a magnitude da resposta dependeu das características dos indivíduos e das condições de crescimento (Capítulo 3). Em 2016, em uma floresta de crescimento secundário (19 anos de idade na época) foi instalado um experimento de enriquecimento em um ensaio de parcelas subdivididas. Foram aplicados seis níveis de redução de área basal (0, 20, 40, 60, 80 e 100%), combinados ou não com o corte da vegetação do sub-bosque (corte do sub-bosque e controle), para o plantio de seis espécies arbóreas comerciais (Cedrela fissilis, Tabebuia rosea, Swietenia macrophylla, Carapa guianensis, Bertholletia excelsa, Hymenaea courbaril). Tratamentos silviculturais afetaram o microclima da floresta, mas mudanças temporais foram observadas, causando redução na disponibilidade de luz. Todavia, a disponibilidade de luz variou entre as espécies. Ademais, as mudanças nas condições microclimáticas causadas pelos tratamentos não foram prejudiciais às espécies plantadas (Capítulo 4). Os tratamentos silviculturais afetaram a sobrevivência, biomassa, qualidade do fuste e acúmulo de carbono das espécies plantadas. A qualidade do lenho também foi afetada, mas para a minoria das espécies (Capítulo 5). A sobrevivência e a produtividade em biomassa das espécies plantadas estiveram relacionadas com características mensuradas em diferentes órgãos das espécies plantadas, fornecendo uma ampla visão dos mecanismos que determinam as respostas das espécies aos tratamentos silviculturais e fornecendo informações valiosas para a seleção de espécies adequadas para plantios de enriquecimento, tais como Bertholletia excelsa, Carapa guianensis e Hymenaea courbaril (Capítulo 6). Os resultados alcançados são importantes para a formulação de protocolos silviculturais para o manejo sustentável de florestas de crescimento secundário, contribuindo para a geração de renda para os seus proprietários e consequentemente para a conservação dessa tipologia florestal e dos seus serviços ecossistêmicos essenciais.
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