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Título: Regeneração de uma área manejada na Floresta Estadual do Antimary, estado do Acre.
Autor: Carvalho, Anelena Lima de
Orientador: Higuchi, Niro
Coorientador: D'Oliveira, Marcus Vinício Neves
Palavras-chave: Manejo florestal
Floresta tropical
Exploração florestal
Data do documento: 30-Ago-2017
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Abstract: Although sustainable forest management has become a consensus in recent years, many issues regarding its sustainability are still present. Forest management can generate short-term and long-term effects, ranging from changes in forest microclimate, soil compaction and erosion to changes in floristic composition. On the other hand, areas impacted by logging can be an important microsite for shade-intolerant, commercially valuable, species. To better understand how the forest responds to this activity, the present study aimed to evaluate logging effects on the natural regeneration of tree species considering different levels of disturbance along a chronosequence of areas logged in the Antimary State Forest, in the state of Acre - Brazil. Natural regeneration was evaluated through plots established in Annual Production Unit (APU), one, four and eight years since logging, considering the different levels of impacts generated by this activity, where natural regeneration comprised all tree individuals with a minimum height of 50 cm and 10 cm of diameter at breast height (DBH). Areas not directly affected by logging were used as controls. Canopy opening data and soil data were also collected obtained for the analysis of light availability and soil physical characteristics. The areas disturbed by logging and the frequency and distribution of gaps were quantified using LiDAR data. No significant differences were observed regarding total natural regeneration density at different disturbance levels for all analyzed ages (p ≥ 0.08). Pioneer species displayed a high relative density in environments with high disturbance levels, for all analyzed years (p < 0.001). The floristic composition in areas one year since logging was different from forest areas not directly affected by this activity (p = 0.022). Eight years after logging, species diversity differed only in environments with high disturbance (p = 0.00). Three years after logging, the mortality rate was higher in environments displaying a high level of disturbance (p < 0.001), which was also observed for growth rates (p < 0.001). However, no significant differences were observed in recruitment rates in areas displaying different levels of disturbance (p > 0.46). Four years after logging, the canopy openness did not exceed 10% and the areas did not present significant differences (p ≥ 0,69). Although differences in soil bulk density were observed in the early years, these differences disappeared since eight years of logging (p > 0.50). The area percentages directly affected by logging ranged from 7.0 to 8.6%, while felling gaps represented the highest percentage of disturbance (3.0 - 3.7%). No significant differences in the frequency and distribution of gaps before and after logging (p = 0.25) and among APU (p = 0.25) were observed. Results indicate that the disturbances produced by logging were temporary, and that, after eight years, a good part of the evaluated characteristics, such as seedling density, floristic composition, soil physical conditions and canopy opening, returned to their previous stage.
Resumo: Embora nos últimos anos o manejo florestal sustentável venha se tornando um consenso ainda existem muitos questionamentos sobre a sua sustentabilidade. O manejo florestal pode gerar efeitos de curto e longo prazo que vão desde mudanças no microclima da floresta, compactação do solo e erosão até mudanças na composição florística. Mas por outro lado as áreas perturbadas pela exploração florestal podem ser um importante microsítio para espécies de valor comercial intolerantes à sombra. Para entender melhor como a floresta responde a esta atividade este estudo teve como objetivo a avaliar os efeitos da exploração florestal na regeneração natural de espécies arbóreas considerando diferentes níveis de perturbação ao longo de uma cronossequência de áreas exploradas na Floresta Estadual Antimary, Estado do Acre - Brasil. A regeneração natural foi estudada por meio de parcelas estabelecidas em Unidades de Produção Anual (UPA) com um, quatro e oito anos de exploração florestal considerando os diferentes níveis de impactos gerados pela exploração florestal. Onde foi considerada regeneração natural todos os indivíduos arbóreos com altura mínima de 50 cm até 10 cm de diâmetro a altura do peito (DAP). Todos os indivíduos dentro destes critérios foram marcados, identificados e medidos. Áreas não afetadas diretamente pela exploração florestal foram utilizadas como controle. Foram também coletados dados de abertura do dossel e amostras de solos para análises de características física dos solos. Quantificamos a área perturbada pela exploração florestal e a frequência e distribuição de clareiras utilizando dados LiDAR. A densidade da regeneração natural não variou entre os diferentes níveis de perturbação (p ≥ 0,08). As espécies pioneiras apresentaram uma densidade relativa alta nos ambientes com alta perturbação para todos os anos analisados (p < 0,001). Apenas as áreas com ano apresentaram diferenças significativas na diversidade florística para todos os níveis de perturbação (p=0,022). Oito anos após a exploração a diversidade foi menor apenas nos ambientes com alta perturbação (p < 0,001). As taxas de mortalidade e crescimento foram elevadas nos ambientes com nível de perturbação alta três anos após a exploração (p ≤ 0,001). Enquanto as taxas de recrutamento não variaram (p > 0,46). Após quatro anos da exploração a abertura do dossel não ultrapassou 10% e as áreas não apresentam diferenças significativas (p ≥ 0,69). Embora tenham sido observadas diferenças na densidade aparente do solo nos anos iniciais essas diferenças não estavam presentes oito anos após exploração (p > 0,50). O percentual de área diretamente afetada pela exploração florestal variou de 7.0 a 8.6% onde as clareiras das árvores abatidas representam o maior percentual de perturbação (3,0 – 3,7 %). Não foram encontradas diferenças significativas na frequência e distribuição de clareiras antes e depois da exploração (p = 0,25) e entre UPA (p = 0,25). Os resultados demostraram que os distúrbios produzidos pela exploração florestal foram temporários, onde depois de oito anos boa parte das características avaliadas, como densidade de plântulas, composição florística, condições físicas do solo e abertura do dossel, retornaram ao estado anterior.
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