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Título: Ecofisiologia de espécies arbóreas plantadas sobre área degradada por atividade petrolífera na Amazônia Central
Autor: Santos Júnior, Ulysses Moreira dos
Orientador: Gonçalves, José Francisco de Carvalho
Palavras-chave: Ciclo de nutrientes (Biogeoquímica).
Ecofisiologia vegetal
Reflorestamento
Data do documento: 2003
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Resumo: Dados recentes revelam que nos últimos anos o desmatamento tem crescido de forma progressiva na Amazônia. Por outro lado, estudos ecológicos, silviculturais e fisiológicos de espécies arbóreas crescidas sob condiçSes de plantio ou regeneração natural ainda são poucos e fragmentados. Desta forma, a falta de conhecimento sobre o comportamento ecofisiológico das espécies nativas crescendo em ambientes alterados tem se tornado um fator limitante para a tomada de decisSes por parte do governo e da iniciativa privada no sentido de implementar projetos sustentáveis de recuperação de áreas degradadas. Portanto, a hipótese deste estudo foi que espécies arbóreas de crescimento rápido apresentam diferentes estratégias de sobrevivência, adaptação e acúmulo de biomassa quando plantadas sobre área degradada. Para consubstanciar o estudo analisou-se variáveis relacionadas ao crescimento das plantas, absorção e utilização de nutrientes, indicadores de estresse, desempenho fotossintético e eficiência no uso da água em plantas jovens de oito espécies arbóreas plantadas sobre área degradada por atividade petrolífera na Amazônia Central. O estudo foi realizado na Província Petrolífera de Urucu (4º53' S e 65º11' W), distante 600 Km de Manaus, Amazonas, Brasil. As espécies estudadas foram Bellucia grossularioides, Bombacopsis macrocalyx, Cecropia ficifolia, Cecropia sciadophylla, Chrysophyllum sanguinolentum, Eugenia cumini, Inga edulis e Irianthera macrophyla. As variáveis analisadas envolvem a análise de crescimento absoluto e relativo das plantas, concentração de nutrientes foliares, concentraçSes de pigmentos cloroplastídicos, eficiência fotoquímica do aparato fotossintético, trocas gasosas e as características fotossintéticas. Os resultados demonstram que as espécies estudadas utilizam diferentes padrSes de crescimento no que se refere ao aumento em altura, diâmetro do caule e expansão da área foliar. Ainda, quanto à expansão da área foliar, observou-se que as espécies apresentaram diferentes estratégias de crescimento, por exemplo, E. cumini investiu mais no crescimento aboluto do número de folhas enquanto que as duas espécies de Cecropia investiram mais em área foliar. Adicionalmente, observou-se que C. sanguinolentum apresentou a menor porcentagem de sobrevivência quando comparada com B. macrocalyx, C. ficifolia, E. cumini, I. edulism e I. macrophyla. Em relação ao estado nutricional foliar verificou-se que as espécies apresentaram diferentes exigências e/ou estratégias diferenciadas quanto ao acúmulo de elementos minerais, com destaque para I. edulis que sendo da família Mimosaceae, teoricamente tenha sido favorecida pela fixação de N2 e, por conseguinte, acumulou maior quantidade de nitrogênio nas folhas. Quanto aos indicadores de estresse, os resultados sugerem que maiores concentraçSes de clorofila total podem fazer parte de uma estratégia para aumentar a absorção de luz e, que em condiçSes de alta irradiância, o acúmulo de carotenóides pode ser importante para a proteção do aparato fotossintético. No que se refere à eficiência fotoquímica do fotossístema II, observou-se que C. sanguinolentum apresentou maior grau de fotoinibição quando comparada com as demais espécies estudadas. Quanto à assimilação de carbono, observu-se que C. ficifolia, C. sciadophylla, E. cumini e I. edulis apresentaram as maiores taxas fotossintéticas quando comparadas com as outras quatro espécies. No que se refere às trocas gasosas, observou-se que altas taxas de fotossíntese foram acompanhadas por altas taxas transpiratórias, sugerindo que as quatro espécies mais destacadas, em termos de fotossíntese, podem dominuir suas performances fotossintéticas caso sejam submetidas a períodos com baixa disponibilidade hídrica no solo. Desta forma, conclui-se que há diferenças marcantes entre as espécies estudadas quanto às estratégias adotadas para a captação e a utilização dos recursos primários e essas diferentes estratégias podem ser determinantes para a sobrevivência, adaptação e acúmulo de biomassa das espécies plantadas sobre sítios específicos, como por exemplo, áreas degradadas por atividade petrolífera na Amazônia Central.
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