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Título: Ecofisiologia de plantas jovens de Garcinia Brasiliensis Mart. (Clusiaceae) submetidas a diferentes regimes hídricos e a alta temperatura.
Autor: Gouvêa, Paula Romenya dos Santos
Orientador: Marenco, Ricardo Antonio
Palavras-chave: Ecofisiologia de plantas
Fotossíntese
Trocas gasosas
Data do documento: 27-Jul-2016
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Abstract: Fruit growing is an interesting option for the agronomic development in the Amazon. Favorable conditions for the production of various native and exotic species become an excellent option for recovery of degraded areas and income generation. However, global climate change and water stress are increasingly detrimental to productivity. This study aimed to evaluate the behavior of young plants of Garcinia brasiliensis submitted four irrigation treatments during the initial phase of vegetative growth, to identify morphological and physiological characteristics affected by water stress. The study was conducted in a greenhouse at the National Institute for Research in the Amazon Manaus-AM. Two experiments were carried out by completely randomized design. The Experiment I with seven repetitions, starting 190 days after germination, lasting 90 days, the water levels in the soil were divided into four treatments (100%, 75%, 50% and 25% of field capacity).The variables analyzed were leaf water potential (Ψf), stomatal conductance (gs ), maximum photosynthesis (Amax), transpiration (E), water use efficiency (EUA), intrinsic efficiency in water use (EIUA), maximum quantum efficiency (Fv/ Fm), effective quantum yield (ΦFSII), the electron transport rate (ETR) and non- photochemical quenching (NPQ). Biochemical parameters were analyzed, including chloroplastic pigments, carbohydrates, proline, and growth variables, such as stem height, diameter, leaf area and dry mass allocation. Water stress led to reduced leaf area (p ≤ 0,035). There was no statistical difference in the values of gas exchange, and chloroplastic pigments. The effect of treatments on levels of sugar (p ≤ 0,01) and starch content (p ≤ 0,001) were significant, and an increase of 64% in treatment with lower water availability was observed. There was also an effect of treatments on proline content (p = 0,05). The second experiment was carried out 90 days after germination, lasting 15 days, we evaluated water regimes and chlorophyll fluorescence in seedlings exposed to two temperatures 27°C and 38°C. No effect of water regimes on fluorescence was observed (p < 0,05). The Fv/Fm ratio was reduced by 16% in treatment exposed to 38°C compared to 27°C, indicating that the photochemical apparatus was affected by the high temperature. The values of the effective quantum yield, the electron transport rate and non-photochemical quenching were also affected by the high temperature exposure, but there was no effect of the water regime on the fluorescence parameters. In all cases seedlings of Garcinia brasiliensis showed different strategies, and managed to acclimate to the different types of stresses imposed.
Resumo: A fruticultura é uma opção interessante para o desenvolvimento agronômico no Amazonas. As condições favoráveis para produção de várias espécies nativas e exóticas tornam-se uma excelente opção para recuperação de áreas degradadas e geração de renda. No entanto a variabilidade no clima e o estresse hídrico são cada vez mais prejudiciais para a produtividade. O presente trabalho teve por finalidade avaliar o comportamento ecofisiológico de plantas jovens de Garcinia brasiliensis submetidas a diferentes regimes hídricos e temperatura. O estudo foi realizado em casa de vegetação no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia em Manaus-AM. Foram realizados dois experimentos, por delineamento inteiramente casualizado. O experimento I com sete repetições foi iniciado 190 após a germinação, e teve duração de 90 dias. Os níveis de água no solo foram divididos em quatro tratamentos sendo a estes: 100, 75, 50 e 25% da capacidade de campo. As variáveis analisadas foram, o potencial hídrico foliar (Ψf), a condutância estomática (gs), a fotossíntese máxima (Amax), a transpiração (E), a respiração no escuro (Rd), a eficiência no uso da água (EUA), a eficiência intrínseca no uso da água (EIUA), a eficiência quântica máxima (Fv/Fm), o rendimento quântico efetivo (ΦFSII), a taxa de transporte de elétrons (ETR) e a dissipação não fotoquímica (NPQ). Dados bioquímicos como pigmentos cloroplastídicos, carboidratos, prolina, e as variáveis de crescimento como altura do caule, diâmetro, área foliar, e alocação de massa seca também foram analisados. A deficiência hídrica levou à redução da área foliar promovendo uma diferença estatística (p ≤ 0,035). Não houve diferença estatística nos parâmetros de trocas gasosas e pigmentos cloropastidícos. O efeito dos tratamentos nos teores de açúcar (p ≤ 0,001) e amidos foi significativo (p ≤ 0,001), com aumento de 64% no tratamento com menor disponibilidade hídrica. O efeito dos tratamentos nos teores de prolina foi significativo (p = 0,05). O experimento II foi realizado 90 dias após a germinação, com duração de 15 dias, foram avaliados os regimes hídricos e a fluorescência da clorofila a em mudas expostas a duas temperaturas 27° C e 38° C. Não houve efeito dos regimes hídricos, mas houve efeito da exposição à alta temperatura no rendimento quântico máximo da fluorescência (Fv/Fm) a qual foi reduzida em 16% em plantas expostas a temperatura de 38°C em comparação a temperatura de 27°C, indicando que o aparato fotoquímico estava comprometido em razão da exposição a alta temperatura. Já os valores do rendimento quântico efetivo, a taxa de transporte de elétrons e a dissipação não fotoquímica sofreram diferença significativa, somente quando houve a exposição à alta temperatura, não havendo diferença dos regimes hídricos ou interação entre regime hídrico e temperatura. Em todas as situações analisadas as mudas de Garcinia brasiliensis mostraram estratégias distintas, e conseguiram se aclimatar aos diferentes tipos de estresse impostos.
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