Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12799
Título: Estrutura funcional de uma comunidade de palmeiras (Arecaceae) ao longo de gradientes ambientais em uma floresta da Amazônia Central
Autor: Souza Júnior, Havle Pereira de
Orientador: Costa, Flávia Regina Capellotto
Coorientador: Sousa, Thaise Emilio Lopes de
Palavras-chave: Estrutura funcional Convergência funcional Divergência funcional Gradientes ambientais Palmeiras Características funcionais
Data do documento: 28-Jun-2019
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Botânica
Abstract: The functional approach allows us to understand how the environment selects the characteristics of the species that form the communities, and therefore how communities can be modified according to new conditions, such as those induced by climate change. Two forces can functionally structure a community: convergence, which promotes similarity of functional characteristics, and divergence, which promotes variability. Theoretically, it is expected that the environmental filters cause convergence, since they select characteristics suitable for the occupation of each environment. Contrarily, it is expected that biotic interactions and disturbances promote functional divergence by increasing environmental heterogeneity, selecting species with multiple functional strategies. Using palm trees (Arecaceae), an abundant and diverse way of life in the Amazon, as model group we analyze which environmental factors are responsible for generating convergence and functional divergence in local communities. This study was developed in the Adolpho Ducke Forest Reserve, where seven functional characteristics were observed that affect photosynthetic performance, balance and hydraulic safety and leaf economy (stomatal density, stomata size, venation density, dry matter content, leaf thickness, area specific leaf and estimated leaf area) of the 14 most abundant species of the reserve. We tested models including hydrological conditions and soil fertility as resource gradients and the mortality rate of trees as a proxy for the intensity of disturbance. Our results show that: 1) there is a functional differentiation between the hydrological environments, and in the plateaus conservative strategies are selected while in the bottomlands acquisitive strategies are favoured, 2) hydrological environments are the main filter of the functional composition 3) in the bottomlands there is a greater functional divergence of all the characteristics, while in the lowlands functional convergence and 4) the intensity of disturbance can generate both convergence and functional divergence. This means that the functional characteristics are selected mainly by the hydrological conditions of the soil, the disturbances can lead to convergence when its intensity is low and the divergence, when it increases the spatial and temporal heterogeneity of resources. Also, the variability of all the characteristics is greater in the lowlands, since the environmental heterogeneity existing in these places and the plateaus tend to have greater internal convergence due to the low dynamism and the spatial and temporal availability of resources. Thus, convergence is associated with responses to abiotic filters as the ecological theory of communities addresses, but contrary to what is predicted for processes that generate divergence, abiotic disturbances can also generate functional divergence.
Resumo: A abordagem funcional nos permite entender como o ambiente seleciona as características das espécies que formam as comunidades e, portanto, como as comunidades poderão ser modificadas em função de novas condições, como as induzidas por mudanças climáticas. Duas forças podem estruturar funcionalmente uma comunidade: a convergência, que promove similaridade das características funcionais, e a divergência, que leva à variabilidade. Teoricamente, espera-se que os filtros ambientais causem convergência, por selecionarem características adequadas para a ocupação de cada ambiente. Por outro lado, espera-se que interações bióticas e distúrbios promovam divergência funcional, por aumentarem a heterogeneidade ambiental, selecionando espécies com múltiplas estratégias funcionais. Tendo como modelo as palmeiras (Arecaceae), uma forma de vida abundante e diversa na Amazônia, analisamos quais fatores ambientais são responsáveis por gerar convergência e divergência funcional nas comunidades locais. Esse estudo foi desenvolvido na Reserva Florestal Adolpho Ducke, onde foram medidas sete características funcionais que afetam o desempenho fotossintético, balanço e segurança hidráulica e economia foliar (densidade estomática, tamanho dos estômatos, densidade de venação, conteúdo da matéria seca, espessura das folhas, área foliar específica e área estimada da lâmina) das 14 espécies mais abundantes da reserva. Foram testados modelos incluindo as condições hidrológicas e fertilidade do solo como gradientes de recurso e a taxa de mortalidade de árvores como um indicativo para a intensidade de distúrbio. Nossos resultados mostram que: 1) há diferenciação funcional entre os ambientes hidrológicos, sendo que nos platôs são selecionadas estratégias conservativas e nos baixios aquisitivas, 2) os ambientes hidrológicos são o principal filtro da composição funcional 3) nos baixios existe maior divergência funcional de todas as características, enquanto que nos platôs convergência funcional e 4) a intensidade de distúrbio pode gerar tanto convergência quanto divergência funcional. Isso significa que, as características funcionais são selecionadas principalmente pelas condições hidrológicas do solo, sendo os distúrbios podem levar à convergência quando a sua intensidade for baixa e à divergência, quando aumenta a heterogeneidade espacial e temporal de recursos,. Ainda, a variabilidade de todas as características é maior nos baixios, pois a heterogeneidade ambiental existente nesses locais e os platôs tendem a ter maior convergência interna devido ao baixo dinamismo e disponibilidade espacial e temporal de recursos. Sendo assim, a convergência está associada com respostas aos filtros abióticos conforme a teoria ecológica de comunidades aborda, mas contrário do que prediz quanto aos processos que geram divergência, os distúrbios abióticos também podem gerar divergência funcional.
Aparece nas coleções:Mestrado - BOT

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO.pdf2,24 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons