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Título: A fauna de abelhas Euglossinae (Apidae, Hymenoptera) em florestas contínuas de terra firme na Amazônia Central
Autor: Oliveira, Marcio Luiz de
Orientador: Campos, Lúcio Antonio de Oliveira
Data do documento: 1994
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Programa: Entomologia
Resumo: A fauna de abelhas Euglossinae de duas áreas de floresta contínua de terra firme, próximas a Manaus, foi estudada. As coletas foram realizadas quinzenalmente, durante um ano, utilizando-se armadilhas contendo oito tipos de iscas odoríferas e colocadas nos sub-bosques e nas copas. A riqueza de espécies foi superior à encontrada em trabalhos anteriores realizados no Brasil. Por outro lado, esta riqueza também se assemelha à de outras florestas na região Neotropical. A riqueza de espécies e a abundância foram maiores em uma das áreas, ao passo que a diversidade foi maior na outra, sendo que a diversidade foi significativamente diferente entre as duas áreas estudadas. A similaridade entre as duas áreas foi baixa, apesar da semelhança em termos de vegetação. Algumas espécies de Euglossinae apresentam-se com uma estratifiração vertical na floresta bastante definida. As faunas do sub-bosques das duas áreas são mais semelhantes entre si do que as das copas, ou mesmo quando comparamos copa e sub-bosque de uma mesma área. Algumas abelhas mostraram-se especialistas, ao passo que outras foram generalistas nas suas preferâncias por iscas de cheiro. As substâncias mais atrativas foram cineol, vanilina e salicilato de metila, sendo que em termos gerais, cineol atraiu maior número de indivíduos e salicilato de metila atraiu maior número de espécies. Dentre as três espécies mais abundantes Euglossa stilbonota dividiu sua preferência entre cineol e outras iscas no mês de junho, ocasião em que foi mais rara. As outras duas espécies, E. chalybeata e E. augaspis mudaram suas preferências durante grande parte do ano. A maioria das espécies e dos indivíduos esteve mais ativa no início da estação úmida. Dentre as três espécies mais abundantes contudo, Eq. augaspis foi bastante ativa durante a estação seca, o que a caracteriza como uma espécie bastante tolerante às variações climáticas. Eq. chalyboata teve um comportamento diferente nas duas áreas ao longo do ano, mas que corresponde ao padrão geral quando consideradas todas as espécies. A sazonalidade de um modo geral foi diferente para as duas áreas a estudadas e também entre as três espécies mais abundantes. Nos meses em que ocorreu maior número de indivíduos também ocorreu maior número de espécies. O horário de atividade dos Euglossinae ficou compreendido entre 9 e 16 horas, com temperaturas entre 25 e 26,5° C , para as duas áreas. Na área 1501, um maior número de espécies foi mais ativa na parte da tarde, o ano inteiro. Apesar disso, as diferenças nas abundâncias não foram significativas para as duas áreas, nem mesmo para as três especies mais comuns. Entretanto, o horário de atividade foi significativamente diferente entre estas três espécies. Nos horários em que houve maior número de indivíduos também houve maior número de espécies. Muitos autores afirmam que os Euglossinae estão mais ativos no período da manhã, os resultados aqui obtidos mostram que existe grande atividade também à tarde.
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