Dissertação

Fontes autotróficas de energia para Paracheirodon axelrodi (Osteichthyes, Characidae) na Bacia do Médio Rio Negro

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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

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As contribuições relativas da energia de diferentes fontes autotróficas (folhas das árvores/arbustos do igapó, folhas das árvores/arbustos dos campos interfluviais, herbáceas aquáticas, perifiton) foram investigadas para o peixe Paracheirodon axelrodi (Characidae) em habitats diferentes (igarapé, igapó, e campo interfluvial) durante um ciclo hidrológico na bacia do médio Rio Negro. O método dos isótopos estáveis de carbono (delta13C) foi utilizado para traçar o carbono orgânico entre as plantas e o cardinal, e o método dos isótopos estáveis de nitrogênio (delta15N) foi utilizado para indicar o nível trófico do cardinal, em relação às plantas na base da rede alimentar. Também, análises de conteúdo estomacal foram feitas para determinar a dieta do cardinal. Os valores médios de delta15N das plantas variaram entre 2,49 % para as folhas do igapó e 7,22 % para as herbáceas aquáticas, com uma média de 4,52 % para todos os grupos de plantas. Os valores de delta15N dos cardinais variaram entre 7,48 e 10,85 %, com uma média de 8,65 %. Considerando um fator de fracionamento trófico de 3,0 %, o cardinal estaria ~ 1,5 níveis tróficos acima das plantas, ou no nível dos onívoros. Os valores médios de delta13C das folhas das árvores/arbustos do igapó, folhas das árvores/arbustos dos campos interfluviais, herbáceas aquáticas, e perifiton foram -30,42; -31,06; -36,22 e -38,73 %, respectivamente. Os valores de delta13C dos cardinais variaram entre -29,40 e -36,52 % com uma média de -32,78 %. Um "two end mixing model" (modelo de mistura de duas fontes) foi utilizado para determinar a contribuição de perifiton para o cardinal. As duas fontes foram as folhas do igapó (-30,42 %0) e perifiton (­38,73 0/00), e considerando um fracionamento trófico de 1,5 % para o cardinal (baseado nos resultados de delta15N), a contribuição média do perifiton foi 28,40 %. Este resultado indica que, em média a floresta foi a principal fonte de carbono para os cardinais. Embora, a contribuição do perifiton para o carbono do cardinal tenha variado sazonalmente, aumentando consistentemente durante o ano entre março (no final da seca) e novembro (na vazante). Em março, o valor médio foi 19,49 %, e em novembro o valor médio foi 41,16 %, que sugere que a alta produção de perifiton durante a cheia nos campos interfluviais pode ser uma fonte de energia importante para a cadeia trófica do cardinal. As análises de conteúdo estomacal mostraram que o cardinal se alimenta predominantemente de microcrustáceos e larvas de inseto, porém, durante a vazante as algas se tomaram um recurso alimentar mais presente em sua dieta. Isso possivelmente demonstra evidência de seletividade dos cardinais para algas durante este período.

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