Dissertação
Dinâmica de Comunidades Arbóreas em Áreas Expostas ao Desmatamento na Amazônia Brasileira
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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Resumo
A Bacia Amazônica exerce uma forte influência no ciclo global do Carbono, armazenando
milhões de toneladas desse elemento em um número relativamente pequeno de espécies
arbóreas consideradas "hiperdominantes". Contudo, este estoque de Carbono está sob ameaça
devido ao desmatamento e fragmentação das florestas. Árvores em bordas florestais
enfrentam diversos efeitos físicos e bióticos que podem impactar a sobrevivência e o
crescimento das plantas. Este estudo investigou a ocorrência de espécies arbóreas
hiperdominantes na Amazônia brasileira entre 1988 e 2021, visando avaliar como os efeitos
de borda afetaram a mortalidade das árvores e o armazenamento de Carbono. Utilizando
dados de parcelas permanentes e herbários, identificamos que 22% das árvores foram
registradas em áreas que hoje já foram desmatadas, 35% a uma distância de até 1 km da
borda da floresta e 43% em áreas de floresta contínua. Na escala local, na região central da
Amazônia, o monitoramento ao longo de 30 anos revelou que os fragmentos florestais
apresentaram o dobro da taxa de mortalidade em comparação com as florestas contínuas,
devido aos efeitos de borda. Embora as árvores nos fragmentos florestais tenham inicialmente
demonstrado um crescimento mais rápido, esse padrão diminuiu ao longo do tempo,
resultando em uma perda significativa de Carbono, principalmente devido à mortalidade das
árvores. Os efeitos de borda conduziram a declínios anuais na biomassa dos remanescentes
florestais, indicando que mesmo as espécies hiperdominantes são suscetíveis a perturbações
que levam à degradação e perda de áreas florestais. Portanto, a conservação das florestas
amazônicas demanda uma abordagem que considere os efeitos das perturbações locais nos
estoques de Carbono da região.
Abstract:
The Amazon basin strongly influences the global carbon cycle, storing billions of tonnes
of carbon in a relatively small number of ‘hyperdominant’ tree species. However, the
Amazon carbon stock is threatened. Forests are being cleared and fragmented, with trees
near forest margins subjected to various physical and biotic edge effects that can alter
plant survival and growth. We investigated the occurrence of hyperdominant tree species
in the Brazilian Amazon between 1988 and 2021, to assess how edge effects influence
tree mortality and carbon storage. Using plot and herbaria data, we found 22% of tree
occurrence records in deforested areas, 35% within 1 km of the forest edge, and 43% in
continuous forest. At the local scale in central Amazonia, tree monitoring data over 30
years also showed that forest fragments had twice the mortality rate of continuous forests
due to edge effects. Although trees in fragments had higher initial growth, this pattern
declined over the years and eventually resulted in significant carbon loss, mainly from
tree mortality. Edge effects have led to annual declines in the biomass of forest remnants,
suggesting that hyperdominant species are also susceptible to disturbances that lead to
degradation and forest losses. Conservation of the Amazon forests requires an approach
that considers the effects of local disturbances on carbon stocks in the region.
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