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Águas da Amazônia: natureza e desafios contemporâneos
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Editora INPA
Resumo
O material que constitui esse livro foi composto a partir da experiência
construída no contexto de um evento conjunto realizado pelo Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o ). Instituto Soka – Pesquisas
e Estudos Ambientais da Amazônia (Instituto Soka Amazônia). Trata-
se de uma coletânea interdisciplinar de textos inéditos, derivados das
apresentações realizadas nos anos de 2016 a 2020 no Seminário Águas da
Amazônia. A linha que conduz os conteúdos está centrada na necessidade
de conhecer para preservar os recursos naturais fazendo uso racional
e sustentável deles.
Existe a consciência clara dos grupos de trabalho aqui representados
que a Amazônia merece atenção, em especial quanto a seus Recursos Hídricos.
O potencial é tremendo, pois se trata de uma das maiores reservas
de água doce do mundo. Recurso que deve ser protegido e gerido com
grande responsabilidade.
Encontra-se aqui um conjunto muito variado de contribuições que
recobrem uma diversidade de temas, todos eles articulados e de importância
para o entendimento da região e suas águas. O conteúdo está estruturado
em quatro partes.
A primeira parte traz alguns temas centrais na discussão dos Recursos
Hídricos. Inicia com a exposição sobre a origem da Bacia amazônica, seus
aspectos Físicos, considerações Limnológicas, aborda a Bacia Hidrográfica
do Rio Araguaia-Tocantins e finaliza com resultados instigantes de
uma pesquisa sobre as águas e as algas do rio Negro em dois municípios
do estado do Amazonas, na Amazônia central.
A segunda parte apresenta dois textos voltados ao sistema ripário e
águas subterrâneas. O primeiro, de forma muito qualificada, apresenta
tecnicamente as reais potencialidades das águas subterrâneas da Amazônia,
quanto ao dimensionamento de suas reservas de valor alimentar
e terapêutico enquanto águas com diversas composições minerais. O
segundo apresenta uma experiência de investigação sobre o importante
ecossistema ripário e sua função protetora das águas.
A terceira parte nos traz um conjunto de contribuições de peso em
temas polêmicos ligados à gestão das águas amazônicas. A sessão abriga
inicialmente um texto sobre uma nova abordagem para a classificação
dos rios e igarapés da Bacia amazônica, que nos incita à reflexão e ação
para conhecer, entender e formular políticas relevantes para a região; e
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dois outros textos sobre os desafios da gestão, seus impasses e contradições.
O primeiro focado nas condições dos rios da Bacia Hidrográfica
do Amazonas; e o segundo refletindo sobre as condições da Bacia do rio
Negro. Fica claro que na Amazônia temos condições ambientais e tipos
e composições de água que não se adéquam as políticas públicas e parâmetros
vigentes no Brasil, demandando mais estudos e adaptação técnica
para sua avaliação. A descrição apurada das condições naturais e dos
limites das políticas públicas ficam no centro dessa discussão. Um último
texto dessa sessão apresenta e problematiza dados de qualidade da água
nas cidades brasileiras, ampliando o foco para o território nacional.
Finalmente a quarta parte apresenta diversos estudos de caráter interdisciplinar
e transversal em articulação com o grande tema dos Recursos
Hídricos. O projeto de Tecnologia Social, Tons da Terra: A Tinta Ecológica
e de Baixo Custo à Base de Solos da Amazônia, associa conhecimento
científico (química dos solos) com o saber fazer prático e mostra como o
aproveitamento de recursos naturais é possível e viável em nossa região,
pela utilização racional de um insumo completamente acessível, como é
o caso do solo. O texto sobre Trabalho e Tecnologias Sociais nas Práticas
Socioculturais das Mulheres Ribeirinhas em Caapiranga, explora diversos
elementos socioculturais presentes entre populações tradicionais da região,
os quais precisam ser reconhecidos para que se entendam as lógicas
da relação entre o homem e o meio natural na Amazônia. Na sequência
apresentamos a curiosa questão dos rios voadores, fortemente ligados ao
papel da floresta amazônica, de importância nacional e mundial, para a
manutenção dos regimes de chuvas e abastecimento de águas mesmo em
regiões remotas a partir de uma experiência de Educação ambiental. Por
último um texto que nos traz uma análise da Política Pública da Água,
tomando como referência o exemplo da pesquisa-ação sobre ocupações
irregulares em áreas protegidas na Bacia Hidrográfica do Reservatório do
Guarapiranga em São Paulo.
Em síntese, nessa obra se procura colocar o tema dos recursos hídricos
em foco abordando-o a partir de suas diversas dimensões e intersecções:
história geológica, físico-química das águas, dinâmica das águas, relações
com a biota aquática, impactos antrópicos, potenciais produtivos a partir
do uso sustentável da água e solo, gestão hídrica, metodologias classificatórias,
avaliação da qualidade da água, saberes comunitários associados
e políticas públicas. Essa amplidão de dimensões nos indica a complexidade
de elementos existentes e a necessária articulação entre eles, a partir
da qual a questão dos recursos hídricos na região amazônica precisa ser
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pensada e gerida. Esperamos com isso contribuir com a área de estudos
aportando informações relevantes e atuais.
A leitura desse material se recomenda a todos que desejam conhecer
mais, e se apropriar de contribuições científicas bem fundamentadas e
consolidadas, sobre a região amazônica e seus recursos hídricos. Em especial
a estudantes de vários níveis de formação e pesquisadores atuantes
na temática dos Recursos Hídricos da Amazônia.
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