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Inventário florístico e fisionômico da Amazônia: Tendência de amostragem nos herbários e potencial do sensoriamento remoto.
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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Resumo
Foram feitas duas abordagens fitogeográficas Amazônia, uma florística e a outra
fisionômica. A abordagem florística consistiu no mapeamento da distribuição geográfica do
esforço de coleta de exsicatas para herbários, para toda a região da Amazônia brasileira. A
abordagem fisionômica consistiu no mapeamento de certos tipos de vegetação, utilizando
imagens obtidas por um sensor remoto óptico, cobrindo toda a extensão de floresta da
Amazônia brasileira. Quanto aos herbários, foi demonstrado que: 1) a amostragem florística
da Amazônia esteve geograficamente tendenciosa; 2) padrões geográficas de diversidade e
de endemismo (propostos por outros autores) são, em parte, artefatos de amostragem, devido a esta tendenciosidade geográfica e, também, ao fato de a maioria das espécies amazônicas serem localmente raras; e 3) as evidências botânicas para a teoria de refúgios são, em parte, artefatos de amostragem. Como resultado do estudo fisionômico, foram confeccionados os primeiros mapas da extensão de floresta de bambu (92.000 km²) e de florestas perturbadas por ventos fortes (330 feições, totalizando 900 km² ) na Amazônia brasileira. Foram quantificados, ainda, outros tipos de perturbação ou mudança natural: mortalidade sincrônica de bambus em ciclos de 26 a 29 anos; campos de dunas recentemente ativas (1.500 km²); subclímax de fogo na serra Parima (600 km²); penetração de queimadas em floresta densa, em ano El Niño (> 500 km²); penetração de queimadas em floresta de transição, no Mato Grosso (> 1068 km²); e áreas de mortalidade por alagamento anômalo de terra firme, próximo de Manaus. Os mapas obtidos na abordagem fisionômica, utilizando imagens de satélite, demonstraram que o sensoriamento remoto constitui uma ferramenta válida para aquisição de um conjunto amostral não tendencioso, em ambientes extensos, inacessíveis e heterogêneos, como a Amazônia. Se concluiu, ainda, que a floresta amazônica é espectralmente dinâmica, sofrendo perturbações e mudanças em diferentes escalas de espaço e tempo. Este dinamismo natural constitui um "ruído" que poderá ofuscar o "sinal" de mudanças antrópicas sutis, muito procuradas pela comunidade científica, como, por exemplo, o aumento da deciduidade da floresta devido à diminuição de chuvas, ou a aceleração das taxas de produtividade e "turnover" de parcelas permanentes, devido ao incremento de gases-estufa.
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