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Genética populacional de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) de diferentes regiões do Brasil, com marcadores microssatélites e mitocondrial

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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

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Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) é o principal vetor da febre amarela urbana, quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV1-4), chikungunya (CHKYV) e Zika (ZIKV) e é considerado um dos mais importantes mosquitos vetores. Com exceção da febre amarela, até a presente data, não há vacina disponível contra os CHKYV e ZIKV e, até mesmo a vacina contra a dengue ainda não provou ser eficaz contra os quatro sorotipos; portanto, a ferramenta mais importante para o controle dessas doenças é o combate do principal vetor, Ae. aegypti. No Brasil, Ae. aegypti está presente em todos os estados e apesar dos programas regulares de controle, sua densidade permanece alta e não tem sido possível impedir surtos de dengue em muitos centros urbanos. Neste estudo, a variabilidade genética e genética populacional foram avaliadas a partir de amostras de Ae. aegypti para entender sua estrutura genética e fluxo gênico entre 15 populações brasileiras desse vetor, com o emprego de 12 locos microssatélites e DNA mitocondrial (COI – região do DNA Barcode). Os marcadores microssatélites revelaram uma estrutura genética significante entre todas as localidades estudadas, evidenciando uma acentuada divergência genética entre Macapá e as demais localidades. A distância genética (valores pareados de FST) e a análise de variância molecular (AMOVA) foram estatisticamente significantes, independente das distâncias geográficas entre os locais analisados, indicando à presença de um processo dinâmico complexo que influencia os níveis de fluxo gênico dentro e entre diferentes regiões do Brasil. A análise Bayesiana realizada no programa Structure recuperou dois grandes grupos genéticos, assim como revelou a presença de uma sub-estruturação genética dentro de cada grupo. A análise de sequências de DNA Barcode corroborou a existência de duas linhagens genéticas principais de Ae. aegypti circulando no país. Apesar disso, a análise do Bayesian Analysis of Population Structure (BAPS) recuperou a presença de cinco grupos genéticos no Brasil, que foram quase semelhantes aos agrupamentos recuperados no Structure com dados microssatélites, exceto para os agrupamentos de Taubaté e Macapá. Essas diferenças na estrutura genética das populações podem afetar a competência vetorial de Ae. aegypti em transmitir os DENV, CHKYV, ZIKV e outras arboviroses e também sua resposta aos programas de controle com métodos genéticos direcionados para suprimir ou modificar geneticamente as populações de vetores com o objetivo de reduzir suas competências em transmitir patógenos.

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