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Formas de transporte do carbono orgânico em três igarapés na reserva biológica do Cuieiras/Am
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As florestas tropicais constituem um importante sistema de controle global do clima, com um
importante e bem reconhecido papel na estocagem de carbono. Porém, pouco se sabe sobre a importância dos corpos de água na ciclagem regional e global de carbono (Krusche et al. 2005, Neill et al. 2006). Richey et al. (2002) estimaram que a liberação de CO2 nos rios da Amazônia Central é de 1,2+ 0,3 Mg C ha-1y-1. Entretanto, pouco é conhecido sobre o acúmulo de CO2 nos igarapés de primeira ordem, os quais constituem o elo mais direto entreos sistemas terrestre e aquático (Krusche et al. 2005).
Qualquer material orgânico que entre no leito dos igarapés ou rios sob florestas que inclua folhas, flores, frutos, ramos, galhos, troncos e outros resíduos não decompostos ou em viasde decomposição depositados sobre o solo é denominado genericamente liteira (Vieira,1988). A liteira depositada em ambientes aquáticos, nas florestas tropicais, chega de diversas formas, mas principalmente pelo fluxo lateral (através do vento ou arrastado pela chuva) e a entrada desses materiais para os rios está diretamente relacionada a características como tipo de solo, geomorfologia e padrões de precipitação (Pozo et al. 1997, Elosegi & Pozo 2005). Todo tipo de matéria orgânica pode ser considerado como carbono orgânico particulado (COP) ou dissolvido (COD). Esse carbono orgânico pode ser utilizado por microrganismos como fonte de energia e nutrientes, pode ser transportado ou estocado; a sua saída do sistema ocorre primariamente pelo transporte da matéria orgânica dissolvida (MOD) e matéria orgânica particulada (MOP). Este estudo buscou quantificar o carbono orgânico carreado do ambiente terrestre para o ambiente aquático, avaliando o aporte e estoque do carbono orgânico particulado, e o transporte do carbono orgânico dissolvido em três igarapés de primeira ordem localizados na Reserva Biológica do Cuieiras, Amazônia central.
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