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Curvas de maturação e características nutricionais do camu-camu Myrciaria dubia (H.B.K.) Mc Vaugh cultivado em terra firme na Amazônia Central Brasileira
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Universidade Estadual de Campinas
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A Amazônia detém grande número de espécies frutíferas exóticas em estado silvestre, com pequena parte explorada de forma extrativa ou em agricultura de subsistência. Dentre estas destaca-se o do camu-camu Myrciaria dubia (h.B.K.) Mc Vaugh, de ocorrência silvestre em áreas sujeitas à inundação periódica, cuja domesticação foi iniciada recentemente. Visando contribuir para o conhecimento do potencial alimentar próprio da Amazônia, trabalhou-se com camu-camu cultivado em terra firme para: acompanhar as mudanças nas características físicas, físico-químicas, químicas e fisiológicas durante a maturação; estabelecer curvas de maturação para predizer o período ideal de colheita; avaliar a importância nutricional do fruto. Camu-camu procedente de plantas em adaptação às condições edafo-climáticas da terra firme, mantidas na Estação Experimental de Fruticultura Tropical do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, em solo Podzólico Vermelho Amarelo, Textura Argilosa, sob clima equatorial úmido da Amazônia Central Brasileira, foram colhidos aos 56, 71, 85, 95, 104 e 113 dias após a antese e avaliados quanto as características físicas, físico-químicas, químicas e fisiológicas. A análise de variância (teste F a nível de 1% de probabilidade) mostrou que o estádio de maturação apresentou efeito altamente significativo sobre as características do fruto. O peso do fruto apresentou curva sigmóide simples. O peso do endocarpo acompanhou o padrão apresentado pelo fruto inteiro, o das sementes aumentou em taxas bem inferiores em relação ao endocarpo e o da casca (epicarpo + mesocarpo) atingiu o máximo aos 95 dias, decrescendo nos estádios subseqüentes. Carotenóides totais, protopectina, extrato etéreo, proteína e sólidos insolúveis em álcool decresceram. Compostos fenólicos e CO 2 decresceram, porém, aumentaram aos 104 e 113 dias após a antese. Sólidos solúveis, acidez titulável, pH, relação Brix/acidez açúcares redutores totais, glicose, frutose, pectina solúvel, antocianinas totais e vitamina C aumentaram com a maturação. Pectina total e amido aumentaram atingindo o máximo aos 85 e 95 dias, respectivamente, mas decrescendo nos estádios subseqüentes. Açúcares não redutores mostraram valores mínimos aos 56, 95, 104 e 113 dias e teores não detectáveis nos demais. Os minerais decresceram atingindo valores mínimos entre 85 e 95 dias, porém, elevando-se nos estádios subseqüentes, exceto o magnésio e nitrogênio, que continuaram a decrescer até aos 113 dias após a antese. Do ponto de vista nutricional, os estádios de maturação de 104 e 113 após a antese, considerados como sensorialmente aceitáveis, demonstraram que: o camu-camu mostrou-se como fonte insignificante de lipídios, carotenóides, proteína, energia (Kcal), macro e micro minerais. Porém, destacou-se como excelente fonte de vitamina C, com total equivalente a 2,1 a 3,1 g/100g de polpa integral. A maior porção do fruto foi o endocarpo, que, acrescido da casca (mesocarpo + epicarpo), que também é comestível, proporcionou alto rendimento em polpa (pericarpo). As características de alta suculência, acidez elevada, sabor acentuado e residual, odor pronunciado e forte coloração vermelho-púrpura indicaram sua adequação ao consumo na forma de sucos. Os dados confirmaram o valor nutricional, sensorial e tecnológico do camu-camu e permitem indicar a sua utilização, sobretudo nas áreas de ocorrência silvestre, e/ou, onde a adptação e comercialização forem viáveis.
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