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Distribuição espacial de padrões de tonalidades de água preta no município de São Gabriel da Cachoeira - AM
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Resumo
O estudo dos rios amazônicos remonta ao início da Limnologia no Brasil, na época das grandes
expedições, financiadas por governos europeus, entre os séculos XVII e XIX. Entre essas
expedições, as mais famosas foram as de Pedro Teixeira, que subiu o rio Amazonas no período de
1637 a 1638, entre Belém e Iquitos (Peru), a de Alexander von Hulboldt (1799 a 1804) e aquela
comandada por Carl Friederich von Martius e Johann Baptist von Spix (1817 a 1820) (Sioli, 1984).
Infelizmente, ainda pouco se sabe sobre muitos dos rios da região Amazônica, essa carência de
informações foi destacada recentemente por Cunha & Pascoaloto (2006), que mencionaram a
dificuldade de reunir informações sobre a hidroquímica de rios amazônicos, mesmo em relação aos
principais afluentes do “rio-mar”, tão estudados na disciplina de geografia em todo o Brasil.
É importante enfatizar que, quando se trata de Amazônia (região que detêm 70% da água doce
disponível no Brasil, sendo o rio Amazonas responsável por quase 20% da água doce global
despejada anualmente nos oceanos), tudo deve ser visto com outro olhar, pois a ordem de
grandeza sempre é diferente daquela de outras regiões do país. O rio Amazonas (o “rio-mar”)
recebe mais de 1000 (mil) afluentes, possui, em média, 5 km de largura e pode alcançar mais de
100 metros de profundidade. O rio Negro, o principal afluente do sistema Solimões/Amazonas e um
dos maiores rios do mundo, chega a 24km de largura e a 120 m de profundidade. Apesar disso, a
bacia hidrográfica amazônica é a bacia brasileira sobre a qual se tem menos informações sobre as
características e qualidade de suas águas, o que se deve, segundo Cunha & Pascoaloto (2006),
principalmente, à suas dimensão e complexidade.
O Amazonas é o único estado brasileiro com municípios drenados pelo rio Negro, que entra no país
no município de São Gabriel da Cachoeira e percorre mais de 1.000 km até sua foz, no município
de Manaus. Entretanto pouco, ou quase nada, se sabe sobre a mudança da qualidade da água
nesse rio entre os dois municípios acima citados.
A coleta de informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais, propriedades,
animais e plantas sempre foi uma parte importante das atividades das sociedades organizadas. Até
recentemente, no entanto, isto era feito apenas em documentos e mapas em papel; isto impedia
uma análise que combinasse diversos mapas e dados. Com o desenvolvimento simultâneo, na
segunda metade deste século, da tecnologia de Informática, tornou-se possível armazenar e
representar tais informações em ambiente computacional, abrindo espaço para o aparecimento do
Geoprocessamento (INPE, 2004; Câmara, 2005). A análise entre a qualidade da água dos recursos
hídricos será mais bem compreendida utilizando-se as técnicas de sensoriamento remoto,
principalmente devido à dimensão da região amazônica associada à dificuldade de acesso. Nesse
contexto, o termo geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas
matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem
influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais,
Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. As ferramentas
computacionais para Geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Geográfica (GIS),
permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de
dados geo-referenciados, tornando ainda possível automatizar a produção de documentos
cartográficos (INPE, 2004; BY, 2004; Câmara, 2005).
Os resultados obtidos com a presente proposta, associados a outros estudos incluídos no projeto
principal, permitirão verificar a existência de uma nova tonalidade para as águas dos rios da
Amazônia.
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