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Título: Dinâmica de ocorrência de Aedes aegypti e Aedes albopictus em residências urbanas de Manaus, Brasil
Autor: Torres, Samael David Padilla
Orientador: Abad-franch, Fernando
Coorientador: Oliveira, Gonçalo Nuno Côrte-real Ferraz de
Palavras-chave: Ecologia de populações de mosquitos
Aedes albopictus
Aedes aegypti
Data do documento: 31-Mai-2012
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Ecologia
Abstract: Aedes aegypti and Ae. albopictus are the vectors of dengue, the most important arboviral disease of humans. Dengue prevention heavily relies upon vector control, and this requires detailed knowledge of the population ecology of these species. Yet, all reports on Aedes ecology published to date assume that the vectors are truly absent from sites where they are not detected; since no perfect detection method exists, this assumption is questionable. Imperfect detection may bias estimates of key vector surveillance/control parameters, including site-occupancy (infestation) rates and control intervention effects. Here, we used a modeling approach that explicitly accounts for imperfect detection to model the effects of regular (municipal) Aedes control interventions on site-occupancy dynamics. The data, collected in partnership with the Leônidas and Marie Deane Institute, encompass 38 months of vector monitoring at 55 sites in the Tancredo Neves neighborhood, Manaus. Meteorological and dwelling-level covariates were also considered. Ae. aegypti siteoccupancy was estimated as ~0.9, one order of magnitude higher than the house infestation index reported by routine surveillance (based on rapid larval surveys ) and moderately higher than ascertained with simple oviposition traps (~0.7). Regular vector control interventions, based on breeding-site destruction, had small negative effects, indistinguishable from zero, on the probabilities of dwelling infestation by dengue vectors. Site-occupancy fluctuated seasonally, mainly due to the negative effects of high temperatures in June-September. Rainfall and dwelling-level covariates were poor predictors of infestation. Our results show that regular dengue vector surveillance/control municipal systems perform surprisingly poorly. Both the results of rapid larval surveys and the ineffectiveness of control campaigns suggest that Aedes breeding sites are often overlooked by vector control agents. Better alternatives are urgently needed, particularly for the reliable assessment of infestation rates in the context of control program management. The approach we present here, combining oviposition traps and site-occupancy models, could greatly contribute to the development and testing of such alternatives.
Resumo: Aedes aegypti e Ae. albopictus são os vetores da dengue; ambos estão adaptados a ambientes antropizados e encontram-se distribuídos pela faixa tropical-subtropical, constituindo um grave problema de saúde pública. Em ausência de tratamentos ou vacinas, a prevenção da dengue baseia-se no controle do vetor. Isto requer um conhecimento detalhado da ecologia populacional destas duas espécies. Porém, os estudos realizados até o presente pressupõem que estes vetores podem ser detectados de forma perfeita; esta suposição é, muito provavelmente, errada. Neste trabalho foram quantificados, usando uma abordagem que considera explicitamente a detecção imperfeita, os efeitos das intervenções de controle executadas pelas agências locais de saúde pública sobre a dinâmica de ocorrência dos vetores da dengue. Os dados incluíram 38 meses de monitoramento entomológico, executado em parceria com o Instituto Leônidas e Marie Deane desde o ano 2008, no bairro Tancredo Neves da cidade de Manaus. Covariáveis meteorológicas e relativas às residências também foram consideradas. As estimativas da infestação domiciliar por Ae. aegypti (~0.9) superaram em uma ordem de grandeza o índice de infestação predial reportado pelo sistema de vigilância de rotina; o monitoramento com ovitrampas foi mais confiável (infestação domiciliar observada ~0.7). As probabilidades de ocorrência dos vetores flutuaram sazonalmente, principalmente devido aos efeitos negativos das altas temperaturas entre junho e setembro. As intervenções de controle coordenadas pela Prefeitura somente tiveram um pequeno efeito negativo, não distinguível de zero, sobre as taxas de infestação domiciliar por vetores de dengue. Os resultados mostraram que tanto a vigilância entomológica de rotina quanto os sistemas de controle de vetores da dengue devem ser melhorados. A gestão dos programas de controle vetorial precisa de alternativas mais efetivas, incluindo métodos que permitam uma avaliação fiável das taxas de infestação domiciliar. A abordagem utilizada neste trabalho, combinando ovitrampas com modelos que incorporam detecção imperfeita, poderia contribuir para o desenvolvimento de tais alternativas.
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