Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12338
Título: Posição filogenética de Lutzomyia derelicta Freitas & Barrett, 1999 (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae)
Autor: Alencar, Ronildo Baiatone
Orientador: Scarpassa, Vera Margarete
Coorientador: Barrett, Toby Vincent
Palavras-chave: Phlebotominae
Lutzomyia derelicta
Filogenia de insetos
Data do documento: 22-Mar-2012
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Entomologia
Abstract: The classification of the subfamily Phlebotominae has been going through several changes since the early twentieth century, and even with several studies employing old and new tools, including molecular markers, doubts still remain about the relationship and differences between their representantives. These differences reflect the lack of knowledge of the true evolutionary history of the sandflies. In parallel, the old and current classifications consider mostly only adult morphological data. However, is consensus among the authors on the importance of morphological data from all life stages. These conflicts demonstrate the need for new studies to provide hypotheses that can contribute to the phylogeny of this subfamily. In this respect, Lutzomyia derelicta represents a singular sandfly because the adult forms share characteristics common to species of the New and Old World. Thus, this study aimed to provide a phylogenetic analysis with the primary purpose of determining the phylogenetic position L. derelicta in Phlebotominae, using morphological and molecular data from immature (D2 region ribosomal DNA). In the morphological analysis were analyzed 40 taxa, two from the outgroup, and 47 external characters of eggs, larvae and pupae were numerically coded as binary and Multi-State, unordered and had equal weight. The array of characters was analyzed by the programs and Winclada NINTH, using heuristic search, TBR algorithm (tree- bisection-reconnection) with 1000 replicates and ACCTRAN optimization. Phylogenetic analysis with molecular markers was performed for 22 taxa, including outgroups, and inferred by maximum likelihood (ML) using the program Treefinder, with 1000 replicates under the evolutionary model GTR + I + G determined by the software jModelTest. As a result of the morphological phylogenetic analysis, a strict consensus tree was presented with CI = 0.5 and RI = 0.75. In this analysis, the monophyletic group formed by L. derelicta, L. maruaga and L. samueli appears in a polytomy with species of Phlebotomus and another monophyletic clade formed by other species of Lutzomyia and Sergentomyia. This result suggests that L. derelicta do not belong to the subtribe Sergentomyiina as proposed by Galati (1995). These results suggest that the morphological characters of immatures stages also represent important tools for inferring phylogenetic hypotheses. Since the molecular analysis, genetic distances indicated greater similarity between L. derelicta and other species of Lutzomyia and Sergentomyia than to species of the genus Phlebotomus. Molecular phylogeny indicated that L. derelicta, L. maruaga and Edentomyia piauiensis formed a monophyletic group within the same clade where were grouped the Old World species, including species of Sergentomyia. This finding supports the hypothesis of Freitas & Barrett (1999) that L. derelicta belong to a monophyletic group, whose ancestral is vicariant of the ancestor of a group of Old World sandflies.
Resumo: A classificação da subfamília Phlebotominae tem sofrido inúmeras alterações desde o início do século XX, e mesmo com vários estudos empregando antigas e novas ferramentas, incluindo marcadores moleculares, dúvidas e divergências ainda permanecem sobre o relacionamento entre os seus representantes. Estas divergências refletem a falta de conhecimento da verdadeira história evolutiva dos flebotomíneos. Paralelamente, as antigas e as atuais classificações consideram na maioria das vezes apenas dados morfológicos de adultos. Entretanto, é consenso entre os autores a importância de dados morfológicos de todos os estágios de vida. Estes conflitos demonstram a necessidade de novos estudos para fornecer hipóteses que possam contribuir para a filogenia desta subfamília. Nesse sentido, Lutzomyia derelicta representa um flebotomíneo singular, pois na forma adulta são encontradas características comuns as espécies do Novo e Velho Mundo. Desse modo, objetivou neste estudo apresentar uma análise filogenética com a principal finalidade de determinar a posição filogenética de L. derelicta em Phlebotominae, utilizando caracteres morfológicos de imaturos e dados moleculares (região D2 do DNA ribossomal). Na análise morfológica foram analisados 40 táxons, sendo dois do grupo externo, e 47 caracteres externos de ovos, larvas e pupas que foram codificados numericamente como binários e multiestados, não ordenados e tiveram o mesmo peso. A matriz de caracteres foi analisada pelos programas Winclada e NONA, utilizando busca heurística, algoritmo TBR (tree-bisection-reconnection), com 1000 réplicas e otimização ACCTRAN. A análise filogenética com marcador molecular foi realizada para 22 táxons, incluindo o grupo externo; e inferida por máxima verossimilhança (MV) utilizando o programa Treefinder, com 1000 réplicas, sob o modelo evolutivo GTR+G+I determinado pelo programa jModelTest. Como resultado da análise filogenética morfológica uma árvore de consenso estrito foi apresentada com IC=0,5 e IR=0,75. Nesta análise, o grupo monofilético formado por L. derelicta, L. maruaga e L. samueli aparece em politomia com as espécies de Phlebotomus e outro clado monofilético formado pelas demais espécies de Lutzomyia e Sergentomyia. Neste resultado, L. derelicta não pertence à subtribo Sergentomyiina como proposto por Galati (1995). Estes resultados sugerem que os caracteres morfológicos dos imaturos também representam importantes ferramentas para inferir hipóteses filogenéticas. Considerando as análises moleculares, as distâncias genéticas sugeriram maior semelhança entre L. derelicta e as demais espécies de Lutzomyia e de Sergentomyia do que com as espécies do gênero Phlebotomus. Na análise da filogenia molecular, as espécies L. derelicta, L. maruaga e Edentomyia piauiensis formaram um grupo monofilético inserido no mesmo clado onde foram agrupadas as espécies do Velho Mundo, incluindo a espécie de Sergentomyia. Este resultado apóia a hipótese de Freitas & Barrett (1999) de que L. derelicta pertence a grupo monofilético, cujo ancestral é vicariante do ancestral de um grupo de flebotomíneos do Velho Mundo.
Aparece nas coleções:Doutorado - ENT

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
tese_inpa.pdf22,79 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons