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Título: Taxonomia molecular dos complexos Anopheles oswaldoi (Peryassú, 1922) e Anopheles konderi Galvão & Damasceno (1942) (Diptera: Culicidae: Anophelinae) da Amazônia brasileira
Autor: Saraiva, José Ferreira
Orientador: Scarpassa, Vera Margarete
Coorientador: Souto, Raimundo Nonato Picanço
Palavras-chave: Anopheles Kondori
Anopheles Oswaldoi
Espécies Crípticas
Data do documento: 26-Mar-2015
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Entomologia
Abstract: The correct identification of Anopheles species is of fundamental importance for planning the control programs of malaria vectors. The lack of studies regarding the geographical distribution and the dynamics of each vector in the transmission of malaria, limits the full understanding of the transmission of this disease in the Brazilian Amazon. Anopheles oswaldoi and A. konderi constitute a species complex with geographical distribution in countries of South America, the first being incriminated as a vector of human malaria in Colombia and in some areas of the Brazilian Amazon. This study is aimed to identify molecular and evolutionary relationships of species of complex A. oswaldoi and A. konderi, with the use of two molecular markers, the DNA barcode region (COI gene) of the mitochondrial DNA and the Second Internal Spacer Transcript (ITS2) of ribosomal DNA. COI sequences (n = 83) and ITS2 (n = 27) were obtained from 18 sites of five states in the Brazilian Amazon: Acre (3), Amapá (7), Amazonas (5), Pará (1) and Rondônia (2). The consensus sequences of COI exhibited a length of 663 bp which generated 43 haplotypes and five species, represented by six networks which are not connected, whereas for ITS2 marker, ten genotypes were identified. ITS2 sequences varied in length from 441 bp to 511 bp between species. Anopheles oswaldoi B was the species with the highest number of mutations with four transversions, a transition and a deletion. The results suggest five species for the two complexes (A. oswaldoi ss., A. oswaldoi A, A. oswaldoi B, A. konderi and A. sp. nr. konderi). The values of intra-specific genetic distances were 0.007 to 0.014, whereas the interspecific genetic distances were 0.038 to 0.062. The separate and concatenated phylogenetic analyses were performed using respective algorithms and evolutionary models, such as the Neighbor Joining (NJ - K2P), Maximum Likelihood (ML - HKY) and Inference Bayesian (IB - HKY / GTR), which resulted in distinct topologies. Analyses of NJ and ML showed better resolutions, with two major clades and a more basal clade. One of the clades was represented by A. oswaldoi ss. and A. oswaldoi B, the other grouped A. konderi and A. sp. nr. konderi. The A. oswaldoi A formed a separate and basal clade. All clades and subclades had high bootstrap support values and posterior probability, and suggest reciprocal monophyly. The tree species recovered by IB with concatenated data in *BEAST grouped A. oswaldoi A and A. konderi as related clades, indicating paraphilia for the complex A. konderi. The phylogenetic analyses as well as the genetic distances values suggested the presence of probable genetic lineages, especially within A. oswaldoi A. The phylogenetic inferences suggested that the five species can be clustered into a single complex. The studies of infection and geographic distribution suggest that A. oswaldoi B can be the malaria vector in the northern Brazilian Amazon.
Resumo: A identificação correta das espécies de anofelinos é de fundamental importância para o planejamento dos programas de controle dos vetores de malária. A escassez de estudos sobre a distribuição geográfica e a dinâmica de cada vetor na transmissão da malária limita o completo entendimento da transmissão desta doença na Amazônia brasileira. As espécies Anopheles oswaldoi e A. konderi constituem complexos de espécies crípticas, com distribuição geográfica em países da América do Sul, sendo a primeira incriminada como vetor de malária humana na Colômbia e em algumas localidades da Amazônia brasileira. O presente estudo teve como objetivo identificar molecularmente e inferir as relações evolutivas das espécies dos complexos A. oswaldoi e A. konderi, com o emprego de dois marcadores moleculares, a região do DNA barcode (gene COI) do DNA mitocondrial e o segundo espaçador interno transcrito (ITS2) do DNA ribossomal. As sequências de COI (n=83) e de ITS2 (n=27) foram obtidas de 18 localidades procedentes de cinco Estados da Amazônia brasileira: Acre (3), Amapá (7), Amazonas (5), Pará (1) e Rondônia (2). As sequências consenso de COI apresentaram comprimento de 663 pb que geraram 43 haplótipos e seis redes não conectadas sugerindo cinco espécies distintas, enquanto para o ITS2 foram identificados dez genótipos. As sequências de ITS2 variaram em comprimento de 441 pb a 511 pb entre as espécies. Anopheles oswaldoi B foi à espécie que apresentou maior número de mutações, com quatro transversões, uma transição e uma deleção. Os valores médios de distâncias genéticas intraespecíficas variaram de 0,007 a 0,014 e as distâncias genéticas médias interespecíficas variaram de 0,038 a 0,062. As análises filogenéticas separadas e concatenadas usando os respectivos algoritmos e modelos evolutivos Neighbor Joining (NJ - K2P), Máxima Verossimilhança (MV - HKY) e Inferência Bayesiana (IB - HKY/GTR), resultaram em topologias com moderado a alto suporte para os clados. As análises de NJ e MV apresentaram melhores resoluções, com dois maiores clados e um clado mais basal. Um dos clados foi representado por A. oswaldoi s.s. e A. oswaldoi B, o outro agrupou A. konderi e A. sp. nr. konderi. A. oswaldoi A formou um clado separado e basal. Todos os clados e subclados tiveram elevado valores de suporte de bootstrap e probabilidade posterior e sugerem monofilia recíproca. A árvore de espécie por meio de IB no *BEAST agrupou A. oswaldoi A e A. konderi como clados relacionados, indicando parafilia do complexo A. konderi. Tanto as análises filogenéticas, quanto as distâncias genéticas sugeriram a presença de prováveis linhagens genéticas especialmente em A. oswaldoi A. As análises de inferências filogenéticas sugerem que as cinco espécies podem ser agrupadas em um mesmo complexo. Os estudos de distribuição geográfica associados com retrospecto de A. oswaldoi s.l. infectado sugerem que A. oswaldoi B pode ser o vetor de malária do complexo no extremo norte da região Amazônica brasileira.
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