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Título: Recurso polínico utilizado por abelhas sem ferrão (Apidae, Meliponinae) em um fragmento florestal urbano na Amazônia
Autor: Oliveira, Francisco Plácido Magalhães
Orientador: Absy, Maria Lúcia
Palavras-chave: Abelha sem ferrão
Fragmentos florestais
Pólen
Data do documento: 2003
Editor: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa: Botânica
Resumo: A pesquisa objetiva conhecer o padrão de coleta de recursos (pólen, néctar, resina e argila) e identificar as espécies de plantas utilizadas para coleta de pólen de Melipona seminigra merrillae Cockerell, Melipona fulva Lepeletier, Trigona fulviventris (Smith) e Cephalotrigona femorata Guérin, abelhas indígenas da Amazônia, na área verde do Campus da Universidade Federal do Amazonas, Manaus (AM) (3º4'34'' lat. S, 59º57'50'' long. W) que constitui um fragmento urbano de floresta com aproximadamente 594 hectares. O padrão de coleta dos recursos foi avaliado através de observação da entrada das campeiras com cargas de pólen, néctar resina ou argila no período das 6:00 as 18:00 horas por de 15 minutos em cada hora, nos meses de abril, junho, agosto e outubro de 2001, sendo um dia em cada mês. As amostras de pólen para análise polínica foram coletadas diretamente das corbículas das campeiras por ocasião da entrada do ninho, durante o período de março a outubro de 2001, duas vezes por semana. As abelhas coletaram pólen nas primeiras horas do dia com exceção para C. femorata que retronou com cargas somente a partir das 8:00 horas. A entrada de abelhas com néctar ocorreu com maior intensidade entre 7:00 e 10:00 horas com um grande número de coletas para M. fulva e T. fulviventris. A análise polínica determinou que 90 tipos polínicos foram coletados pelas abelhas, distribuídos em 31 famílias, 67 gêneros e 10 formas Tipo. O maior número de tipos polínicos foi registrado no mês de maio (39) e o menor em outubro (14). T. fulviventris foi a abelha que mais diversificou suas coletas de pólen, utilizando 58 fontes no período, e tendo no mês de maio o pico de coleta (21). Em ordem decrescente quanto ao tamanho do nicho polínico utilizado as abelhas ficaram assim distribuídas: T. fulviventris (58), M.s. merrillae (41), C. femorata (34) e M. fulva (25). Dos 90 tipos determinados, os que mais contribuíram para a dieta das abelhas, apresentando as maiores freqüências nas amostras de pólen foram Miconia myrianthera (12,91%), Leucaena leucocephala (9,52%), Tapirira guianensis (6,53%), Eugenia stipitata (6,22%), Protium heptaphyllum (6,17%) e Vismia guianensis (5,93%). As abelhas de modo geral concentraram suas coletas em um número reduzido de espécies vegetais e com um grau diferenciado de uso para cada uma das fontes. Tipos polínicos com freqüência acima de 10% ocorreram em pequena proporção na maioria dos meses, sendo responsáveis por mais de 50% do total do pólen coletado em cada mês. Na análise dos parâmetros de nicho polínico, a utilização das fontes de pólen variou conforme a espécie. T. fulviventris teve uma dieta mais ampla e diversificada, enquanto M. fulva foi a espécie de abelha que menos diversificou suas coletas. T. fulviventris apresentou maior uniformidade no uso das fontes polínicas e a sobreposição de nichos polínicos foi maior entre M.s. merrillae e M. fulva e menor entre T. fulviventris e C. femorata.
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