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Título: Análise da produção madeireira em concessões florestais na flona do Jamari (RO)
Autor: Camara, Miller
Orientador: Vieira, Gil
Palavras-chave: Concessões Florestais
Data do documento: 29-Set-2019
Editor: INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Programa: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Abstract: ABSTRACT Currently, the supply of legal wood is considered by the market as one of the obstacles to the forest sector in the Amazon. The instability in the supply of this product can limit the sector growth, promote restrictions in consumer markets, as well as cause a number of environmental damages resulting from predatory forest exploitation. As a strategy to address the problem, in 2006, the Brazilian government initiated fundamental changes in the management model. Based on a new legislation, new command and control tools were implemented, such as the Documents of Forest Origin (DFO/Ibama). Directly involved in the theme are Conservation Units (CUs) of sustainable use, mainly, for their timber potential. The task, then, began to combine with the preservation of its resources, continuing the environmental services offered to society, ensuring coexistence with local populations and being economically viable under strict control rules. Currently, this proposal is still a major challenge, since only a minority of the CUs have effective implementation. One way pointed out by the Brazilian government was the forest concessions, which started in 2008. For the public administration, the concessions are proving to be increasingly consolidated, improving each year their indexes, ensuring the preservation and improving the quality of the timber sector in the country. On the other hand, much remains to be done, which is why the forest concession model is questioned in its effectiveness. The objective of this study is to evaluate the exploitation of native wood logs in concession areas in the Jamari National Forest in Rondônia, comparing them with the areas explored out of concession. To this end, a quantitative analysis of the wood production is performed, contrasting the areas with and without forest concession in the referred conservation unit, based on its production declared in the DFO/Ibama control system. All DFOs issued from exploration permits emitted during 2012-2017 to Flona do Jamari in Rondônia were analyzed, a total of 688,721 Documents of forest origin covering 811 wood species. The selected sample covers 15 wood species that represent 50.65% of the total volume of 10,876,354.51m3 of native logs extracted during this period. Data analysis begins with the systematization of the variables volume, value and average price of the extracted wood logs. Then, a chi-square test of independence is performed to verify if there is a relation between the volume of timber harvested and the groups with and without forest concession. This test is also performed to see if the average price of harvested timber is associated with the fact that logging occurred within or outside forest concessions. The study tests two hypotheses related to the volume extracted and the prices in the two groups, with and without forest concession, through the t-test to compare means. It was found that three species, Caryocar villosum, Goupia glabra and Qualea paraensis, show an average volume of log exploitation in off-concession ventures higher than those exploited under this regime, indicating a possible exploitation above what is allowed for the Amazon PMFS. Regarding the price, it was observed that the average prices in the forest concession are higher than those in non-concession management. This result puts forest concession areas in a better position in the market, which may interfere with the increase in concessions demand. At the end of the analysis, observations were also made on possible weaknesses of the transportation guide monitoring model, proposing interventions in order to improve it. Key words: Forest Concession; Jamari National Forest, Documents of Forest Origin, Forest planning, Conservation Unity.
Resumo: Atualmente, a oferta de madeira legalizada é considerada pelo mercado como um dos entraves para o setor florestal na Amazônia. A instabilidade na oferta desse produto pode limitar o crescimento do setor, provocar restrições em mercados consumidores, além de trazer, a reboque, uma série de danos ambientais decorrentes da exploração predatória da floresta. Como estratégia para enfrentar o problema, em 2006, o governo brasileiro iniciou profundas mudanças no modelo de gestão. A partir de uma nova legislação, foram implantadas novas ferramentas de comando e controle, a exemplo do Documento de Origem Florestal (DOF/Ibama). Diretamente envolvidas no tema, estão as Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável, a princípio, por seu potencial madeireiro. A tarefa, então, passou a aliar-se à preservação de seus recursos, dando continuidade aos serviços ambientais ofertados à sociedade, garantindo a convivência com as populações locais e, ainda, sendo viáveis economicamente, sob regras rígidas de controle. Atualmente, essa proposta ainda é um grande desafio, visto que apenas uma minoria das UCs possui efetiva implementação. Um caminho apontado pelo governo brasileiro foram as concessões florestais, iniciadas em 2008. Para a administração pública, as concessões vêm se mostrando cada vez mais consolidadas, melhorando a cada ano seus índices, garantindo a preservação e qualificando o setor madeireiro no País. Noutra visão, ainda há muito a ser feito, motivo pelo qual o modelo de concessão florestal é questionado em sua eficácia. O objetivo do presente estudo é avaliar a exploração de toras de madeira nativa em áreas de concessão florestal na Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia, comparando-as com as áreas exploradas fora de concessão florestal. Para tanto, é realizada uma análise quantitativa sobre a produção de madeira contrastando as áreas com e sem concessão florestal na referida unidade de conservação, a partir de sua produção declarada no sistema de controle DOF/Ibama. Foram analisados todos os DOFs expedidos a partir de autorizações de exploração emitidas durante o período de 2012 a 2017 para a Flona do Jamari em Rondônia, com um total de 688.721 documentos de origem florestal que abrangem 811 espécies de madeira. A amostra selecionada utiliza 15 espécies de madeira que representam 50,65% do volume total de 10.876.354,51m3 de toras nativas extraídas nesse período. A análise de dados inicia-se com a sistematização das variáveis volume, valor e preço médio das toras de madeiras extraídas. Em seguida é realizado um teste qui-quadrado de independência para verificar se há associação entre o volume de madeiras exploradas e os grupos com e sem concessão florestal. Esse teste é realizado também para observar se o preço médio negociado das madeiras exploradas está associado ao fato de a extração de madeira ter ocorrido dentro ou fora de concessões florestais. O estudo testa duas hipóteses relacionadas ao volume extraído e aos preços praticados entre os dois grupos, com e sem concessão florestal, por meio do teste t para comparação de médias. Verificou-se que três espécies, Caryocar villosum, Goupia glabra e Qualea paraensis, possuem volume médio de exploração das toras de madeira nos empreendimentos fora de concessão maiores do que as que são exploradas sob esse regime, indicando uma possível exploração acima do que é permitido para os PMFS da Amazônia. Quanto ao preço praticado, foi observado que as médias dos preços na concessão florestal são maiores que os dos manejos fora de concessão. Esse resultado coloca as áreas de concessão florestal em uma melhor posição no mercado, o que poderá interferir no aumento da demanda por concessões. Ao final das análises, também foram feitas observações sobre possíveis fragilidades do modelo de monitoramento das guias de transporte, propondo intervenções para fortalecê-lo. Palavras Chave: Concessão Florestal, na Floresta Nacional do Jamari, Documento de Origem Florestal, Manejo Florestal, Unidade de conservação.
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